NA PALMA DA MÃO: O USO DE APLICATIVOS DE SMARTPHONES PARA O ENSINO DE
HISTÓRIA
A 31ª Pesquisa Anual do FGVcia, estudo
coordenado pelo professor Fernando Meirelles da FGV EAESP, aponta que em junho
de 2020 a quantidade de smartphones ultrapassa a marca de 1 aparelho em uso por
habitante no Brasil. Enquanto o Brasil, de acordo com o IBGE, possuía 211,8 milhões de habitantes, ao todo
a pesquisa quantificou 234 milhões de celulares inteligentes. Vendo as pesquisas anteriores,
o número parece ser uma crescente. Neste cenário, consideramos importante que o
ensino de história utilize desse recurso para se beneficiar, tanto por ser algo
que faz parte do cotidiano, quanto por esse recurso atrair a atenção dos jovens.
Entretanto, para um bom funcionamento desta dinâmica de uso de celulares como
ferramenta para o aprendizado, é necessário que o professor esteja munido de
estratégias que permitam que ele seja um mediador do processo de construção do
conhecimento.
No presente texto
intencionamos propor uma série de aplicativos grátis para celular, que abordam
conteúdos históricos das mais diversas formas, buscaremos apresentar suas
abordagens e sugerir formas de utilizá-los com os alunos, pois para um bom
funcionamento desta dinâmica de uso de celulares para o ensino, é necessário
haver certa disciplina que conduza o aluno à separação entre utilizar o celular
para fins comuns e utilizá-lo como ferramenta de construção de conhecimento,
desenvolvendo assim sua criticidade. Destarte, temos que considerar o professor
como mediador de conhecimento, “o professor de História pode ensinar o aluno a
adquirir as ferramentas de trabalho necessárias; o saber-fazer, o
saber-fazer-bem, lançar os germes do histórico. Ele é o responsável por ensinar
o aluno a captar e a valorizar a diversidade dos pontos de vista. Ao professor
cabe ensinar o aluno a levantar problemas e a reintegrá-los num conjunto mais
vasto de outros problemas em problemáticas.” (SCHMIDT, 2004, p.57). Nesse
sentido, como escreve Levy “a principal função do professor não pode mais ser
uma difusão dos conhecimentos, que agora é feita de forma mais eficaz por
outros meios. Sua competência deve deslocar-se no sentido de incentivar a
aprendizagem e o pensamento. O professor tornar-se um animador da inteligência
coletiva dos grupos que estão ao seu encargo. (LÉVY, 1999 p. 173)
De acordo com Santaella,
as linguagens “(...) viraram aparições, presenças fugidias que emergem e
desaparecem ao toque delicado da pontinha do dedo em minúsculas teclas. Voam
pelos ares a velocidades que competem com a luz” (Santaella, 2007, p. 24-25), e
é justamente neste novo espaço que surge a necessidade do professor adaptar
suas formas de ensino para acompanhar os jovens alunos. Concordamos com Bonilla
no sentido de que:
“O que não foi percebido
ainda pela comunidade escolar é que o acesso é uma condição necessária, mas
insuficiente para as transformações que se fazem necessárias na educação, que
os professores tenham condições de criar ambientes de trabalho que conduzam a
uma inserção da escola no mundo dos alunos, um mundo cada vez mais marcado pela
presença das tecnologias digitais. Para isso, faz-se necessário também que os
professores compreendam as características e potencialidades das tecnologias,
tendo claro que compreender significa mais do que ser capaz de fazer funcionar,
significa inseri-las no contexto contemporâneo, penetrar nessa nova linguagem,
nessa nova lógica, nesse novo modo de ser, pensar e agir. E que é só fazendo
essa imersão que os professores terão condições de entender um pouco mais seus
jovens alunos.” (BONILLA, 2005, p.100)
Segundo Lemos (2005), a
era da conexão implica na amplificação das modalidades de interação entre
pessoas, prática permitida pela mobilidade dada pelos smartphones somada às
tecnologias de dados sem fio, em concordância com o autor, hoje se pode fazer
tudo por meio dos celulares: pedir comida, fazer compras, conversar com
pessoas, procurar emprego, pedir transporte, pesquisar, estudar. E neste
sentido, Silva e Conceição (2013, p. 144) defendem uma simultaneidade entre
métodos tradicionais e as ferramentas tecnológicas, amplificando a diversidade
das ferramentas à disposição da educação, marcando, contextualmente, a época e
a cultura atualmente vivida da mobilidade e da conectividade. De modo que “a
bagagem tecnológica que o aluno traz para a escola deve ser considerada, já que
ele passa a maior parte de seu tempo navegando na internet, usando MP3 e iPods,
falando no celular, obtendo informações por todos esses suportes.” Junquer e
Cortez (2010, p. 64)
Após apresentar a relação
atual das pessoas, e, principalmente, dos alunos para com os aparelhos de smartphone e a internet, propomos
discorrer sobre alguns aplicativos disponíveis nos sistemas Android (celulares
das marcas Samsung, LG e Motorola) e IOS (celulares da marca IPhone) que podem
auxiliar no ensino e fixação dos conteúdos de História estudados em sala de
aula.
Os aplicativos desenvolvem
as mais diversas funções, temos os de revisão, os de consulta a conteúdos, os
de fixação com questões e os de curiosidades históricas. Para iniciar
apresentaremos três aplicativos: “Neste Dia”, “Hoje na História” e “Calendário
Histórico”. Eles são um tanto quanto parecidos e apresentam fatos ocorridos no
dia atual do acesso, porém em anos anteriores e durante a história mundial,
além disso, mostram os eventos históricos daquela data, os nascimentos e
falecimentos de figuras históricas de relevância, os feriados e eventos
cíclicos mundiais, mostram ainda como é vista essa mesma data em calendários de
outras culturas e permitem a navegação pelos dias do ano com o intuito de expor
todas essas informações, podendo ser vistos como recurso para instigar a
curiosidade em sala de aula.
Outro aplicativo muito interessante
e funcional na intenção de auxiliar o ensino de História é o “Presidentes do
Brasil”, nele é possível escolher entre quatro períodos: 1889-1930, 1930-1964,
1964-1985 e 1985-2019 e consultar todos os presidentes em cada período de
tempo, ademais é possível saber os anos de mandato, os partidos políticos e as
características de governo de cada presidente da República. O aplicativo contém
um conteúdo bastante resumido, porém é bem atualizado e já possui dados do
atual presidente.
O “Guia da História” pode
ser considerado um dos aplicativos mais funcionais, ele exerce uma função
parecida com a de um dicionário histórico, pois apresenta em ordem alfabética
alguns períodos, conceitos, biografias e definições de palavras e eventos
significantes para a História. Ele ainda possui um quiz que pode ser jogado com o objetivo de adquirir novos
conhecimentos e experiência com as áreas da História. Nessa mesma vertente
temos um dos aplicativos que ajudam na memorização de conteúdos e aprendizado
que é o “Jogos de Quiz de História do Mundo”. Ele é basicamente um quiz historiográfico, porém, após
acertar a resposta correta ele gera automaticamente uma informação ou definição
importante sobre o acontecimento ou pessoa referenciados.
O “LookHistória” contém um
teor um pouco parecido com o do “Guia da História”, porém apresenta seus
conteúdos de forma diferente. Nele é possível acessar os ícones: Estudos
Históricos, Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea,
Atualidades, Brasil Colônia, Brasil Império e Brasil República, e a partir daí
se torna viável o aprofundamento maior em cada período através dos tópicos que
trazem descrição histórica sobre todos os temas. O mais interessante desse
aplicativo é a existência da parte de Estudos Históricos, pois nela o aluno
pode ter acesso e compreender o que são fontes históricas e conhecer um pouco
mais sobre as escolas historiográficas.
Um dos aplicativos que
poderia ser destinado para os alunos dos anos finais do ensino médio é o “MS!
Questões”, nele encontra-se mais de 9.000 questões divididas entre as matérias
que são avaliadas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), e, de forma fácil,
pode-se escolher apenas as questões de História que aparecem em 19 tópicos de
temas diferentes com inúmeras questões para quem deseja se preparar para
concursos como o próprio ENEM, além de ser muito atualizado e conter questões
das mais variadas universidades do Brasil. Nessa mesma direção temos o “Prepara
Enem”, onde o aluno é capaz de fazer simulados preparatórios para o ENEM,
podendo escolher pelas áreas e matérias que possui mais dificuldades ou que
deseja se aperfeiçoar e adquirir conhecimento, visto que o aplicativo
possibilita a verificação da questão logo após respondê-la, sem contar que ele
ainda possui simulados prontos de anos anteriores, incluindo até um contador de
tempo para o estudante ter o controle do seu tempo de estudo.
E, por fim, apresentamos o
“RevisApp” que pode ser considerado um dos mais completos, se não o mais
completo de todos. Ele é um aplicativo de revisão que contempla muitas matérias
e conteúdos. A parte de História é separada por: Idade Antiga, Idade Média,
Idade Moderna, Idade Contemporânea, Brasil Colônia, Brasil Império e Brasil
República, parecido com a organização do “LookHistória”, porém apresenta os
conteúdos de forma mais completa, além de oferecer ao final de cada revisão
cinco questões referentes aos temas para exercer a fixação do que foi revisado.
Os aplicativos cumprem
funções diferentes entre si e alguns seriam bastante funcionais em sala de
aula, ao mesmo tempo em que outros poderiam ser utilizados também em casa com
intuito de um aprendizado mais digital. O professor pode se utilizar dos
aplicativos para incentivar os alunos a buscarem a definição de determinado
contexto histórico antes de introduzir o conteúdo, para que assim, o mesmo faça
parte da construção da aula, para estimular a resposta de quizes, até mesmo criando uma competição entre os alunos em sala
após a ministração dos conteúdos, motivando-os a saber mais, para trabalhar
questões de fixação e questões de ENEMs dos anos anteriores, ou simplesmente
para aguçar a curiosidade dos alunos ao comentar sobre o que estava acontecendo
em algum lugar do mundo naquela mesma data, porém há muitos anos, tornando
assim, a história mais palpável e as aulas mais interessantes.
Depois de apresentar dez
aplicativos e suas utilidades, faz-se necessária uma discussão sobre o acesso
dos alunos a esses aplicativos. Mesmo com o aumento do número de pessoas com
acesso à smartphones e com um número
maior de celulares ativos do que de pessoas no país, como vimos anteriormente,
é impossível assegurar que todos os alunos dentro de uma sala de aula terão
acesso a um celular. Uma outra questão importante é o acesso à internet muito
defasado no Brasil, internet essa que seria utilizada para baixar e utilizar os
aplicativos de forma completa. “Houve melhorias na ampliação de acesso e uso
das redes nas escolas nas mais diversas regiões do país. Estas, no entanto,
estão aquém do necessário e desejável para elevar o patamar educacional
brasileiro.” (KENSKI, 2015, p. 139)
“Ainda há muito a ser feito em relação ao uso mais intensivo da internet
e redes nas salas de aula. Antes de tudo, há necessidade urgente de que o
sistema educacional brasileiro se prepare para oferecer condições de
aprendizado de acordo com as exigências do mundo digital.” (KENSKI, 2015, p.
140). Portanto, apesar de sugerir a inclusão do mundo digital em sala de aula
através do celular, reconhecemos as dificuldades na utilização e manutenção
desse sistema digital, principalmente nas escolas com menos recursos. Destarte,
enquanto mudanças estruturais não sejam executadas por parte do governo, o que
está ao alcance dos professores, é, antes de sugerir atividades com esses
aplicativos, avaliar a realidade de sua turma, às vezes nem todos os alunos têm
celular, mas a proposição de que a atividade seja feita em dupla, talvez, já
seria o suficiente para sanar esse
problema, avaliar também o aplicativo que irá utilizar, selecionar aplicativos
que se enquadrem às necessidades da escola, como por exemplo, se funciona offline ou necessita de acesso em tempo
integral à internet, caso funcione offline,
averiguar se há a possibilidade de os alunos baixarem antes da aula, em suas
casas.
Para além dessas dificuldades estruturais, é de extrema importância
ressaltar que o professor deve planejar o uso dos aplicativos para que eles
sirvam como ferramenta para construção do conhecimento e não só como ilustração
dos temas abordados. Assim, podemos concluir que o uso de aplicativos no ensino
de história se transformará em um instrumento para superar o conteudismo que
dificulta o interesse dos alunos pela história, pois a torna muito distante e
desligada de sua realidade. O uso adequado desses aplicativos auxiliará na
aproximação entre os alunos e o estudo da história, pois valorizará a
problematização, a análise, a comparação, a formulação de hipóteses, desenvolvendo
assim o senso crítico do estudante, cumprindo assim a principal função da
história: “a história tem como papel central a formação da consciência
histórica dos homens, possibilitando a construção de identidades, a elucidação
do vivido, a intervenção social e práxis individual e coletiva.” (FONSECA,
2003, p, 89).
Referências biográficas
Augusto Agostini Tonelli,
estudante de História da Universidade Estadual de Maringá.
Letícia da Silva Leite,
estudante de História da Universidade Estadual de Maringá.
Referências bibliográficas
BONILLA, M. H. S. Escola aprendente: para além da sociedade da
informação. Rio de Janeiro: Quartet, 2005.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: história. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC /SEF,
1998.
FONSECA, S. G.. Didática e Prática de Ensino de História: experiências,
reflexões e aprendizados. 7 ed. São Paulo: Papirus, 2003.
JUNQUER, A. C. L.; CORTEZ, E. D. S.. As diversas mídias e o uso do
celular na sala de aula. Oficina ocorrida no V Seminário Nacional o professor e
a leitura do jornal. Unicamp, 2010. Disponível em: <https://ltp.emnuvens.com.br/ltp/article/view/58>.
Acesso em: 30 de abril de 2021.
KENSKI, Vani Moreira. Educação e internet no Brasil. Cad Adenauer, v.
16, n. 3, p. 133-150, 2015.
LEMOS, André. Cibercultura e mobilidade: a era da conexão. In: Intercom.
XXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2005.
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
SANTAELLA, Lucia. Linguagem líquida na era da mobilidade. São Paulo:
Paulus, 2007.
SCHMIDT, M. A. A formação do professor de história e o cotidiano da sala
de aula. In: BITTENCOURT, Circe. O saber histórico na sala de aula. 9.ed. São
Paulo: Contexto, 2004.
SILVA, Bento Duarte da; CONCEIÇÃO, Silvia Carla. Desafios do b-learning
em tempos da cibercultura. In: Cenários de inovação para a educação na
sociedade digital. São Paulo: Edições Loyola, 2013.
De que forma a interação com o aluno aconteceria? Já que nem todos tem a disponibilidade a um aparelho eletrônico, ou um acesso a internet para fazer o download dos aplicativos, a acessibilidade prejudicaria muito?
ResponderExcluirLeandro Gabriel Rocha Da Silveira
Olá Leandro, agradecemos suas questões. Sugerimos esses aplicativos, mas reconhecemos que nem sempre a realidade em sala de aula dá vazão a esse tipo de atividade, as dificuldades na utilização e manutenção desse sistema digital, principalmente nas escolas com menos recursos devem ser reconhecidas. Deste modo, enquanto mudanças estruturais não sejam executadas por parte do governo, o que está ao alcance dos professores, é, estar a par da situação de sua turma, antes de planejar atividades com aplicativos para smartphones. Em alguns casos, nem todos os alunos têm celular, mas a proposição de que a atividade seja feita em dupla, já é o suficiente para sanar esse problema, outro aspecto importante a se avaliar é se o aplicativo funciona offline ou necessita de acesso em tempo integral à internet, caso funcione offline, averiguar se há a possibilidade de os alunos baixarem antes da aula, em suas casas. Não temos como resolver todos esses problemas, mas em algumas situações podemos tomar atitudes que as amenizem.
ExcluirNo atual cenário pandêmico aparelhos digitais como smartphones foram utilizados por parte da comunidade escolar no ensino remoto emergencial. Em contrapartida, uma parcela da comunidade não teve acesso a esse meio por falta de recursos. Destaca-se no trabalho a necessidade de compatibilidade do sistema educacional com o mundo digital, diante dessa experiencia, há a perspectiva para o sistema aderir uma adequação mais ágil digitalmente para favorecer a todos os alunos um contato pleno com smartphones e outros aparelhos digitais para carregar em mãos uma ferramenta de construção do conhecimento histórico através desses aplicativos citados e outros que poderão ser criados ao longo do tempo?
ResponderExcluirYhannder Ribeiro Aguilar
Olá, Yhannder, agradecemos sua pergunta. Acreditamos que o meio digital apenas foi e ainda está sendo utilizado através do Ensino Remoto Emergencial (ERE) devido à pandemia. Nossa ideia com o artigo era apresentar e indicar alguns aplicativos como meios possíveis de aprendizagem ou utilização em sala de aula. É extremamente difícil traçar essa perspectiva de adequação de um ensino mais digital sem termos estudos nacionais a respeito desse assunto, visto que cada cidade de cada região apresenta condições e acessos diferentes em todos os sentidos. De certa forma, ao acompanhar o ritmo mundial, pode ser que muito futuramente hajam propostas a nível nacional de uma educação focada no digital, mas na atualidade não temos entendimento de como andam as discussões no Ministério da Educação a respeito disso.
ExcluirAugusto Tonelli e Letícia Leite
No atual cenário pandêmico aparelhos digitais como smartphones foram utilizados por parte da comunidade escolar no ensino remoto emergencial. Em contrapartida, uma parcela da comunidade não teve acesso a esse meio por falta de recursos. Destaca-se no trabalho a necessidade de compatibilidade do sistema educacional com o mundo digital, diante dessa experiencia, há a perspectiva para o sistema aderir uma adequação mais ágil digitalmente para favorecer a todos os alunos um contato pleno com smartphones e outros aparelhos digitais para carregar em mãos uma ferramenta de construção do conhecimento histórico através desses aplicativos citados e outros que poderão ser criados ao longo do tempo?
ResponderExcluirYhannder Ribeiro Aguilar
Olá, Yhannder, agradecemos sua pergunta. Acreditamos que o meio digital apenas foi e ainda está sendo utilizado através do Ensino Remoto Emergencial (ERE) devido à pandemia. Nossa ideia com o artigo era apresentar e indicar alguns aplicativos como meios possíveis de aprendizagem ou utilização em sala de aula. É extremamente difícil traçar essa perspectiva de adequação de um ensino mais digital sem termos estudos nacionais a respeito desse assunto, visto que cada cidade de cada região apresenta condições e acessos diferentes em todos os sentidos. De certa forma, ao acompanhar o ritmo mundial, pode ser que muito futuramente hajam propostas a nível nacional de uma educação focada no digital, mas na atualidade não temos entendimento de como andam as discussões no Ministério da Educação a respeito disso.
ExcluirAugusto Tonelli e Letícia Leite
No atual cenário pandêmico aparelhos digitais como smartphones foram utilizados por parte da comunidade escolar no ensino remoto emergencial. Em contrapartida, uma parcela da comunidade não teve acesso a esse meio por falta de recursos. Destaca-se no trabalho a necessidade de compatibilidade do sistema educacional com o mundo digital, diante dessa experiencia, há a perspectiva para o sistema aderir uma adequação mais ágil digitalmente para favorecer a todos os alunos um contato pleno com smartphones e outros aparelhos digitais para carregar em mãos uma ferramenta de construção do conhecimento histórico através desses aplicativos citados e outros que poderão ser criados ao longo do tempo?
ResponderExcluirYhannder Ribeiro Aguilar
Olá, Yhannder, agradecemos sua pergunta. Acreditamos que o meio digital apenas foi e ainda está sendo utilizado através do Ensino Remoto Emergencial (ERE) devido à pandemia. Nossa ideia com o artigo era apresentar e indicar alguns aplicativos como meios possíveis de aprendizagem ou utilização em sala de aula. É extremamente difícil traçar essa perspectiva de adequação de um ensino mais digital sem termos estudos nacionais a respeito desse assunto, visto que cada cidade de cada região apresenta condições e acessos diferentes em todos os sentidos. De certa forma, ao acompanhar o ritmo mundial, pode ser que muito futuramente hajam propostas a nível nacional de uma educação focada no digital, mas na atualidade não temos entendimento de como andam as discussões no Ministério da Educação a respeito disso.
ExcluirAugusto Tonelli e Letícia Leite
Olá, muito interessante a sugestão de trabalho com aplicativos para smartphones! Mas quero aproveitar e inquirir os autores sua opinião sobre a armadilha do whastapp para os professores: visto que os mesmos são sujeitos a mensagens de pais e alunos em finais de semana, feriados e mesmo de madrugada.
ResponderExcluirOi Kalina, agradecemos por ler o texto e por suas considerações. A questão que levantou é bastante delicada, principalmente durante a pandemia. O ensino de forma remota potencializou essa armadilha a que você se refere, os professores têm trabalhado cada vez mais em horários que deveriam servir para descanso, entretanto, reconhecemos que essa é uma questão que vai muito além da relação entre alunos e professores, muitas vezes o horário impróprio é o único horário em que o aluno, ou até mesmo seus pais têm para contatar os professores e sanar suas duvidas. Portanto, acreditamos que isso acontece devido a uma grande estrutura debilitada e lamentamos ser assim.
ExcluirAugusto Tonelli e Letícia Leite.
Olá, artigo interessante, mas como abordado, ainda é muito complicado o acesso do aluno ao aparelho celular, e a internet que seja boa e capaz de suportar os aplicativos, porém, no cenário atual muitos jovens começaram a ter acesso a rede social TikTok, onde os jovens produzem conteúdos com vídeos de até 60s ou 3min, visto isso, como nós professores poderiamos nos inserir e criar conteúdos interessantes nesse universo de jovens?
ResponderExcluirGabriela Farias Oliveira
Olá, Gabriela, agradecemos pela leitura do texto e pelo comentário. Acompanhamos bastante o aplicativo TikTok e temos noção que a quantidade de usuários em idade escolar é bastante grande. Acreditamos que a forma de se inserir como professor no aplicativo é criando conteúdos que atraiam a atenção dos alunos. Nesse sentido, não conhecemos nenhum professor de História, porém podemos indicar aqui uma professora de Português que possui vídeos criativos e que retira dúvidas dos alunos no aplicativo, para que assim possamos nos espelhar e tentar também atrair a atenção dessas crianças e adolescentes, o nome de usuário dela no aplicativo é @simoneporfiria.
ExcluirAugusto Tonelli e Letícia Leite
Olá, Augusto e Letícia. Primeiramente gostaria de parabenizá-los pelo artigo.
ResponderExcluirParticularmente não conhecia alguns desses aplicativos que vocês citaram, vou procurar baixá-los e procurar utilizar algum deles durante as aulas.
Segue a minha pergunta:
- Para vocês, qual seria a melhor forma de utilização desses aplicativos em sala de aula, visto que nem sempre essas ferramentas são atrativas para os alunos?
Priscielli do Carmo Rozo Cerdeira da Rosa.
Oi Priscielli, estamos gratos por ter lido nosso texto. Acreditamos que por si só a inserção de ferramentas que não são comuns dentro de sala de aula já chamam a atenção dos alunos. Para conseguir ainda mais atrair os alunos, enquanto professores podemos utilizar esses aplicativos como estratégia para incentiva-los a fazer parte da construção da aula, por meio da pesquisa, para trabalhar questões de fixação e reflexão, e até mesmo para aguçar a curiosidade dos alunos ao comentar fatos que aconteceram em outros lugares do mundo há muitos anos. Desta forma, acreditamos que os alunos serão sim atraídos por essas ferramentas.
ExcluirAugusto e Letícia.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá, Parabéns pelo excelente artigo que nos apresenta novos recursos auxiliares e nos faz refletir sobre esta nova realidade acerca do ensino de História e da educação de maneira geral.
ResponderExcluirA pandemia nos apresentou uma nova realidade e nós professores tivemos que nos reinventar em vários aspectos, muitos docente que anteriormente viam os smartphones como um adversário dentro da sala de aula, começaram a ter que encarar o mesmo como um aliado imprescindível na atual conjuntura.
Os apps se apresentam como grande facilitadores e proporcionam uma comunicação mais objetiva para com os nossos alunos sobretudo no Ensino Médio, aonde a maioria dos alunos já dominam tecnologias e já possuem o perfil para conseguir utilizar, estas de forma mais consciente, porém gostaria de saber se este aplicativos citados possuem um referencial orientado de acordo com a BNCC, ou seja estes recursos disponibilizados nos apps possibilitam que o aluno consiga atingir as competências específicas sobretudo na condição de criação de uma atitude historiadora?
Wander da Silva Mendes
Olá Wander, obrigada por ter lido o texto e por suas considerações. Os aplicativos cumprem funções diferentes entre si, utilizando-os com o direcionamento correto, o professor consegue sim adequá-los para atingir as competências específicas do ensino de História, apontando para o desenvolvimento de sujeitos históricos conscientes.
ExcluirAugusto Tonelli e Letícia Leite.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá, André, agradecemos a leitura e pergunta referente ao nosso texto. Seu questionamento foge muito do tema do nosso artigo e das nossas competências como professores de História, mas acreditamos que, com certeza, as transformações advindas do uso de tecnologias diferenciam bastante as gerações, principalmente de pessoas nascidas após os anos 2000, porém não podemos responder como isso influenciou ou refletiu em mudanças profundas sem nos basearmos em estudos prévios.
ExcluirAugusto Tonelli e Letícia Leite
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirolá boa noite, gostei muito do seu artigo, ainda mais se tratando desse contexto envolvendo tecnologia no ensino de história, tema de extrema importância nesse quadro atual de pandemia, com o acesso à comunicação e à tecnologia evoluindo cada vez mais durante os anos, no entanto, atualmente existe um fluxo contínuo de informações que impulsionam uma interação mais efetiva e rápida entre todos, sendo assim, gostaria de saber como essas transformações provocaram mudanças profundas de uma geração para outra, sobretudo em relação ao uso de celulares?
ResponderExcluirAndré Sales Mileo