YOUTUBE, HISTORIADORES E A COLÔNIA:
CONFIGURAÇÕES DE UM ESPAÇO
Introdução
Vivemos uma verdadeira "revolução tecnológica", isto
é, cada vez mais a internet
tem adquirido espaço no cotidiano da população. A web 2.0 é atualmente um ambiente de comunicação, diálogo, de
intrução e, principalmente, de acesso à informação. Assim sendo, o Youtube
enquanto plataforma de streaming, criada
em 2005 com a função de compartilhamento
de vídeos, tem alcançado uma
relevância a nível global pois disponibiliza material-audiovisual sobre vários
conteúdos. Essa perspectiva de uso das Tecnológias da Informação e
Comunicação (TIC’s), no caso Youtube, faz parte do conceito de Revolução
Digital, dessa maneira, os historiadores enquanto profissionais não podem
se abster dos debates. Ademais, essa característica de acesso à informação abre espaço para discussões sobre o
material produzido, no que tange, principalmente o conteúdo histórico e o uso
que as pessoas fazem dessas informações na sociedade.
O Youtube é o segundo
site mais acessado com 2 bilhões
de usuários mundialmente. Assim, os discursos nele
veiculados tem influenciado a sociedade, seja, positiva ou negativamente, sendo o profissional de história um dos responsáveis por explicar os fenômenos
sociais, políticos, econômicos e culturais da coletividade ele necessita está
inserido nessa discurssão. Para compreender esses discursos, como eles são
produzidos, por quem, em qual contexto, com qual finalidade surge a Didática da
história (RÜSEN, 2015), essa
abordagem teórica busca entender o conhecimento histórico seus usos e
funções dentro da sociedade. Essa concepção é vista como parte da ciência histórica, e ajudar na análise
de todos os tipos de histórias produzidos sejam em quaisquer ambientes. A
Didática da história é portanto uma,
“disciplina da ciência histórica
que tem a responsabilidade de estabelecer a ‘Gênese’, a ‘Morfologia’ e a ‘Função’ da
‘Consciência Histórica’ na sociedade, debruçando-se sobre todos os tipos de história,
sejam elas produzidas no interior da instituição escolar (ensino escolar da
história), nos meios públicos (nos discursos políticos, nas grandes revistas,
na televisão, nos museus, no cinema etc.) ou nas universidades (história dos
historiadores ou Ciência Histórica).” (SADDI, 2012, p.2)
Tendo em vista o interesse
do público pela plataforma, bem como o entendimento que a aprendizagem história
acontece em diversos espaços. Essa pesquisa debruça-se a responder aos
seguintes questionamentos: os historiadores têm-se apropriado do espaço do
Youtube? No que tange ao Brasil colônia, como esses profissionais têm-se
apropriado desse conteúdo? Se sim de que forma? Essas perguntas permitem
questionar outras coisas,
entre elas, se existe um diálogo estabelecido por parte dos historiadores com a
sociedade, se há preocupação em
refutar as notícias falsas sobre a ciência histórica, e qual o papel social
dado por estes profissionais ao conhecimento histórico e, por fim, quais
retornos têm sido obtidos a partir desse contexto.
Metodologia
Com
o objetivo de sistematizar à pesquisa foram elaborados critérios para seleção dos canais
são eles: primeiro,
o canal deve ser organizado por historiadores profissionais, segundo prevalece aqueles
com os maiores números de inscritos, terceiro o canal pode ser destinado ao enem ou a outros fins, como a divugação cientifica e indicações bibliográficas. O resultado dessa triagem foi a seleção de cincos canais
no Youtube são eles: Se
liga nessa história (professor Walter Solla), Débora Aladim, Parabólica
(professor Pedro Rennó), Leitura ObrigHistória
(Icles Rodrigues) e o Xadrez Verbal (Filipe Figueiredo).
Logo
após o apanhado inicial voltamos a pergunta central da pesquisa, como os
historiadores estão se apropriando do espaço do Youtube. Para responder o
questionamento buscamos analisar os vídeos concernentes a temática do Brasil
Colônia, são uma totalidade de 55 produções. Com o objetivo de orientar as
reflexões elaboramos uma ferramenta de análise no programação excel,
baseada no processo de categorização simples
A
obra Análise de Conteúdo sistematizada por Laurence Bardin (1970), é o
principal referencial metodológico desta pesquisa. A escolha do método se
justifica por permitir uma análise mais aguçada e detalhada do que está sendo
dito em um determinado discurso, seja escrito ou audiovisual. A metodologia de
análise de conteúdo exige uma leitura — ou assistência, no caso dos vídeos do
YouTube — atenta e crítica do que está sendo exposto no canal.
A
Análise de Conteúdo é uma abordagem quantitativa e qualitativa, a primeira
ênfase observa a frequência com que surgem certos aspectos no discurso, já a
segunda procura mapear a presença
ou ausência desses aspectos. Essa metodologia atende
o objetivo da pesquisa, pois
aqui, o vídeo é tratado como um discurso construído socialmente que expressa uma
mentalidade sobre o fazer histórico e a atuação dos profissionais de história
no ambiente cibernético.
Outro
conceito importante para a pesquisa é o de Cultura
Participativa (JENKINS in BURGESS e GREEN, 2011), partimos do pressuposto que a plataforma do Youtube é um espaço de interação, comunicação e divulgação sendo seus usuários
pessoas produtoras e consumidoras
de informações em tempo real. O conceito de Cultura Participativa pressupõe a
idéia de reciprocidade de troca, reverberando a concepção que as redes sociais,
inclusive o Youtube, permitem ao sujeito ser ativo e não passivo na criação e
disseminação de informações. No espaço do Youtube os usuários interagem por
meio dos comentários, likes e deslikes com a indústria audiovisual.
Dessa maneira,
o termo cultura participativa lança um novo olhar sobre
o Youtube, pois procura
explicar como o advento da internet na sociedade contemporânea têm modificado as relações sociais,
transformando o sujeito receptor e inativo e um indivíduo ativo, crítico e
responsável pelas notícias. Nessa plataforma de streaming os
frequentadores têm experiências com a criação de um roteiro para o vídeo,
gravação e edição com software e,
principalmente, com o marketing digital,
ou seja, existe a preocupação com os meios de
divulgação.
“Como todas as mídias, o
YouTube só adquire sentido real quando compreendido como algo que as pessoas
usam em seu cotidiano. Bruns (2007) nota que a cultura participativa e as ferramentas digitais significam que as audiências não precisam mais lançar mão de formas de mídia
auxiliares para interagir com a cultura a sua volta, sugerindo que a
experiência cotidiana de audiência da mídia pode precisar ser repensada para
incluir novas formas de produção que derivam do uso ordinário da mídia. Os participantes
do YouTube se envolvem claramente em novas formas de “publicação” em parte como uma maneira de narrar e comunicar
suas próprias experiências culturais, incluindo suas experiências como
“cidadãos-consumidores” associadas à mídia comercial popular”. (JENKINS in BURGESS e GREEN, 2011, p.73).
A cultura participativa empodera
o indivíduo, uma vez que, permite a esse interagir (chat, bate-papo e comentários) com objeto midiático e criar conteúdo próprio. Os Youtubers e os usuários
buscam uma nova maneira de
divulgar suas experiências culturais, no caso dos historiadores coloniais a
procura pela relação passado presente serve para explicar a construção da
sociedade, a concentração de terra,
de riquezas e o preconceito com as minorias
como os negros e indígenas.
Outro referencial teórico
importante nessa pesquisa é o conceito de História
Pública (LIDDINGTON in ALMEIDA E ROVAL, 2011), nessa abordagem o
conhecimento histórico é investigado e entendido em outros espaços de saber,
além das universidades, escolas, museus e acervos.
Sob essa perspectiva a didática da história procura
concretiza no indivíduo a consciência que existe outros lugares de atuação e debate
para a história.
“A história pública é uma
possibilidade não apenas de conservação
e divulgação da história, mas de construção de um conhecimento pluridisciplinar atento aos processos
sociais, às suas mudanças e tensões. Num esforço colaborativo, ela pode valorizar
o passado para além da academia; pode democratizar a história sem perder a
seriedade ou o poder de análise.
Nesse sentido, a história pública
pode ser definida
como um ato de “abrir portas e não de construir muros”, nas palavras de
Benjamin Filene. (ALMEIDA; ROVAI, 2011 apud CARVALHO, 2016, p.7)
Com base no pensamento
anterior a atuação dos historiadores estendem-se para além dos limites
acadêmicos, tornado o conhecimento histórico pluridisplinar pois engloba
diversos saberes e espaços de debates.
Se considerarmos os usos e funções do passado conforme
a didática história, percebemos que o processo de
valorização do passado pode democratizar a atuação do profissional. Assim, a
História Pública funciona nessa pesquisa como perspectiva de análise do
Youtube, enquanto mais uma área para a divulgação do saber histórico.
Esse quadro é sustentado
por dois princípios básicos o primeiro, existe uma maior aceitação dos
conhecimentos históricos, se estes estiverem vinculados aos meios de
comunicação. A afirmação
anterior foi formúlada
com base na visibilidade dos canais utilizados como objeto de estudo. O
segundo princípio, diz respeito, aos lugares de ocupação dos historiadores, ou seja, se levarmos em conta a ampliação que o conceito de História Pública trás vamos perceber que cada vez mais os
historiadores estão se debruçando sobre outros lugares de atuação.
Resultados
No que concerne à temática de Brasil Colônia 55 vídeos foram analisados ao total,
configurando uma discrepância se comparado com outros temas como escravidão e
ditadura. Essa diferença pode ser explicada por aspectos organizacionais do
ensino, como as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), e dos
principais vestibulares das universidades, uma vez que, a ênfase no período
colonial se dar pela cobrança que esses exames trazem sobre o indivíduo. Para enfatizar esse processo muitos profissionais de história têm investido na produção
de conteúdo sobre essa temática,
no entanto, tal buscar por espaço público
pode acarretar preferência por
tópicos , como por exemplo, no canal Se liga nessa história 67% das revoltas nativistas acontecem na
região sul-sudeste, e apenas 33% no restante do
país. Esse fato é observado também no canal Parabólica, nesse 70% dos
conflitos se concentram na mesma região.
Entre os 55 vídeos
analisados sobre a história do Brasil colônia, 19 eram do canal Se Liga Nessa
História, 14 pertencem ao canal da Débora Aladim, 17 vídeos são do canal
Parabólica, o Xadrez Verbal possui 3 vídeos, e por fim, o canal Leitura
ObrigaHistória com 2 produções. Notamos a configuração de campos distintos nos
canais são eles: os canais destinados ao ENEM com conteúdo substantivos, e os
canais de discussão histórica. Esse dado aponta que os historiadores estão se
apropriando do Youtube, é que seus vídeos muitas vezes respondem a demandas
sociais como a concentração de terra e de riquezas.
No canal da Débora Aladim
existe uma playlist específica para esses vídeos, intitulada “História do Brasil pelo Brasil” sendo cada vídeo com duração de 10 a 25 minutos,
já no canal Se Liga Nessa
História os vídeos têm uma duração bem menor com cerca 5 a 15 minutos, e quase
sempre se iniciam com um questionamento pontual que liga o tema ao tempo
presente. O critério do tempo de duração
demonstra o nível
de profissionalismo desses
canais, as produções geralmente procuram estabelecer
um começo, meio e fim para a narrativa. Ademais, os canais possuem vinheta (são
chamadas curtas para aberturas e encerramentos dos vídeos), cenário próprio,
proposta de edição e pessoal de apoio.
Notamos nos canais de
discussão histórica como o Xadrez Verbal e Leitura ObrigaHistória a ausência de
temas e conteúdos substantivos específicos do Brasil Colônia como:
administração colonial, chegada da Família Real e as Revoltas Nativistas.
Podemos entender que o objetivo desses canais são as discussões próprias da
história, como a memória, o tempo e a consciência histórica.
Esse aspecto agrupa um público
preocupado com questões historiográficas como o debate sobre o conceito de colônia de exploração e
colônia de povoamento. No canal Leitura
Obrighistória do historiador Icles Rodrigues existe um vídeo intitulado “O
Brasil "deu ERRADO" por ser "colônia de EXPLORAÇÃO"?”,
neste o historiador buscar compreender como o discurso sobre a hegemonia
norte-americana foi estruturado mediante o conceito de colônia de explaração e
de povoamento, e repassado até os dias de hoje. Esse resultado demonstra que boa parte dos Youtubers têm se detido na
questão do revisionismo histórico, quebrando paradigmas sobre a historiografia
tradicional. Nos canais do ENEM, no
entanto, prevalece a discussão dos conceitos pontuais como regionalidade, união
Ibérica, escravidão indígena e negra, escambo, exportação, sesmaria e pacto colonial.
Outro ponto observado foi o método histórico esse parte de um questionamento,
essa questão não é formulada ingenuamente pelo historiador. Dessa maneira,
procurar entender como esses profissionais elaboram seus questionamentos no Youtube é algo extremamente relevante, pois corrobora para a compreensão do que o profissional considera ser história,
também diz muito sobre sua formação e referencial teórico usado. Assim sendo,
dos 55 vídeos assistidos 23 possuíam um questionamento (cerca de 42%) que
suscita outros debates. Destas 23 produções 18 partem de uma problemática da
atualidade (cerca de 78%), relacionando passado e presente, demonstrando assim,
que o historiador procura elabora uma questão de forma consciente.
“A questão do historiador não é ingênua.
[...] Com a questão o historiador - e eis por que ela permite construir os fatos - ele tem uma ideia das fontes
e dos documentos que lhe
permitirão resolvê-la, ou seja, também uma primeira ideia do procedimento a
adotar. [...] O historiador não se limita a formular um “simples questão” - até
mesmo quando se trata de uma questão simples - porque, em seu bojo, traz uma
ideia das fontes documentais e dos possíveis
procedimentos de pesquisa
[...] é necessário ser já historiador para ser capaz de formular
uma questão histórica”. (PROST, 2008, p.76)
Dessa forma, a questão do
historiador desempenha a função de organizar o conhecimento e de responder a
uma demanda da sociedade. É importante observar, também, que muitos dos vídeos
utilizam fontes ou referencial bibliográfico entre as indicações teóricas
estão: Caio Prado Júnior; Sérgio
Buarque de Holanda,
Luís Felipe Alencastro; Stuart Schwartz, Boris
Fausto, Ciro Flamarion Cardoso, Hectór Perez Brignoli, Erick Hobsbawn, Tony
Ludt, José Murilo de Carvalho e March Bloch.
Conclusão
Logo após a análise do material audiovisual percebemos que os historiadores estão sim fazendo uso do espaço do
Youtube, como ambiente de divulgação do conhecimento histórico e interação com
os usuários, entretanto em escala menor se comparamos com outros espaços de
atuação desse profissional.
Dentro da plataforma os Youtubers dividem
o conteúdo em dois segmentos
são eles: os canais
do ENEM com narrativas pautadas
no conteúdo substantivo, e os canais de discussão historiográficas e atualidades. Nesse ambiente a temática da colônia tem se concretizado enquanto campo de discussão com ênfase nos debates historiográficos, até mesmo os canais do ENEM, a grosso modo, destinado a
auxiliar os alunos nas provas têm se preocupado com a narrativas expostas,
buscando problematizar os assuntos tratados.
Outro fator que torna essa pesquisa relevante são os usos do passado,
principalmente, do tempo colonial notamos que os historiadores têm buscado
ressignificar figuras históricas desse período, entre eles está o personagem
Tiradentes. Esse último é frequentemente associado a construção identitária do período republicano.
Por fim, os conteúdos sobre colônia estão sendo debatidos no Youtube de
forma concreta, por canais de historiadores do sul-sudeste, isso não quer dizer
que as outras regiões não tenham pesquisadores voltados a esse campo, mas que
se consideramos a visibilidade dos canais a região sul ainda prevalece.
Referências biográficas
Cintia Venâncio, estudante
do curso de Licenciatura em História pela Universidade Federal do Rio Grande do
norte, bolsista remunerada do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID).
Leandra Hellen Assunção
Santos, estudante do curso de Licenciatura em História pela Universidade
Federal do Rio Grande do norte, bolsista remunerada do Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID).
Referências bibliográficas
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São
Paulo: Edições 70,2016.
BURGESS, Jean; GREEN, Joshua. Youtube e a Revolução
Digital: como o maior fenômeno da cultura participativa transformou a mídia e a
sociedade. São Paulo: Aleph, 2009.
CARVALHO, Bruno Leal Pastor de. História
pública e redes sociais na internet: elementos iniciais para um debate
contemporâneo. Transversos: Revista de história, v.07, n.07, p.35-52, set.,
2016.
LIDDINGTON, Jill. O que é história pública? Os públicos e
seus passados. In: ALMEIDA, J; ROVAI, M. G. de O. (Org.). Introdução à História
Pública. São Paulo: Letra e Voz, 2011, p. 31-52.
PROST, Antonie. Doze lições sobre a história.
Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p.75-94.
RÜSEN, Jörn. Teoria da história: uma teoria da história como ciência. Curitiba:
Editora UFPR, 2015.
SADDI, Rafael. O parafuso da didática da história: o
objeto de pesquisa e o campo de investigação
de uma didática da história
ampliada. Acta Scientarum. Maringá, v.34, n.2, p.211-
220, jul/dez, 2012.
Olá, ótimo tema e importante foco no conceito de história pública, nas ruas. O trabalho conclui confirmando a presença de historiadores no Youtube ensinando história colonial, mas gostaria que a autora aprofundasse suas conclusões acerca da qualidade do conteúdo de canais como o de Débora Aladim.
ResponderExcluirOi malinha obrigada pela pergunta. Essa pesquisa ainda não foi concluida, elas faz parte de um conjunto de debates sobre o papel do historiador no YouTube. No caso do canal citado, o conteúdo tem fonte influencia de debates do Sul e sudeste, a bibliografia e atualizada,porem com uma fonte presença da historiografia acadêmica.
ExcluirParabéns pelo trabalho! Gostei muito. Gostaria de saber se há mais canais sobre a temática que vc possa sugerir, além dos expostos em seu texto. Com um abraço, Marize Campos.
ResponderExcluirExistem outros canais, como o Historicizando, Buenas ideias e historia Online. Porém o foco da pesquisa foram os canais históricos com maior público de inscritos.
ExcluirParabéns pelo trabalho! Gostei muito. Gostaria de saber se há mais canais sobre a temática que vc possa sugerir, além dos expostos em seu texto. Com um abraço, Marize Campos.
ResponderExcluirPrezadas Cíntia e Leandra,
ResponderExcluirAchei interessante a análise de canais do Youtube com foco na colônia. Tenho algumas indagações:
- Vocês colocam o foco no ENEM como hipótese para o número maior de vídeos relacionados ao Brasil Colonial em determinados canais. E quanto aos canais com número reduzido de vídeos?
- Para vocês “os historiadores estão se apropriando do Youtube”. Que aspectos e cuidados devem ser considerados nessa apropriação por parte dos professores-historiadores?
- Com relação à Cultura Participativa que aspectos foram observados na interação com relação às temáticas trabalhadas.
Parabéns pela temática relevante e continuem com os estudos.
Ilana Peliciari Rocha
Os historiadores estão sim se apropriando do YouTube, e construindo conteúdo. Entretanto, alguns para atender uma determinada demanda e outros como o objetivo de debater questões ligadas ao campo de estudo. O professor deve ver o vídeo, e perceber até que ponto o conteúdo áudio-visual pode ser compreendido pelo aluno. O conteúdo ao nosso ver precisa ser amplamente questionado principalmente no seu modo de produção.
ExcluirExcelente texto, tema muito necessário. O YouTube tem sido de grande ajuda pra mim, principalmente para esclarecer algumas dúvidas que aparecem quando vou realizar alguma atividade, seja sobre alguns temas, conceitos etc... Entretanto sempre me questiono acerca da confiabilidade dos canais com que me deparo. Seria de ajuda enorme se as autoras pudessem listar, além dos canais já citados, canais de fontes confiáveis que abordem temas históricos.
ResponderExcluirDesde já agradeço e as parabenizo pelo ótimo trabalho.
Giovana Mariano Pereira
Olá, Giovana!
ExcluirCanais que podemos lhe indicar são: Historicizando, Buenas ideias, História Online, Se liga nessa história, ObrigHistória e o da Débora Aladim.
Parabéns pelo trabalho desenvolvido.
ResponderExcluirPergunta: Sabemos que a plataforma do "YouTube", tem sido de grande ajuda principalmente nesse momento de Pandemia que estamos vivendo, onde estamos distante do ambiente escolar o YouTube está sendo de grande auxilio nesse período de ensino remoto. Que aspectos ou até mesmo cuidados devem ser considerados para os professores-historiadores?
ANDRESSA ALVES MOREIRA.
Obrigada pela pergunta. Em tempos de pandemia o professor deve ver primeiro o vídeo, depois perceber se existe a utilização de fonte históricas e debates plausíveis ao conteúdo. Tentar compreender até que ponto o aluno se identificar com a realidade exposta no vídeo. Entender os recursos físicos, humanos e sociais que cada YouTube utiliza na produção do vídeo. E por fim adequar o conteudo ao público alvo.
ExcluirParabéns pelo trabalho, minha questão é em relação a quem ocupa esse campo da História Pública atualmente, vocês veem um cenário otimista para com a fortificação dessas temáticas da História Pública?
ResponderExcluirSim existe um campo em formação para a história pública. Os historiadores sobre o que chamamos de impacto da tecnologias da informação e comunidade, não que não houve o uso de tecnologia na produção histórica, mas agora o pesquisador a levado a dinamizar alguns padrões e regras históricas, para produzir conhecimento na platarforma.
ExcluirCaras autoras, felicitações pelo belíssimo texto. A cada dia mais a tecnologia se espalha sobre nosso dia a dia, e que bom que tem chegado até a educação. A ludicidade está cada vez mais em falta nas salas de aula e com certeza que essas novas abordagens trazem certa dinamicidade no ensino.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho e grata por compartilhar conosco!
Sabrina Inácio, 5°P pedagogia UEMG.
Ficamos muito felizes em saber que gostou do nosso trabalho! Apesar do acesso as tecnologias digitais de informação terem aumentado desenfreadamente nos últimos anos podemos perceber que nem tudo que está na rede é realmente benéfico. Trazer os conteúdos históricos de forma lúdica e significativa tem sido uma tarefa um tanto árdua, principalmente nesse período que estamos vivendo. Porém, essa variedade em recursos didáticos digitais vem trazendo muita esperança!
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