Agenor Leandro de Sousa Filho e Krisley Aparecida de Oliveira

 

O ENSINO REMOTO EM TEMPOS DE PANDEMIA: Estratégias de atuação para o ensino de história na educação básica



O ano de 2020 foi marcado por inúmeras mudanças na sociedade brasileira, mudanças essas que foram causadas por elementos externos à população, ocasionando assim em transformações bruscas no mercado de trabalho em diversos segmentos, em especial, no seguimento de educação. Tais mudanças foram decorrentes da decretação de cenário de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 11 de março de 2020, pelo Novo Corona Vírus causador da COVID-19. Destaca-se que essas modificações tinham por objetivo promover o isolamento social em massa da população para mitigar os impactos da pandemia no cenário econômico, bem como também evitar o colapso dos sistemas de saúde locais.

 

Diante desse contexto, o setor de educação dos níveis básico ao superior, esferas pública e privada, viram-se obrigadas a adotar “novas” estratégias para continuar a promover suas atividades, bem como manter o contato entre docentes e discentes. Após uma série de medidas adotadas pelo Estado via edição de portarias, e resoluções dos Conselhos Nacional e Estaduais de Educação, as instituições de ensino passaram a desenvolver atividades remotas, fomentadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), disponibilizando aos discentes aulas no formato remoto, a fim de que estes não saíssem prejudicados em termos de aprendizado.

 

A modalidade de ensino remoto tornou a transposição didática realizada pelos docentes desafiadora, em especial, nas disciplinas cujo conteúdo possui cunho mais teórico, como é o caso da disciplina de História. Neste sentido, o presente estudo tem como meta responder o seguinte questionamento: Quais as ações que o docente pode realizar para tornar o ensino de História via TIC, mais dinâmico para os alunos? Para que tal questionamento fosse respondido a contento, este estudo de forma teórica, pretende:

 

Esquematizar metodologias de ensino que o professor pode adotar no processo de ensino/aprendizagem de conteúdo junto aos seus discentes, já de forma específica pretende-se destacar como o uso das TIC podem contribuir para um processo de democratização do ensino e debater como as tecnologias atuam como forma de aproximação e ao mesmo tempo de distanciamento entre docentes e estudantes.

 

Com característica exploratório descritiva, pretende-se proporcionar ao leitor, maior quantidade de informações sobre a temática proposta, e, por conseguinte gerar conhecimento. De cunho qualitativo, tem como procedimentos técnicos de pesquisa a bibliográfica e documental, para tanto foram consultados materiais com temática central voltada para: Metodologias de Ensino, Tecnologias de Informação e Comunicação em Educação, Ensino de História e Ensino remoto.

 

O isolamento social decorrente da pandemia de COVID-19 causada pelo novo Corona vírus, provocou mudanças significativas na sociedade brasileira. Setores como: Serviços, Indústrias, Construção Civil, Agronegócio, e o Educacional, por exemplo, tiveram que adotar um conjunto de medidas que garantissem a segurança de seu quadro de funcionários, e, consequentemente, uma tentativa de mitigação do número de infecções no país.

 

No setor educacional brasileiro, o primeiro documento normatizador que serviu de base legal para a adoção do regime remoto de ensino, foi a medida provisória nº: 934 de 1 de abril de 2020, posteriomente convertida em lei de número 14.040/2020, que dispõem de orientações excepcionais a serem adotadas pelos sistemas de ensino, dos níveis básico ao superior, enquanto perdurar o estado de emergência em saúde causado pela pandemia. Em razão disso, o documento em questão determina que:

 

“Art. 2º Os estabelecimentos de ensino de educação básica, observadas as diretrizes nacionais editadas pelo CNE, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as normas a serem editadas pelos respectivos sistemas de ensino, ficam dispensados, em caráter excepcional:

I – na educação infantil, da obrigatoriedade de observância do mínimo de dias de trabalho educacional e do cumprimento da carga horária mínima anual previstos no inciso II do caput do art. 31 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

II – no ensino fundamental e no ensino médio, da obrigatoriedade de observância do mínimo de dias de efetivo trabalho escolar, nos termos do inciso I do caput e do § 1º do art. 24 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, desde que cumprida a carga horária mínima anual estabelecida nos referidos dispositivos, sem prejuízo da qualidade do ensino e da garantia dos direitos e objetivos de aprendizagem, observado o disposto no § 3º deste artigo.

§ 1º A dispensa de que trata o caput deste artigo aplicar-se-á ao ano letivo afetado pelo estado de calamidade pública referido no art. 1º desta Lei.

§ 2º A reorganização do calendário escolar do ano letivo afetado pelo estado de calamidade pública referido no art. 1º desta Lei obedecerá aos princípios dispostos no art. 206 da Constituição Federal, notadamente a igualdade de condições para o acesso e a permanência nas escolas, e contará com a participação das comunidades escolares para sua definição.

[...]§ 4º A critério dos sistemas de ensino, no ano letivo afetado pelo estado de calamidade pública referido no art. 1º desta Lei, poderão ser desenvolvidas atividades pedagógicas não presenciais:

I – na educação infantil, de acordo com os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dessa etapa da educação básica e com as orientações pediátricas pertinentes quanto ao uso de tecnologias da informação e comunicação;

II – no ensino fundamental e no ensino médio, vinculadas aos conteúdos curriculares de cada etapa e modalidade, inclusive por meio do uso de tecnologias da informação e comunicação, cujo cômputo, para efeitos de integralização da carga horária mínima anual, obedecerá a critérios objetivos estabelecidos pelo CNE.

§ 5º Os sistemas de ensino que optarem por adotar atividades pedagógicas não presenciais como parte do cumprimento da carga horária anual deverão assegurar em suas normas que os alunos e os professores tenham acesso aos meios necessários para a realização dessas atividades.

§ 6º As diretrizes nacionais editadas pelo CNE e as normas dos sistemas de ensino, no que se refere a atividades pedagógicas não presenciais, considerarão as especificidades de cada faixa etária dos estudantes e de cada modalidade de ensino, em especial quanto à adequação da utilização de tecnologias da informação e comunicação, e a autonomia pedagógica das escolas assegurada pelos arts. 12 e 14 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996” (BRASIL, 2020, grifos do autor).

 

A edição de documento normatizador em conjunto com os pareceres emitidos pelo Conselho Nacional de Educação de números CNE/CP nº: 5 e 9/2020 possibilitaram que os sistemas de ensino definissem meios de atuação para o desenvolvimento das atividades de ensino remoto via TIC. Considera-se o uso das TIC para o desenvolvimento de atividades didáticas em sala de aula, como um instrumento inovador, dado o fato de que o emprego dessas ferramentas, indiretamente democratiza o acesso ao ensino. Porém, a transposição didática de conteúdos nesta modalidade de ensino é algo desafiador, pois é necessário que se estabeleça uma metodologia que vá de encontro com as necessidades informacionais do estudante, ou seja, um ensino com equidade, que torne a apresentação do conteúdo dinâmica, e que ao mesmo tempo instigue o discente a participar das aulas.

 

“[…] muitos professores tiveram que fazer adaptações às atividades docentes, por vezes fazendo uso da tecnologia para o ensino remoto, sem necessariamente ter a garantia de que os alunos, ou eles próprios, teriam tais ferramentas à disposição. Há que se destacar, ainda, que a formação docente, em geral, não contempla reflexões (aprofundadas) sobre o ensino não-presencial. Ainda, o contexto do ensino remoto parece intensificar as jornadas de professores que dividem seu tempo entre trabalho, família, casa e outras demandas. Finalmente, recortes de gênero, classe, raça, entre tantos outros reforçam um cenário complexo e estrutural de desigualdades que já fazia parte da realidade escolar [...]” (FARIAS, SILVA, 2020, p. 229).

 

A realidade complexa do sistema educacional brasileiro, torna a atuação docente desafiadora, isto porque, é necessário que este primeiramente tenha acesso as TIC, e, por conseguinte, passe por um processo de treinamento que possa auxiliá-lo sobre como transpor didaticamente os conteúdos da disciplina no ensino remoto. É importante ter em mente que no ensino remoto por ser mediado pelas TIC rompe as barreiras de espaço, proporcionando um distanciamento entre professor e aluno, fazendo com que este tenha maior dificuldade para perceber qual o comportamento do estudante sobre o conteúdo apresentado. Reforçando assim, a necessidade de se estabelecer metodologias de ensino que instiguem o estudante a participar das aulas, ou seja, metodologias que aos poucos possam tornar o estudante protagonista em seu processo de aprendizado.

 

Conforme aponta Circe Fernandes Bittencourt (2018) o ensino de história passou por diversas mudanças ao longo de sua trajetória escolar, o que, corroborando com o fato de que apesar de as TIC já existirem, todavia, não eram tão utilizadas como no formato adotado nesse momento de pandemia.

 

Ainda de acordo com Bittencourt, o ensino de história passa por uma ressignificação que envolve a mudança de postura entre a perspectiva mnemônica “sobre um passado criado para sedimentar uma origem branca e cristã, apresentada por uma sucessão cronológica de realizações de ‘grandes homens’” (2018, p. 127) para uma nova disciplina, com seus paradigmas metodológicos, que tentam incorporar uma multiplicidade de outros sujeitos construtores da nação, como é o caso do ensino de história da África e da cultura afro-brasileira, dos povos indígenas e das mulheres.

 

Sendo assim, se a própria metodologia do ensino de história vem passando por atualizações constantes em busca de melhor explicar e dar sentidos, o que já é considerado um desafio em aulas presenciais, no contexto do ensino remoto, este cenário que se coloca em relação ao ensino de história dentro da perspectiva semelhante à modalidade de educação à distância, torna a missão de ensinar ainda mais desafiadora.

 

Isléia Streit (2010), destaca que se o professor no decorrer de seu processo formativo, no curso de licenciatura, tiver contato com as vantagens e possibilidades que as TIC’s oferecem, ele certamente, em sua prática pedagógica, enquanto docente, posteriormente, terá maiores condições de estimular os alunos na construção de saberes em sala de aula, tornando esta aula mais dinâmica,  em relação não apenas em como utilizar as TIC’s em sala de aula, mas no conteúdo que está sendo ministrado.

 

De acordo com a autora, em uma pesquisa feita tendo como base geográfica a região Sul do país, onde é realizada uma investigação acerca das instituições de ensino superior da região que ofertam cursos de licenciatura em História na modalidade EaD, observou-se que nessas instituições é fomentada uma cultura do EaD nos gestores, professores, pesquisadores e alunado, o que contribui para propriciar novas e diversas práticas de ensino que são características dessa modalidade: “Dessa forma, as ações de Educação a Distância implementadas, devem criar o perfil docente e discente apto para ensinar e aprender com qualidade nesse desafiante cenário educacional ao qual estamos inseridos” (STREIT, 2010, p. 10).

 

Sendo assim, tomando como base o referido estudo para discussão sobre a implementação do EaD, podemos pensar de maneira crítica a relação entre o ensino de história, o contexto de pandemia e as TIC’s, uma vez que, o ensino à distância está regulamentado no Brasil desde o fim da década de 1990 e os esforços para que essa modalidade de ensino fosse cada vez mais difundida e que os professores possuíssem formação específica para lidar com esse modelo de ensino/aprendizagem já são antigos.

 

Todavia, apesar dessa modalidade de ensino não ser relativamente nova, é necessário ponderarmos que, a educação presencial, em todos os níveis, do básico ao superior, ainda é massiva. E por vezes, existe preconceito em relação ao EaD, com noções e perspectivas de que o ensino à distância não possui a mesma qualidade que o presencial.

 

Devemos levar em consideração ainda, que o momento de pandemia e medidas como as citadas inicialmente, não estão dentro de uma matriz fundamentada do EaD, mas sim dentro de um contexto de ensino remoto, não possuindo o mesmo planejamento do EAD. Portanto, o ensino remoto, nos moldes aos quais se faz presente, é uma adaptação da educação presencial para que professor e aluno não sejam prejudicados no decorrer do ano letivo. Porém, é importante observar que pelo fato de vivermos em uma sociedade marcada pela forte desigualdade social, nem todos indivíduos possuem acesso as TIC’s, e, por conseguinte, acesso à internet. Fato este que torna a imposição do ensino na modalidade remota mesmo em tempos críticos para a Educação algo restritivo, pois desta forma o acesso à educação acaba sendo destinado apenas para quem possui acesso as TIC’s e à internet indo contra um dos preceitos da Constituição Federal de 1988 que é o de equidade no acesso à educação.

 

É certo que muitas instituições de ensino, principalmente as da rede privada, já conseguiram se adaptar melhor e preparar seu corpo docente para tais atividades, todavia, não é o que ocorre na maior parte do país. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas, onde foram ouvidos professores(as) da educação básica de todas as 27 unidades da federação entre abril e maio de 2020, 65% dos entrevistados afirmam que o trabalho pedagógico aumentou ou mudou, principalmente envolvendo interfaces e ferramentas digitais.

 

Em meio ao contexto pandêmico, é fundamental ressaltar o papel do professor enquanto agente de transmissão de informações, e, por conseguinte de auxíliador ao estudante na construção de conhecimento. Não sendo aquele que detém todas as respostas ou a “verdade absoluta”, mas um agente que precisa, de antemão, se antecipar e preparar pressupostos e dinâmicas de ensino/aprendizagem que deverão fomentar a aula no sentido de trazer dinamicidade e interesse dos alunos.

 

Para isso, no ensino de História, podemos destacar ferramentas que podem ser úteis, algumas que já eram exploradas no ensino no presencial, como é o caso da utilização de filmes em sala, para tratar de temas históricos e marcantes. Com ferramentas como o Google Meet, plataforma que está sendo amplamente utilizada em reuniões e encontros síncronos, por permitir a transmissão de vídeos e áudios em alta qualidade, quando utiliza-se a aba “Uma guia do Chrome”. Ou até mesmo utilizar o aplicativo Rave, disponibilizado para aparelhos celulares, que propicia a projeção de filmes em tempo real, em salas, com possibilidade de debate e interação.

 

O Look História é um aplicativo que pode auxiliar os alunos para retirarem dúvidas para além das aulas, nele os alunos encontram pequenos vídeos explicativos, que dividem os períodos históricos permitindo ao estudante consultar aquele que tiver interesse. Outro aplicativo também gratuito e muito interessante é o Presidentes do Brasil, que disponibiliza informações sobre todos os presidentes que o país já teve, anos de mandato e as principais características do governo.

 

Outra ferramenta que vem sendo utilizada e pode dinamizar as aulas em relação as atividades propostas pelo docente é o Kahoot, que permite o professor criar seu próprio quiz em forma de jogo para que os alunos possam se divertir e, ao mesmo tempo, fixar o conteúdo ministrado em aula, a ferramenta pode ser utilizada pelo  docente em uma aula síncrona, ou, de maneira assíncrona.

 

Seguindo essa mesma linha de ferramentas utilizadas para a verificação de aprendizagem, temos o App Prova, que contém diversas provas do Enem e de vestibulares de todo o país. Nele o estudante pode realizar testes, ver como está seu desempenho diante dos demais concorrentes e, ainda oferece uma análise acerca dos conteúdos que ele deverá ser estudar mais.

 

Uma maneira de diversificar o ensino/aprendizagem na disciplina de História também, é utilizar as visitas guiadas aos locais patrimoniais, culturais e turísticos do contexto local ou regional, apresentando aos estudantes a experiência do conhecimento da história dos locais aos quais estão inseridos. Pode-se, por exemplo, passar os links dos museus para que os estudantes conheçam as instalações, mostras e etc., inúmeros museus disponibilizaram tours on-line em 360º, sendo possível escolher o cômodo e visualizar os objetos presentes. Em relação ao ensino regional, também há a possibilidade do uso de imagens históricas dos locais importantes nas cidades, disponibilizadas em acervos públicos on-line e a comparação dos espaços atualmente, para instigar os alunos a pensarem a questão espacial e a modernização.

 

Há outras ferramentas gratuitas que auxiliam o docente no processo de preparação e disponibilização das aulas, como a ferramenta Google Meet, para as aulas síncronas. O Google Classroom (ou, Google Sala de Aula) que possibilita a disponibilização de matérias como textos, arquivos com slides, vídeos e etc., permitindo também que o estudante responda e poste atividades, facilitando a organização do professor. O Google Forms (ou, Google Fomulários) que permite a criação de formulários, com possibilidade de perguntas com múltipla escolha, escolha única e também respostas dissertativas.

 

Outra ferramenta que auxilia na organização e no preparo das aulas, bem como no processo comunicativo é o ClassDojo, que possibilita a comunicação entre professores, alunos, pais e gestores escolares. Nele o professor pode criar comunidades com os alunos e registrar os bons momentos deles em sala de aula, compartilhando essas experiências com os pais.

 

O que pode também ser utilizado tanto no auxílio para a comunicação mais rápida com os alunos, quanto para encaminhar atividades, textos e vídeos não tão longos, é o WhatsApp. A criação de grupos das turmas, seja com os alunos, seja com os responsáveis, dinamiza a ação comunicativa entre docente e discente permitindo melhor interação.

 

Sendo assim, existem ferramentas, desde as mais simples e popularizadas para o uso em outras ocasiões, até as especializadas, que podem auxiliar o professor nesse novo processo de ensino/aprendizagem, lembrando, claro, como já exposto ao início do texto, que a educação está sempre em movimento e é necessário que as práticas pedagógicas sejam sempre atualizadas. E ponderando também que nesse contexto de pandemia, com inúmeras dificuldades tanto para os alunos quanto para os professores, desde o acesso a redes de internet de qualidade até o processo de capacitação dos profissionais da educação, esse modelo de aulas remotas se coloca enquanto um desafio a ser superado. Ou, se não superado, ao menos analisado com maior atenção e cuidado, para que estudantes e professores não adoeçam na tentativa de alcançar um padrão que ainda não está bem-posto no horizonte da educação.

 

Referências biográficas

Agenor Leandro de Sousa Filho, Mestre em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Cariri (UFCA), Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), graduando em Licenciatura em História pela Universidade de Taubaté (Unitau) e em Ciências Sociais pela Universidade Regional do Cariri (URCA).

 

Mestra Krisley Aparecida de Oliveira, Professora de História da Universidade Estadual de Goiás – Campus Sudoeste (UEG), Doutoranda em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Mestra em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e licenciada/bacharela em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

 

Referência bibliográficas

BITTENCOURT, Circe Fernandes. Reflexões sobre o ensino de História. Estudos Avançados, São Paulo, v. 32, n. 93, p. 127-149, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ea/v32n93/0103-4014-ea-32-93-0127.pdf Acesso em: 20 fev. 2021

 

BRASIL, Lei 14.040 de 18 de Agosto de 2020. Estabelece normas educacionais excepcionais a serem adotadas durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020; e altera a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009. Brasília: Presidência da República, 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.040-de-18-de-agosto-de-2020-272981525 Acesso em: 23 fev. 2021

 

BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer CNE/CP Nº:5/2020. Reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19. Brasília, DF: Conselho Nacional de Educação, 2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=14511-pcp005-20&category_slud=marco-2020-pdf&Itemid=30192 Acesso em: 22 fev. 2021

 

BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer CNE/CP Nº:9/2020. Reexame do Parecer CNE/CP nº 5/2020, que tratou da reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19. Brasília, DF: Conselho Nacional de Educação, 2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=147041-pcp009-20&category_slug=junho-2020-pdf&Itemid=30192 Acesso em: 22 fev. 2021

 

FARIAS, P. F.; SILVA, L. Ensino em tempos críticos: a criação de um podcast para a promoção do diálogo crítico docente no contexto da pandemia de COVID-19. AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento. Curitiba, v. 3, n. 2, p. 229-233, 2020. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/atoz/article/download/76147/42602 Acesso em: 12 fev. 2021

 

STREIT, Isléia Rössler. A formação do professor de história e as tecnologias da informação e da comunicação (TICS). In: X ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA: O BRASIL NO SUL, CRUZANDO FRONTEIRAS ENTRE O NACIONAL E O REGIONAL. 2010, Santa Maria – RS. Anais eletrônicos do Encontro Estadual de História. Disponível em: http://www.eeh2010.anpuh-rs.org.br/resources/anais/9/1279112989_ARQUIVO_artigoXencontrodehistoria.pdf Acesso em: 22 fev. 2021.

 

Villas Bôas, Lúcia; Unbehaum, Sandra. Educação escolar em tempos de pandemia. Fundação Carlos Chagas, 2020. Disponível em: https://www.fcc.org.br/fcc/wp-content/uploads/2020/06/educacao-pandemia-a4_16-06_final.pdf Acesso em: 22 fev. 2021.

83 comentários:

  1. O desapreço pela temática histórica ministrada em aula remota deve ter aumentado, que proporções possíveis poderiam ocasionar a volta da atenção do aluno para o debate feito em turma, fazendo com que o mesmo tenha interesse e participe das aula?
    Leandro Gabriel Rocha Da Silveira

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Olá, Leandro! Obrigada pela pergunta!
      De fato, com a situação da pandemia o interesse dos alunos em relação as suas situações escolares foram drasticamente alteradas.
      Em relação ao ensino de História, esse era um problema que infelizmente já nos assolava mesmo em tempos de ensino presencial, a noção tradicional de que a disciplina de História é "mero decoreba", personagens e datas já habitava o imaginário dos estudantes, fazendo com que o interesse pela matéria fosse, por vezes, menor. Com o ensino remoto a situação do professor fica ainda mais desafiadora. Um caminho a ser seguido, pode ser, por exemplo, tentar romper com essas noções tradicionais de História e tentar aproximá-la dos contextos dos alunos, tentar fazê-los refletir sobre como esse momento que passam é histórico, estabelecer relações com outros momentos semelhantes na história da humanidade, trazer exemplos e imagens de como era a vida dos estudantes com a mesma faixa etária da turma na qual se trabalha, com aquele período e etc. Portanto, acredito que, como vem apontando estudos como os da professora Circe Bittencourt, o(a) professor(a) precisa sempre tentar romper com as estruturas que tendem a levar o ensino/aprendizagem da História para caminhos tradicionais.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  2. Texto muito interessante, necessária e esclaredora. Parabéns!!. Citar os apps ferramentas de TIC foi muito pertinente, salvei algumas.
    Um questionamentos só por curiosidade. Já utilizaram algumas das ferramentas que foram citadas, se sim qual o feedback.

    Att, Jacqueline Ferreira Dias

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    1. Olá, Jacqueline! Muito obrigada pelo elogio, :D
      Já utilizei em sala o app Kahoot, foi uma experiência extremamente interessante, o app é bem dinâmico e pude criar um jogo de acordo com o conteúdo ao qual estava ministrando e mais focado nos pontos que trabalhei em sala e que sabia, que haviam ficado mais claros para meus alunos, para que eles tivessem maior facilidade para responder! O app oferece a possibilidade de compartilhar os resultados dos quizzes com os alunos, o que fez com que ficassem muito empolgados e solicitassem que eu inserisse com maior frequência a ferramenta em nossos estudos!

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  3. Riano Marques de Oliveira24 de maio de 2021 às 18:19

    Olá! Parabéns Agenor e Krisley pelo trabalho! gostei bastante da abordagem e dos apps citados. Embora, tenhamos sempre outros contextos e dificuldade específicas para conseguir ferramentas que sejam utilizadas na totalidade. Gostaria de saber de vocês, se teriam indicações de apps para alunos de inclusão? ou qual desses citados tem alguma preocupação nesse sentido?


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    1. Olá Riano, tudo bem?

      Só para compreender melhor sua pergunta, quando você fala em inclusão, você se refere à Educação Especial? Ou Atendimento Educacional Especializado nas escolas?

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  4. Tema muito interessante,além desses aplicativos citados é valido considerar as mídias sociais como Facebook, Instagram, e Tik Tok uma forma de tornar o ensino/aprendizagem mais dinâmico?
    Douglas Ferreira Cardoso

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    1. Olá, Douglas!
      Obrigada pela pergunta!

      Sim sim, com toda certeza, as mídias sociais são extremamente pertinentes. Se formos levar em conta a definição clássica do Marc Bloch de que a "história é a ciência do homem no tempo", precisamos sempre ter em mente que os processos de ensino/aprendizagem mudam ao longo do tempo e de acordo com ele, e hoje as mídias sociais ocupam um espaço muito grande em nossas vidas e, principalmente na vida dos jovens estudantes!
      Utilizar ferramentas como o Facebook, Instagram, TikTok, Kwai e etc., é excelente para não apenas chamar a atenção dos alunos, mas também, como é o caso de diversos canais sérios de professores/estudantes de História, utilizar materiais didáticos em aula para dinamizar os temas tratados.
      Um exemplo de página no Instagram que traz abordagens em forma de "memes" muito pertinentes, interessantes e com embasamento crítico/científico é a "História no Paint". Outra página é a do "Prof. Hudson Araújo - História", que segue o mesmo padrão. Outro exemplo, que encontramos tanto no Facebook quanto no Instagram são as páginas "História da Depressão" e "Artes Depressão", onde pode-se estabelecer um diálogo interdisciplinar com a História.
      Claro, o(a) professor(a) deve sempre se manter atento para quais conteúdos as páginas criam e utilizar esses materiais de acordo com a faixa etária com a qual trabalham e, também sempre se atentar para a postura crítica, racional e, principalmente, científica, em relação a como esses materiais são produzidos!

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  5. Uma pergunta para os autores sobre o uso do Whatsapp como recurso de apoio aos professores: muitos docentes reclamam que essa ferramenta termina por invadir sua privacidade e seu tempo livre, visto que alunos e pais mandam mensagens continuamente mesmo em domingos, feriados e horários inadequados. O que vocês pensam sobre isso?

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    1. Olá Karina, tudo bem?

      Sua pergunta é muito pertinente, pois aponta de forma direta um processo de precarização do trabalho docente. E isso faz com que o professor fique praticamente sem tempo para exercer suas atividades pessoais, o que não é algo bom para ele enquanto profissional e nem para a escola. A princípio, a sugestão que posso lhe passar é que cabe a escola em conjunto com os professores definirem horários de atendimento para a comunidade discente, evitando assim contatos em horários inconvenientes e/ou finais de semana. Outro ponto que seria o ideal, para o professor, seria que a gestão escolar/Estado fornecesse ao professor um número de telefone específico para utilizar como WhatsApp profissional para o atendimento da comunidade discente, e neste contato profissional, estabelecer horários de atendimento, informar que esse atendendo é realizado em dias úteis etc. Isso irá auxiliar o professor a estabelecer uma agenda de trabalho, e ao mesmo tempo educar o restante da comunidade escolar (discente e familiares) sobre o horário de atuação do professor, além de diminuir a sobrecarga que este profissional vem sofrendo em tempos de pandemia.

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  6. Murilo Luiz Gentil de Oliveira25 de maio de 2021 às 11:34

    Você acredita que, devido a pandemia, o ensino remoto veio pra ficar?

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    1. Oi Murilo, tudo bem?

      Então, o ensino remoto é uma medida excepcional. Não é algo que veio para ficar, mas é algo que irá trazer muito aprendizado para a comunidade escolar, e para a sociedade. Em quais termos? Em termos sociais, ao elencarmos coisa como democratização do acesso as Tecnologias de Informação e Comunicação, acesso à internet, merenda escolar (no caso das escolas públicas) e profissionais também por elencar pontos relacionados a formação do professor e sob a perspectiva trabalhista também, haja vista que o ensino remoto ao mesmo tempo que aproxima as pessoas via TIC, ele também é excludente por não permitir que as pessoas de camadas mais baixas da sociedade tenham acesso à Educação. Por isso, que na minha concepção, essa metodologia por ser emergencial não veio pra ficar, mas para trazer aprendizado.

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  7. Olá Agenor e Krisley. Obrigada pelas reflexões do texto, já trazem a medida/lei sobre o remoto, sinceramente tinha até esquecido da mesma, dentro do nosso corre, corre da modalidade. Estou no momento sistematizando sobre os usos do digital, das ferramentas no acompanhamento dos bolsistas residentes de História (sou coordenadora) e o artigo de vcs já vai entrar nas minhas referências. Abraço.

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    1. Olá Ivaneide, tudo bem?

      Estamos muito felizes por saber que nosso trabalho irá contribuir para a construção de sua pesquisa acadêmica. Abraço

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    2. Olá Ivaneide!
      Muito obrigada! Ficamos imensamente felizes em poder contribuir!
      Abraços!

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  8. Olá, obrigada pelas reflexões,
    Qual é a opinião de vocês em relação à função governamental de auxiliar nessa transição para o ensino remoto, tendo em vista que estamos a mais de um ano nesse cenário e a precariedade estrutural para as atividades educacionais (para massiva parte da população) ainda é muito grande.
    Millena Luzia Carvalho do Carmo.

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    1. Olá Millena, tudo bem?

      Sobre a atuação governamental no setor educacional, o que observamos é uma paralisia, que é decorrente do discurso negacionista científico adotado pelo nosso chefe de estado e governo. As ações para promover uma melhoria no sistema de ensino em plena pandemia, iniciam-se com o desenvolvimento, aplicação e fiscalização de políticas pública educacionais que atendam de forma plena essa população em cenários críticos como este para a Educação. O país consegue definir algo a nível nacional? Sim, mas para isso é necessário investimento em Educação pública, e por incrível que pareça o investimento por aluno no ano passado que também foi ano de pandemia, foi menor quando comparado com o ano de 2019. Ou seja, no momento em que a população mais precisa do Estado, este não adota medidas necessárias promover o acesso ao ensino de qualidade. Com isso, a paralisia do Estado em relação a Educação é muito grande, dada a falta de coordenação a nível federal, se o governo federal não define estratégias de atuação, Estados e Municípios podem até desenvolver ações mas existe a possibilidade de que tais ações não atendam plenamente a população. Por isso é importante uma atuação entre as 3 esferas.

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  9. Olá Bom dia, devido o cenário que estamos vivenciando o ensino remoto achou seu lugar para que nem Educador nem Educando venha a ser prejudicados durante o ano letivo, como alcançar aqueles alunos que não tem acesso a internet de forma direta, incluindo os nas atividades e avaliações de forma significativa?
    Talita de Souza Silva Bueno

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    1. Olá Talita! Obrigada pela contribuição!

      Acredito que esse foi um dos principais problemas encontrados tanto pelos alunos/famílias com falta de acesso e para os professores(as) e gestores (as) escolares.
      Uma das medidas em auxílio a essa deficiência que tomou-se em grande parte das escolas e unidades de ensino foi a impressão do material da aulas, atividades e avaliações nas próprias escolas para que os pais dos alunos as retirassem.
      Mas também presenciei casos onde os próprios professores(as) se deslocaram até as casas de seus alunos, cujos pais não possuem disponibilidade de tempo ou meios de condução para ir até a escola pegar os materiais.
      Enfim, todo esse sistema não é o ideal e com certeza muitos alunos perdem ou não tem acesso completo, mas na falta de acesso aos meios digitais esse é um método que que pode auxiliar.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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    2. Olá Talita, tudo bem?

      Desde já, agradeço pela pergunta.

      No caso do acesso às tecnologias bem como à internet de qualidade, cabe ao Estado em conjunto com a gestão escolar desenvolver ações que permitam que todos os estudantes possam ter acesso à Educação de qualidade e com equidade. Pois só assim, o aluno poderá ter seu direito à Educação pública efetivamente garantido, em especial em tempos críticos como o que estamos vivenciando. Do contrário, o ensino remoto mesmo possuindo uma roupagem que tem por finalidade evitar que o estudante tenha prejuízos em seu aprendizado, sem o devido acesso as tecnologias e à internet acaba sendo excludente e prejudicando os alunos mais vulneráveis. Por isso que essa modalidade emergencial ao mesmo tempo que proporciona novos aprendizados, é algo que requer um planejamento e uma logística adequados para que assim seja possível atender a demanda apresentada pela comunidade escolar.

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  10. Olá! Parabéns Agenor e Krisley pelo texto! Diante desse contexto do isolamento social decorrente da pandemia de COVID-19, como fica o setor de educação dos níveis básico e superior com a transposição didática para modalidade de ensino remoto visando anos posteriores?
    Rafael de Jesus Pinheiro Privado

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    1. Olá Rafael, tudo bem?

      Desde já agradeço pela pergunta.

      Vamos lá, a transposição didática é um conjunto de ações que visão adaptar o saber científico ou conhecimento científico a realidade do aluno. O que contribui para que este consiga apropriar-se da informação repassada em sala de aula, e, por conseguinte, construir conhecimento. Aqui, o ensino remoto vai impactar esse processo de duas formas. A primeira delas ocorre no feedback que o estudante pode passar ao professor sobre o conteúdo apresentado em sala de aula, feedback este que praticamente não ocorre no ensino remoto e que só é bem mapeado em períodos avaliativos. O segundo é referente o acesso às tecnologias e à internet de qualidade, pois os alunos que não tem acesso a esses recursos tem seu aprendizado prejudicado. Em relação aos anos posteriores, ou seja, em um período onde o ensino presencial seja possível, o docente poderá mesclar as metodologias trabalhadas no ensino remoto, por exemplo, o uso dos aplicativos e demais ferramentas digitais que listamos no decorrer do nosso estudo e utilizá-las no em sala de aula. Fazendo o que Moran (2015) caracteriza como ensino híbrido que é um metodologia onde o professor faz uso das tecnologias dentro do âmbito escolar para proporcionar ao estudante autonomia em sua construção de conhecimento via metodologias ativas de aprendizagem.

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  11. Parabéns, pelo excelente trabalho! Diante dessa geração que clama por novos métodos de ensino nas aulas de história, achei a ideia do Rave, ESPETACULAR. Gosto muito desse aplicativo. Minha dúvida é, na opinião dos autores os métodos tradicionais devem ser substituídos completamente por novos ou seria um possível um diálogo entre os dois, tendo em vista que existe esse questionamento entre docentes que optam pelo um viés mais tradicional e outros por um viés mais tecnológico na educação.

    Ass: Emanoel Alcides da Silva

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    1. Olá Emanoel! Grata por sua contribuição!

      Também acho o RAVE fantástico! Já utilizei com turmas de diferentes níveis e faixas etárias e sempre tive bons resultados!

      Quanto aos métodos, acredito que o casamento entre ambos é o ideal. Com certeza muitos aspectos da educação tradicional não deixarão de ser utilizados, o livro didático é um exemplo disso, há dois séculos sendo utilizado. Mas mesmo o livro, que é tradicional, passou por adequações ao longo dos tempos, adição de imagens, poesias, músicas, exercício que levam a prática e etc, a própria maneira de utilizá-lo também se moldou, até outrora utilizado como manual a ser seguido, hoje, muito mais como um recurso, então, mesmo os métodos tradicionais passam por alterações, sendo assim, acho crucial que não acabemos com eles, mas que acompanhemos as mudanças e tentemos nos adequar as necessidade que os diferentes tempos nos impõem.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  12. Gostaria primeiramente em parabenizar os autores pelo excelente trabalho desenvolvido. Pergunta: Como lidar e mudar situações em que os responsáveis acabam fazendo as atividades dos alunos? Suellen Oliveira da Silva

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    1. Olá Suellen, grata pela participação!

      Acredito que para esse problema, que é bem frequente nesse contexto, a única alternativa é diálogo aberto e direto com os responsáveis!
      Da mesma maneira que está sendo frequente que os responsáveis façam as atividades dos alunos, está também ocorrendo o oposto, ou seja, o responsável que se exonera da função e não auxilia o estudante. E, em ambos os casos, acredito que o professor junto a coordenação pedagógica deve intervir, falar com o responsável e alertá-lo que, mesmo com a situação atípica e muito difícil pela qual nós passamos, atitudes como essa são muito prejudiciais ao processo de aprendizagem do aluno e oferecer auxílio em relação a como eles precisam lidar com a situação.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  13. Como minimizar essa barreira da acessibilidade e afinidade com a tecnologia para os mais vulneráveis?

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    1. Olá,

      Uma das formas de mitigar os impactos causados pela modalidade remota de ensino, seria via ampliação de investimentos por parte do Estado (independente da esfera) em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), bem como no acesso à internet de qualidade. Para que assim esses estudantes não tenham seu aprendizado prejudicado, pois já sabemos que a modalidade remota apesar de trazer instrumentos que aproximem professor e aluno, ao mesmo tempo os distância visto que o professor fica impossibilitado de receber um feedback mais efetivo do aluno, pois em sala de aula, na modalidade presencial o professor consegue identificar quem está apresentando dificuldades de aprendizado mesmo antes da avaliação. O que não ocorre muito bem com a modalidade remota de ensino. Outro fator que o Estado deve garantir é que os estudantes mais vulneráveis tenham acesso à recursos como merenda escolar e ao Atendimento Educacional Especializado (no caso dos estudantes com deficiência), pois é preciso pensar que o acesso à Educação na modalidade remota é algo que deve ter equidade e qualidade acima de tudo.

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  14. Olá! Ótimo texto, tema interessantíssimo, parabéns!

    O texto cita sobre o protagonismo do estudante no processo de ensino aprendizagem. Um ótimo tema a ser analisado são as metodologias ativas, já muito utilizadas pelos professores hoje, mas que senti falta do tema no texto.
    A minha dúvida é, até que o aluno deve ser protagonista desse processo de ensino? E como o professor deve auxiliar nesse processo?

    Outra pergunta, podemos considerar que a Formação de professores, no sentido dos uso da tecnologia em aula, é uma problemática a ser discutida e repensada, uma vez que não houve preparo ideal para o uso das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, considerando que seu uso não é recorrente somente em tempos pandêmicos?

    Andreza Almeida dos Santos

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    1. Olá Andreza, tudo bem? Obrigada pela pergunta!

      Segundo a professora Isabel Barca o aluno deve ser o agente de sua formação, com ideias prévias e diversas experiências, enquanto o professor um investigador social que organiza atividades problematizadoras. Dentro dessa perspectiva precisamos compreender o Ensino de História, sempre tentando estabelecer uma ligação entre teoria e prática, apontando uma direção onde a formação do ensino de História deva ser realizado a partir de situações de aprendizagem reais, em contextos concretos, o que possibilita disseminar resultados que podem ser ajustados a outros ambientes educativos, como é o caso desse modelo ao qual estamos lidando hoje. O que tem relação direta com atuação do professor e com a formação que ele recebe. Com toda certeza a formação dos professores é extremamente problemática, foram jogados em um ensino dito EaD, mas que não segue os mesmos planejamentos e projetos do EaD, caindo em um misto de ensino EaD e hibrido, e, mais ainda, sem o devido treinamento prévio. Como bem sabemos existem professores que sequer dominavam ferramentas básicas de informática, e tiveram que ir para o ensino virtual. Mas pensando a partir de tendências mais progressistas da educação, existe a necessidade urgente de uma atualização e treinamento dos métodos de ensino/aprendizagem utilizados pelos professores. Muitas ferramentas que estão sendo utilizadas hoje, no contexto pandêmico, podem ser bem incorporadas as aulas presenciais com um ganho significativo de dinamismo no ensino.

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  15. Primeiramente quero parabenizar os alunos que estão envolvidos no desenvolvimento desse trabalho.
    Quero realizar duas perguntas sobre o texto abordado.
    1)Quais medidas podem ser tomadas nas situações em que os pais ou responsável acabam realizando as atividades dos alunos?
    2)No texto foi citado alguns apps ferramentas de TIC. Vocês já utilizaram algumas das ferramentas citadas, se sim qual e qual foi o resultado, teve resultado positivo ou negativo. Explique?
    ANDRESSA ALVES MOREIA.

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    1. Olá Andressa, tudo bem? Grata pela participação!

      1) Da mesma maneira que está sendo frequente que os responsáveis façam as atividades dos alunos, está também ocorrendo o oposto, ou seja, o responsável que se exonera da função e não auxilia o estudante. E, em ambos os casos, acredito que o professor junto a coordenação pedagógica deve intervir, falar com o responsável e alertá-lo que, mesmo com a situação atípica e muito difícil pela qual nós passamos, atitudes como essa são muito prejudiciais ao processo de aprendizagem do aluno e oferecer auxílio em relação a como eles precisam lidar com a situação.
      2) Uso com frequência app RAVE, para transmitir filmes e contar a com interação dos alunos, já utilizei com alunos de várias faixas etárias e níveis de formação e o resultado é sempre positivo. Já utilizei também em sala o app Kahoot, foi uma experiência extremamente interessante, o app é bem dinâmico e pude criar um jogo de acordo com o conteúdo ao qual estava ministrando e mais focado nos pontos que trabalhei em sala e que sabia, que haviam ficado mais claros para meus alunos, para que eles tivessem maior facilidade para responder! O app oferece a possibilidade de compartilhar os resultados dos quizzes com os alunos, o que fez com que ficassem muito empolgados e solicitassem que eu inserisse com maior frequência a ferramenta em nossos estudos!

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  16. A pandemia caiu como uma bomba em nossas cabeças, e acabou modificando toda uma dinâmica e rotina escolar que por vezes era tão automática que nem nos davamos conta de sua importância, ao se tratar da temática da história apesar de todos os esforços dos professores noto que falta o interesse e participação dos alunos,pois o diálogo de sala de aula, ausentes principalmente na educação básica, onde as crianças quando muito apenas leem superficialmente os textos enviados para responder os questionamentos do professor vem se tornando um grande empecilho no processo ensino aprendizagen,provavelmente os reflexos só serão notados em alguns anos,dado isso eu pergunto como tornar acessíveis,agradáveis e instigantes certas temáticas que por vezes são massantes até para os adultos? Como o professor poderia apesar da distância provocar entusiamo e curiosidade na aprendizagem do tema a um aluno por exemplo de 6°ano?

    Lilian Daiane Both

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    1. Olá Lilian, obrigada pela interação!

      Sua pergunta me fez relembrar uma frase que em certa vez vi o Leandro Karnal falar: "Quem já deu aula para um 6º ano é capaz de fazer qualquer coisa no planeta Terra!", haha. Acredito que hoje, quem dá aula para um 6º ano em plena pandemia é capaz de fazer qualquer coisa no universo todo, rs. Mas, brincadeiras a parte, realmente esse já era um problema que encontrávamos quando em ensino presencial, hoje então, o problema foi asseverado. Mas acredito que utilizar jogos em forma de quizz pode ser uma boa alternativa, principalmente envolvendo imagens, uma vez que alunos podem ter acesso à um ranking de acertos e isso as vezes os incentiva, ou utilizar passeios guiados por museus, em muitos museus há guias virtuais que acompanham toda a visita como se os alunos estivessem presencialmente no local. Utilizar a ferramenta do Google Earth também tem dados bons resultados, principalmente em temas relacionados a história regional/local, onde podemos mostrar a alteração das paisagens dos locais que são próximos e conhecidos dos alunos, e partir disso problematizar os temas referente a história. Enfim, são tempos muito difíceis e que exigem de nós uma capacidade maior ainda de invencionar em nossas aulas.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  17. Prezados Agenor e Krisley,

    Primeiramente gostaria de parabenizá-los pelo ótimo texto e pela abordagem de uma temática extremamente atual e relevante para a educação. Penso que a tecnologia trouxe ganhos para a profissão docente, mas simultaneamente a necessidade de uma rápida adaptação docente às novas necessidades, o que, por inúmeras razões, não tem sido fácil para muitos professores. O remoto, feliz ou infelizmente, tem acelerado este processo. Não vou perguntar sobre as dificuldades que têm recaído sobre o professor, pois todos que estamos em sala de aula temos nos deparado com inúmeros desafios. Mas vou perguntar sobre o que vocês acham que apareceu neste contexto, em termos de tecnologia, e que poderá servir de ganho para o trabalho docente quando pudermos restabelecer o modelo presencial?

    Grato pela atenção, cordialmente,

    Walace Ferreira.

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    1. Olá, Walace! Obrigada pela interação!

      Acredito que apesar de todo o contexto funesto e de carga de trabalho extremamente alta para nós, professores(as), as "novas" dinâmicas de ensino podem ser bem incorporadas as nossas aulas presenciais. Muitos recursos que vão para além dos tradicionais livros didáticos e slides poderão ser inseridos em nossas aulas, desde que claro, tenhamos estruturas físicas e tecnológicas para realiza-los, como é o caso dos aplicativos que nos permitem utilizar/criar jogos interativos com pontuação. A utilização de ferramentas do Google também podem ser um ganho, uma vez que podemos utilizar o Google Earth em nossas aulas presenciais para demonstrar as mudanças quando se trata de história regional/local. E também incorporar ferramentas para ensino assíncrono, como utilizar o Google Forms quando for o caso de pensar em uma atividade avaliativa que possa ser feita a distância.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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    2. Krisley!

      Muito obrigado pela resposta. Concordo contigo.

      Cordialmente,

      Walace Ferreira.

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  18. Parabéns, o covid-19 alterou a vida de todos, entretanto a educação em tempos de pandemia foi uma das áreas mais afetadas com a crise. Sabemos que a educação no Brasil enfrenta inúmeros obstáculos, isso mesmo antes da pandemia. Portanto, não era de se estranhar que ao fecharmos todas as escolas houvesse um grande impacto. Por isso esse texto não é só necessário, como se faz urgente também.
    Minha dúvida é quando as métodos, você considera que o número de aulas ou encontros síncronos deve ser o mesmo das aulas presenciais?
    Cynthia Thayse Vieira Vicente.

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    1. Olá, Cynthia!
      Obrigada pela interação!

      Acredito que se utilizarmos encontros síncronos na mesma quantidade de aulas que ministrávamos de maneira presencial seremos extremamente desgastados, nós professores, e também nossos alunos. Acho que deve haver um balanceamento entre aulas síncronas e assíncronas, uma vez que a dinâmica virtual de uma aula é totalmente diferente da dinâmica de uma aula presencial, atenção e concentração dos alunos, atividades propostas, meios de avaliação e etc. Sendo assim, não acredito que encontros síncronos constantes, ou, somente eles, sejam interessantes para o melhor processo de ensino/aprendizagem nessa modalidade.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  19. Bom dia, primeiramente parabéns pelo texto.. Com o ensino remoto, muitos alunos não tem acesso as aulas, por não terem a tecnologia necessária ou simplesmente por que os pais não acham que os filhos vão aprender algo. Nesse caso o que acontecera com os alunos que não participam das aulas? e vocês acham que com o ensino remoto os alunos realmente aprendem alguma coisa?

    Abraços: Sueli Eva Kwasniewski

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    1. Olá Sueli,

      Bom, o ensino remoto é uma metodologia extraordinária que foi criada para mitigar os impactos no aprendizado dos estudantes em tempos críticos como este que estamos passando. Nós sabemos que por essa metodologia ser totalmente fomentada pelas Tecnologias de Informação e Comunicação, nem todos teriam um acesso de qualidade as aulas, e, por conseguinte, o aprendizado deles poderá ter um rendimento menor quando comparado com o modelo presencial. A construção do conhecimento por parte dos estudantes, vai acontecer, porém ela não será da mesma forma que seria no modelo presencial, pois no presencial o professor tem um feedback do aluno quase que imediato se ele está ou não compreendo o conteúdo ministrado. É diferente do ensino remoto onde este retorno demora a ocorrer, fora outros elementos que impactam diretamente nesse ponto, como o acesso às tecnologias e à internet de qualidade.

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  20. Boa tarde.. estou no último período de história e moro em Manaus aqui temos muitas comunidades que não tem acesso com tanta frequência ou quase nenhum acesso a internet ou a plataformas digitais. Para esse público alvo qual seria sua sugestão para que eles possam não só acompanhar o conteúdo mas também tirar suas dúvidas em tempos de Pandemia????

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    1. Olá Hannah, tudo bem?

      Desde já agradeço pela pergunta.

      Nesse caso, é essencial que o Estado tenha como a palavra-chave: A Democratização do acesso às tecnologias bem como à internet de qualidade. Ação que deve ser encarada como política pública de Estado, em especial em tempos críticos como este. Pois em momentos como este, a presença do Estado é mais do que necessária para a população, daí a necessidade de uma atuação conjunta com a gestão escolar para realizar a disponibilização de meios para que o estudante tenha de fato acesso à Educação de qualidade. Bem como, cumprir a determinação das autoridades sanitárias que é o isolamento social da população e de públicos classificados como de risco para a COVID-19.

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  21. Diante das situações adversas da Pandemia que estamos enfrentando,o setor educacional sofreu mudanças estratégicas de ensino,tais mudanças poderá afeta tragicamente a qualidade de ensino dos estudantes que não estão preparada para essas mudança tecnológicas?

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    1. Olá Evandro, tudo bem?

      Sim, é fato que com a crise sanitária causada pela COVID-19 promoveu mudanças significativas no setor educacional. Essas mudanças permitiram observar como a população mais carente sofre com essa modalidade emergencial de ensino, pois sem o devido acesso as tecnologias bem à internet, o estudante deixa de ter o devido acesso à Educação. Isso vai prejudicar seu aprendizado de forma permanente, pois é algo que levará bastante tempo para ser recuperado. A alternativa inicial para mitigar tais impactos seria a realização de investimentos públicos em universalização das tecnologias e do acesso à internet para as pessoas que não tem e nem podem pagar por tal acesso, de forma a facilitar que elas consigam acessar um serviço educacional de qualidade. Fora os fatores sociais que estão diretamente atrelados às escola pública, por exemplo, distribuição de merenda escolar, desenvolvimento de atividades de incentivo à leitura. Atividades estas que ficam comprometidas com o ensino remoto, porém o ensino remoto também trás a possibilidade de inovação por parte do docente vis adoção de metodologias ativas de aprendizagem.

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  22. Muito pertinente a escolha desse tema e muito diligente a forma como vocês abordaram. Parabéns e obrigada pela promoção de uma reflexão tão importante nos dias atuais. O ensino remoto é desafiador para todos os envolvidos: gestão e coordenação escola, professores, pais e alunos. E somente através de reflexões acrescidas de diálogos será possível aprimorar todas as técnicas e didáticas que estão sendo utilizadas, visando sempre um bom desenvolvimento dos estudantes. Dessa forma gostaria de saber a opinião de vocês sobre uma possível sobrecarga de trabalho por parte dos docentes que precisam se reinventar e dispor de seus lares (local de descanso) para ministrar as aulas, vocês acreditam que essa sobrecarga exista?

    Antonio Donizete Rodrigues de Deus Junior

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    1. Olá Antonio!

      Muito obrigada pelas considerações. Realmente tudo o que você pontua é muito verdadeiro em nosso contexto, essa situação é extremamente difícil para todos os envolvidos. E sim, a sobrecarga para nós, professores(as) é extrema, e em tempos onde professores são vistos como "privilegiados por ficar em casa" o desgaste mental e emocional fica pior ainda. De maneira pessoal, conciliar o trabalho que foi triplicado, tendo que adaptar as aulas para o modelo virtual, com a vida pessoal é extremamente desgastante.
      Para ir além, Antonio, acho que qualquer pessoa que negue que essa sobrecarga exista, ou está sendo desonesto ou não faz realmente a mínima ideia do que seja minimamente a profissão docente!

      Mais uma vez, grata pela colaboração! E força para nós!

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  23. Boa tarde.. estou no último período de história e moro em Manaus aqui temos muitas comunidades que não tem acesso com tanta frequência ou quase nenhum acesso a internet ou a plataformas digitais. Para esse público alvo qual seria sua sugestão para que eles possam não só acompanhar o conteúdo mas também tirar suas dúvidas em tempos de Pandemia????



    Hannah Karoline Amoedo Moutinho 7 período de Licenciatura Plena em História da Universidade Nilton Lins Manaus/Am

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    1. Olá Hannah, tudo bem?

      Desde já agradeço pela pergunta.

      Nesse caso, é essencial que o Estado tenha como a palavra-chave: A Democratização do acesso às tecnologias bem como à internet de qualidade. Ação que deve ser encarada como política pública de Estado, em especial em tempos críticos como este. Pois em momentos como este, a presença do Estado é mais do que necessária para a população, daí a necessidade de uma atuação conjunta com a gestão escolar para realizar a disponibilização de meios para que o estudante tenha de fato acesso à Educação de qualidade. Bem como, cumprir a determinação das autoridades sanitárias que é o isolamento social da população e de públicos classificados como de risco para a COVID-19.

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  24. A pandemia escancarou problemas que já existiam em sala de aula principalmente com o uso das tecnologias. A BNCC veio propor o uso das tecnologia e gamificação diante da conexão fácil de informação que nossos jovens tem. Precisamos pensar que a educação ao longo dos anos teve mudanças e que tivemos que nos adaptar. Muitos professores que foram formados no século XX se deparam com alunos do século XXI que tem acesso a internet(mesmo que raqueada) e acesso a celular (mesmo que seja do responsável ) mas que muitos deles, ainda não sabem usar corretamente para fins pedagógicos. Quando iniciou a pandemia, essas tecnologias foram apresentadas em caráter de urgência para os professores, alunos e responsáveis que tiveram que aprender, se adaptar, se refazer para conseguir proporcionar o máximo ao aluno considerando todas as dificuldades e limitações.

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    1. Olá Andreia, tudo bem?

      Grata pelas contribuições! Exatamente isso que você aponta, a pandemia trouxe para o público os problemas que já eram enfrentados em relação aos usos das tecnologias no ensino presencial. O ponto que você levanta em relação aos alunos e responsáveis também não dominarem essas ferramentas é fundamental, afinal, quando pensamos em didática e de maneira lógica ligamos o conceito a noções de ensino, precisamos considerar que o principal ponto é, a junção entre ensino e aprendizagem, logo, o estudante enquanto sujeito do aprendizado da disciplina é indispensável, sendo assim, pensar a esse respeito é de extrema importância.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  25. Boa noite Agenor Filho e Krisley de Oliveira!

    Parabéns pelas reflexões que seu texto faz sobre o ensino de história em tempos de pandemia. Gostaria de saber na opinião dos autores, que outras ferramentas de ensino poderiam ser utilizadas na sala de aula, quando a maioria dos alunos não tem celular ou acesso a internet?
    Obrigada!

    Mayra Ferreira Barreto

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    1. Mayra, o ideal é que o Estado providencie acesso o acesso às tecnologias e à internet de qualidade para os estudantes. Do contrário, os professores e a gestão escolar deveriam desenvolver ações que tenham por foco o estudante como entrega de atividades na residência dos estudantes reuniões com as devidas medidas de segurança em saúde etc.

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  26. Parabéns pela excelente reflexão, muito importante para o período. Questionamento. Ao analisarmos as estratégias apresentadas no ensino de história para educação básica, estás estratégias podem se tornar permanente após o fim da pandemia da covid-19? Felipe Araujo Machado

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    1. Olá Felipe, tudo bem?

      Obrigada pela pergunta!
      Acredito que algumas ferramentas e estratégias poderão ser utilizadas no ensino presencial, uma vez que, justamente por falta de preparo e capacitação, muitos professores não as utilizavam antes, como é o caso do Google Earth, por exemplo, que pode dar uma boa ideia do tempo e alteração dos lugares quando tratamos de história regional/local e até mesmo a visita virtual aos museus. Acredito que poderão sem incluídas e trabalhadas juntas ao ensino presencial, mas não substituirão as ferramentas já tradicionais. A esperança é que justamente esse momento triste, possa exercer a função didática de reformular alguns métodos e melhorá-los.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  27. Olá Agenor e krisley, excelente trabalho! Gostei muito da temática, necessária e esclarecedora. No entanto tendo em vista todas essas mudanças experimentadas, com novas formas de ensino,fica a dúvida sobre esse EAD improvisado, que produz materiais as pressas para que alunos possam estudar em suas casas e que envolve professores na gravação de videos-aulas e transmissões ao vivo em múltiplas plataformas virtuais onde muitos se quer tem preparação, se essas ações poderiam comprometer a oferta e qualidade de cursos que até então eram presenciais, em especial a educação publica?

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    1. Olá e Evalaine,

      Nesse caso precisamos nos atentar a metodologia de ensino, que no caso em questão é a metodologia remota. Na metodologia remota, o professor desempenha o papel de professor formador, tutor EAD, e tutor presencial. Isso faz com que este profissional tenha uma sobrecarga de trabalho, mesmo estes profissionais recebendo um processo de formação. Esse tipo de ação, de sobrecarga de profissionais comprometem a qualidade de ensino da Educação, comprometendo a formação dos estudantes.

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  28. O ensino de História deve primar por um constante
    estudo de sua área de conhecimento, bem como de saberes pedagógicos e
    didáticos. É preciso que o professor tenha clareza do que e como ensinar. Desse modo, levando em consideração a falta de capacitação dos professores de como atuarem em um momento como este, vocês acreditam que a formação docente continuada seja um dos caminhos possíveis para a redução dos problemas de ensino enfrentados durante esse período pandêmico?

    Leandra Hellen Assunção Santos

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    1. Olá Leandra, tudo bem?

      Sim, com toda certeza acredito que a formação docente continuada é uma das melhores alternativas para tentarmos, ao menos, minimizar essas lacunas que apresentam-se em relação a formação dos professores. E isso reflete de maneira tão prática, que em nossa situação de pandemia, uma das primeiras alternativas às falhas na formação docente, apareceu na forma de cursos rápidos de capacitação ofertados por escolas, universidades, e demais instituições de ensino, reflexo direto da falta de uma formação contínua que abranja não apenas esses aspectos da formação, mas outros que também se apresentam enquanto falhas.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  29. Olá, é uma satisfação poder saudar os autores Agenor e Krisley, este artigo é realmente esclarecedor atinente as tecnologias que lançamos mão para trabalhar neste contexto pandêmico.
    Minha pergunta é, até que ponto tais tecnologias vieram para somar no trabalho do professor e se, na opinião dos autores, não incorremos no risco de ficarmos reféns destas tecnologias no futuro (mal acostumados)?
    Grato.
    Fabiano dos Santos de Camargo

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    1. Olá Fabiano,

      Desde já agradeço pela pergunta.

      Vamos lá, as tecnologias no contexto do ensino remoto vieram para contribuir no processo de aproximação e formação do estudante. Neste sentido, cabe ao professor mesclar essas tecnologias com o modelo presencial de ensino promovendo o que chamamos de ensino híbrido. Assim o professor deve consiciliar essas metodologias, como forma evitar essa dependência tecnológica, o ponto importante é que o professor foque em uma processo de mesclagem de metodologias de que facilitem o trabalho docente.

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  31. Artigo muito bom, parabéns!
    Sabemos que há diversas problemáticas envolvendo educação e TICs, principalmente no caso da história, que é bastante crítica e teórica. Nesse sentido, várias são as discussões sobre a "falta de dinamismo" no ensino desta e sobre a tecnologia da informação e da comunicação enquanto uma possível aliada nessa busca por um ensino mais dinâmico. Vocês acreditam, considerando esse momento excepcional em que é inevitável - para aqueles que tem acesso - conviver com as TICs, que essa situação pode resultar em mudanças nas aulas presenciais? Acha que os professores/escolas estarão mais dispostas a trazerem as TICs para o ensino de história?

    Emyle Rodrigues Barbieri

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    1. Olá Emyle! Tudo bem? Obrigada pela interação!

      Acredito que ao menos em escolas que já possuem uma estrutura física/tecnológica mais adequada, como laboratórios de informática, lousas interativas, projetores em maior quantidade, as TICs serão adotadas com maior frequência, acredito também que talvez os gestores possam investir mais em capacitação dos professores para que possam utilizar de maneira mais adequada essas ferramentas. Já em relação as escolas onde a estrutura é precária, uma gama muito grande de escolas públicas, infelizmente, acredito que dificilmente ocorrerá um empenho muito grande que leve a mudanças e utilização com maior frequência das TICs.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  32. Olá. Primeiramente parabéns pelo texto. Tenho um relato para fazer como professora encontrei muitos desafios no ensino remoto, como trabalhar em casa com serviços da casa e ainda dar conta dos meus alunos, e meu whatsapp 24 horas entrando mensagens para auxiliar no conteúdo em sala de aula, e ainda estou com estes conflitos, porque estou sobrecarregada de trabalho que tenho que trazer para minha casa, pois, não estamos dando conta somente na escola, a minha experiência que estou tendo agora é que voltamos a trabalhar presencialmente neste mês de maio e o meu medo é de me contaminar com o covid-19, uma das dificuldades encontradas é que a minha voz tenho que forçar mais em sala de aula com o uso da máscara para explicar os conteúdos. Na sua opinião, qual o maior desafio encontrado por vocês no ensino remoto?

    ALINE KARINE NUNES

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    1. Olá, Aline! Gratíssima pela sua contribuição!

      Posso fazer uso integralmente de seu relato para falar sobre minha situação, rs. E acredito que, infelizmente, esse é o estado de todos nós professores(as) em meio a essa pandemia. O cansaço já nem é mais mental apenas, ele está distribuído de maneira geral, físico, emocional e etc. O meu maior desafio também é conseguir conciliar as atividades do trabalho com as atividades pessoais, em casa. Nossa carga de trabalho triplicou, e ainda somos obrigados(a) a ouvir que "professor não trabalha", "não quer voltar a trabalhar", "está tranquilo em casa", "privilegiados", rs.

      O medo pela contaminação pela Covid-19 também é latente. Mesmo em cidades que os profissionais da educação estão sendo vacinados. O plano é que todos os profissionais sejam vacinados para que o ensino presencial retorne, mas e nossos alunos? E nós enquanto vetores de transmissão do vírus, uma vez que, o fato de ser vacinado(a) e não ser contaminado(a) pelo vírus, não quer dizer que não iremos transmiti-lo, pelas mãos, livros, cadernos, canetas e lápis, bolsas, e etc que carregamos sempre conosco. E como ficam nossas famílias quando retornamos para casa? Como ficam as famílias de nossos alunos(as)?

      Enfim, são tantos desafios, Aline, que acho que poderemos passar os próximos anos escrevendo sobre eles e mesmo assim não esgotaremos o tema, infelizmente!

      Abraços e espero que fique bem!

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  33. Olá! Tudo bem?
    Seria sábio já incluir uma disciplina para os futuros professores dentro das universidades?
    A história como uma ciência é proveniente de ações competentes à realização de tais amparo para não esperar acontecer para então tomar uma atitude. Os atuais meios tecnológicos contribuem para uma formação completa, tendo em vista o conhecimento da catastróficas epidemias.
    Celiane Loureiro Azevedo

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    1. Boa tarde, Celiane! Agradecemos sua colaboração aqui!

      Esse é um ponto extremamente necessário a ser debatido, pois tratamos aqui de duas temáticas que se encontram em determinado momento: a Didática e a estrutura do ensino superior no Brasil, em especial, os cursos de licenciaturas.

      Quando pensamos em Didática, automaticamente nos remetemos a algumas noções do "senso comum" que nos levam a pensar que ela se resume a "métodos de ensino/aprendizagem", quando na verdade, como apontam professores como José Carlos Libâneo e Selma Garrido, trata-se de um campo do saber complexo e com uma gama muito grande de discussões teóricas que podem auxiliar os docentes a pensar questões como essas que você aponta, se preparar para determinados contextos que não são evidentes, mas são possíveis. Dessa maneira, acredito que disciplinas nos cursos superiores de licenciatura que visem oportunizar que os futuros professores(as) tenham conhecimento e domínio das TIC's são de suma importância, uma vez que muitas delas podem ser utilizadas também em aulas presenciais, como maneira de dinamizar o ensino tradicional da História. E isso está diretamente ligado a estrutura dos cursos superiores de licenciatura, uma vez que são eles que formam os futuros professores(as) e, na maioria das vezes, reproduzem todas as estruturas tradicionais de ensino, onde o aluno(a) é uma tábua rasa e o professor(a) transmite-lhes o conhecimento, sem se atentar que os processos educativos estão sempre em movimento. Logo, a capacitação dos futuros professores(as) em relação a essas inovações, está em certa medida condicionada a seus professores(as) de ensino superior, que também precisam passar por esse processo de (re)construção.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  34. Boa noite, seu artigo é maravilhoso, gosto muito de interagir se tratando desse contexto tecnológico embora o ensino remoto tenha sido regulamentado pelo MEC, ninguém estava preparado para utiliza - ló, no entanto , o sistemas educacionais, escolas, professores, famílias e alunos tiveram que se adaptar rapidamente às aulas remotas, a utilização da tecnologia
    digital se tornou imprescindível para a situação e as desigualdades, presentes em nosso país, revelaram grandes desafios para a continuidade das atividades escolares de forma remota, seguindo essa mesma linha do tempo, gostaria de saber se o afastamento dos alunos de sala de aula, durante o período de pandemia, não significou o afastamento deles da escola?

    André Sales Mileo

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    1. Olá, André! Obrigada pelo comentário!

      Certamente a pandemia afetou de maneira negativa mais esse aspecto, o afastamento dos alunos do ambiente escolar. Já se verifica em muitas pesquisas realizadas pelos municípios e estados, que infelizmente a evasão escolar aumentou muito, alguns estudos apontam que nosso país demorará pelo menos 3 anos para recuperar os índices educacionais em relação a matriculas/presença de alunos nas redes de ensino. E essas mesmas pesquisas, oriundas da UNICEF e do PNAD apontam que a evasão desses alunos possui cor, classe e endereço. Tendo em sua maioria crianças de baixa renda e negras (pretas e pardas) como as principais afetadas. Sendo assim, os mecanismo de acompanhamento escolar que já eram utilizados antes da pandemia para evitar a evasão precisam ser adaptados com urgência, para evitar que esses números cresçam ainda mais. Um exemplo de adaptação que algumas escolas tem adotado é a distribuição cestas de alimentos e produtos de higiene pessoal as famílias de alunos, kits com materiais escolares básicos e etc.

      Krisley Aparecida de Oliveira

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  35. Como faço para baixar esse artigo?
    Super interessante sua abordagem e diferente de alguns que já tive acesso.
    Parabéns pela obra.
    Celiane Loureiro Azevedo

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    1. Oi Celiane, tudo bem? Ficamos gratos pelo elogio e que bom que gostou!
      Os textos do evento serão publicados em um livro (e-book) e então será possível baixar os textos.
      De minha experiência nos eventos anteriores, não demorará muito para que estejam publicados!

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    2. Olá Celiane, tudo bem?

      Em breve a comissão do evento irá publicar os anais. Acredito que em breve você recebe um e-mail com a notificação das publicação.

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