Henrique Saraiva Louvem e Luara Alencar Francisco

 

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: O USO DE PODCASTS E GAMES NO ENSINO


Inicialmente, este artigo busca contextualizar e entender a importância do uso das tecnologias digitais para a educação, sobretudo o podcast e os games. Diante disso, será abordado como essas ferramentas podem agregar o aprendizado e otimizar a dinâmica em sala de aula.

 

Atualmente a internet e suas ferramentas constituem boa parte de nosso dia. Desde o momento em que acordamos até a hora de dormir estamos conectados com nossos aparelhos tecnológicos. Não obstante, o cenário provocado pela pandemia do COVID19 fez com que crescesse a relação de dependência desses recursos.

 

Nesse sentido, diversos eixos da sociedade são afetados por essas novas tecnologias, sobretudo no que diz respeito à educação. A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) reconhece o papel fundamental da tecnologia para o aprendizado, desde que seja utilizado de modo responsável e crítico, tal como descreve a Competência 5:

 

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.” (BNCC, 2018. p. 9)

 

Assim, é imprescindível para os atuais e futuros professores o conhecimento das tecnologias digitais. De maneira que o uso em sala de aula produza conhecimento, pensamento analítico e autonomia nos alunos. Além de integrar no aprendizado elementos diferentes dos tradicionais, gerando entusiasmo nos educandos com o processo de estudar.

 

Além da competência 5 da BNCC, são relevantes os seguintes aspectos:

 

“Selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas.” (BNCC, 2018. p. 19)

 

“Conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os alunos nas aprendizagens. (BNCC, 2018. p. 19)

 

“Selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tecnológicos para apoiar o processo de ensinar e aprender” (BNCC, 2018. p. 19)

 

A relevância destes aspectos se deve ao interesse do mercado educacional - grupos privados - na implantação de metodologias mais modernas e alinhadas com práticas e interesses do mercado, deixando em segundo plano as críticas a um modelo de educação bancária, individualista e nitidamente com um viés capitalista.

 

Neste aspecto, não é abordado o risco inerente do aumento da desigualdade digital, com acessos diferenciados às plataformas, aplicativos e redes dos alunos da rede pública e particular, ou dos alunos dos grandes centros urbanos e de cidades com menos recursos técnicos.

 

O fator de interação social presencial entre os alunos e docentes é um eixo importante do aprendizado, e que precisa ser levado em conta quando falamos do processo de formação do discente.

 

Essa interação tem sido alterada em virtude de um sistema de ensino remoto, de caráter virtual/digital, que tende a ser uma constante para um modelo híbrido, na medida que as restrições sanitárias de isolamento social foram reduzidas em virtude da Covid-19. Sendo assim, o que vemos é um discurso que prega a migração do sistema tradicional, em que as aulas se realizam apenas no âmbito do espaço escolar, para um sistema híbrido, na qual parte das aulas é dada de forma virtual.

 

As mudanças abruptas para esse novo sistema de ensino trouxeram em voga termos e expressões pouco usuais ao público. Mas é preciso distinguirmos o ensino híbrido do ensino remoto. Segundo Clayton Christensen Institute, o ensino híbrido se define por:

 

“O ensino híbrido é um programa de educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino online, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo, e pelo menos em parte em uma localidade física supervisionada, fora de sua residência (…) As modalidades ao longo do caminho de aprendizado de cada estudante em um curso ou matéria são conectadas para oferecer uma experiência de educação integrada (CHRISTENSEN, 2013, p.7)

 

Já o ensino remoto é a transmissão em tempo real das aulas. Professor e aluno de uma turma têm interações nos mesmos horários em que as aulas da disciplina ocorrem no modelo presencial. Significa manter a rotina de sala de aula em um ambiente virtual acessado de forma conjunta, entretanto mantendo o distanciamento físico entre ambos. Neste caso, a interação não é requisito de conclusão, mas os professores sempre podem solicitar alguma colaboração dos alunos. Ainda, os estudantes também podem surgir com alguma dúvida e apresentá-las ao educador em tempo real. Essas ações são denominadas de síncrona ou assíncronas.

 

As atividades sincrônicas são aquelas em que é necessária a participação do aluno e professor no mesmo instante e no mesmo ambiente – nesse caso, virtual. Assim sendo, ambos devem se conectar de forma simultânea e interagir entre si.

 

Já as atividades assincrônicas são atividades propostas para serem realizadas fora do período de aula como complementos a carga horária demandada pelo MEC. Podem incluir a visualização de vídeos elaborados pelo docente, leitura de livros, fichamentos de textos, filmes e documentários.

 

O uso das tecnologias no âmbito educacional tem sido matéria de estudo pela Unesco, para identificar os avanços e melhorias nos sistemas de ensino, em especial dos países mais pobres ou em desenvolvimento. De acordo com o relatório apresentado em 2015, Tecnologias para a transformação da educação:  experiências bem-sucedidas e expectativas, há alguns pontos de consenso sobre o uso da tecnologia em sala de aula e são identificáveis:

 

“O conceito do ensino como mera transmissão de conteúdos deve ceder lugar para novas metodologias que possibilitem o desenvolvimento das competências dos estudantes para operar sobre os conteúdos." (OREALC UNESCO, 2015. p. 13)

 

O relatório da UNESCO traz dados muito relevantes sobre as condições de acesso e dificuldades dos docentes em compreender o potencial de uma educação digital com o uso de metodologias ativas, dentre eles o volume de apps e plataformas voltadas para educação que tiveram um crescimento exponencial, Google for Education, Khan Academy, Microsoft Educação, e que não existiam cinco anos atrás, nas versões espanhol ou português.

 

As áreas periféricas das grandes cidades latino-americanas ainda padecem de uma cobertura de internet deficiente e muitas escolas em áreas rurais não contam com internet em banda larga, a conexão mais adequada para aulas remotas. Conforme aponta o citado relatório,

 

“O pilar fundamental da qualidade educativa são as competências profissionais docentes: se os estudantes não se encontram em suas classes com docentes capazes de gerar maiores oportunidades de aprendizagem, não se produzirá uma genuína melhora da qualidade educativa…. Dado o caráter sistêmico de todos esses processos, é difícil avançar em um deles sem avançar nos demais.  O desenvolvimento docente é, portanto, o requisito básico caso se queira conseguir uma verdadeira transformação da escola.” (OREALC UNESCO, 2015. p. 13)

 

Outro aspecto relevante do relatório da UNESCO é a ausência de políticas públicas para treinamento de docentes para atuar em uma “sala de aula” digital e remota. Essa ausência foi evidenciada durante o período da pandemia, no qual professores de norte a sul do país encontraram enormes dificuldades para orientar os alunos, ministrar aulas e lidar com as tecnologias ligadas às aulas remotas.

 

O uso de Podcast para o ensino

Entre os recursos tecnológicos que podem ser utilizados em aula se encontra o podcast. Este consiste em uma gravação áudio, na qual pode ser acessada por arquivo ou streaming. Conforme Primo (2005), “o podcast é um processo que emerge a partir da publicação de arquivos de áudio na internet”. Ademais, a ferramenta se insere na nova geração de internet, denominada Web 2.0.

 

Em questão, o podcast pode servir como uma ferramenta na aprendizagem, englobando desde o ensino presencial até o remoto. Por se tratar de uma gravação de áudio na qual contém variados temas, o professor pode disponibilizar entrevistas, documentários, leituras e conteúdos didáticos neste formato. Além disso, ainda que pouco estudado, o uso de podcasts pode ser um aliado para alunos com deficiências visuais.

 

Com efeito, o recurso possui uma série de vantagens para o aprendizado. O aluno tem a vantagem de poder escutar em qualquer momento do dia e quantas vezes desejar, englobando os diferentes ritmos de estudo. Dessa maneira, o podcast é uma ferramenta didática que pode ser utilizada com maior liberdade de espaço e tempo, como também é descomplicado de manusear.

 

Entretanto, por mais que o recurso tenha se popularizado nos últimos anos, o seu uso em sala de aula ainda é escasso se comparado com outras ferramentas tecnológicas. De exemplo, a pesquisa realizada pela Iniciação Científica Tecnologias e Metodologias Ativas no Ensino de História no curso de licenciatura em História da Universidade Federal da Paraíba tem feito um levantamento de dados sobre os usos da tecnologia na educação.

 

A pesquisa teve seu foco nos alunos e professores da rede pública de ensino de João Pessoa no estado da Paraíba. Foram entrevistados 41 alunos, nos quais apenas 2,4% afirmaram utilizar podcasts para o estudo. Este número se mostra pequeno, sobretudo se comparado com os estudantes que alegaram utilizar videoaulas correspondendo a 80,5% dos entrevistados.

 

Contudo, o baixo uso de podcasts como ferramenta auxiliar nos estudos pelos alunos não é de total responsabilidade destes. Dos 6 professores consultados na mesma pesquisa, apenas 16,7% afirmaram utilizar os podcasts na preparação ou durante suas aulas, este número, entra em contraste se relacionado com o uso das videoaulas, na qual totalizou 100%.

 

Destarte, o podcast se mostra como um recurso tecnológico ainda pouco explorado no sentido didático. Por outro lado, este fator não retira os benefícios de seu uso, mas sim indica que precisa ser mais explorado. Ademais, é necessário que os professores compartilhem as ferramentas tecnológicas de maneira crítica e responsável. Assim, projetando uma educação para além dos livros didáticos e das metodologias tradicionais de ensino.   

 

O Uso de Games para o Ensino de História

O uso de games para o ensino de História é recente no Brasil, teve início de forma introdutória e experimental o uso de metodologias ativas e jogos para o ensino de História, sobretudo na rede de ensino particular e em escolas públicas.

 

Em geral, com a criação de multiplataformas, tais como: Canais no youtube, redes de TV regionais e portais de internet, o discente pode ter acesso a aulas pré-gravadas, atividades sincrônicas e links para recursos interativos.

 

Uma plataforma que tem grande potencial para que o docente o construa um jogo, é o Google Forms. A criação dos jogos, pode ser realizada em qualquer temática específica, abordando desde a Revolução Industrial ao papel da Mulher na História. A facilidade de uso tanto para o discente como para o docente é uma grande vantagem, pois não é necessário um grande conhecimento da tecnologia, para elaborar um jogo ou jogá-lo.

 

Na pesquisa realizada pelo projeto Tecnologias e Metodologias Ativas no Ensino de História (UFPB/PROPESQ), foram levantadas algumas questões sobre a interação discente-docente no ambiente remoto e uso de recursos tecnológicos e tecnologias aplicadas em sala de aula. Para tanto, aplicou-se um questionário on-line em uma escola pública do município de João Pessoa, a qual discentes e docentes do 7o. ano responderam perguntas sobre o uso das tecnologias na prática do ensino e aprendizagem, diante das restrições sanitárias e do ensino remoto.

 

Quando questionados aos professores e alunos sobre o uso de recursos tecnológicos nas atividades escolares, o resultado foi que tanto os professores como os alunos não estavam preparados para interagirem em um ambiente remoto, sendo que, a desvantagem maior da parte dos professores que precisam elaborar as aulas levando em conta as dificuldades tecnologias de acesso e de conhecimento dos alunos, enquanto lidam com suas próprias dificuldades. Sendo assim fica evidente a falta de planejamento por parte do governo e o baixo uso de jogos tanto por docentes, como forma de aumentar o interesse dos alunos, como dos discentes e em compreender algum tema aplicado em sala de aula.

 

Em uma amostra de 41 alunos, foi evidenciado que menos de 3% deles fazem uso de jogos para fixar algum conteúdo dado em sala de aula, 78% deles buscam, por conta própria, algum recurso didático extra, seja para responder alguma atividade proposta pelo docente ou para compreender algum tema complexo.

 

Na amostra de 6 professores, os dados não são diferentes. A ampla maioria, 66%, não faz uso de jogos ou quaisquer outros recursos além do livro didático para ministrar suas aulas, o que evidencia a dificuldade de adaptação às aulas remotas.

 

Entretanto, as falhas dos governos em oferecer recursos para prática docente, também são evidentes, antes da pandemia, que nenhum dos professores tinha acesso a plataformas, canais ou qualquer contra tecnologia de suporte às aulas remotas, nem eram treinados para planejar e ministrar tais aulas.

 

É interessante ressaltar que, em ambos os casos, foi informado a facilidade no uso de tecnologias em sala de aula e para pesquisa, entretanto, a baixa aplicação de podcasts e jogos em sala de aula, deixa evidente que o uso se deu sobretudo na visualização de vídeos, ou seja, o grau de interação do discente com o objeto em estudo, em um sentido de mão única, não houve de forma efetiva uma interação do discente com o docente.

 

Conclusões

Devido a pandemia da Covid-19, projetos que estavam em um horizonte de médio e longo prazo, foram adiantados e colocados em prática de forma emergencial. Os docentes além de lidar com dificuldades técnicas e instrumentais, da prática de docência online, precisaram criar estratégias para tornarem as aulas remotas interativas ao gosto da geração Z, uma geração que já nasceu e cresceu em um ambiente digital.

 

Logo, durante a pandemia de Covid-19, com o uso do ensino remoto, essas desigualdades tornaram-se mais evidentes e são necessárias ações para mitigá-las e o uso de podcast e jogos interativos durante as aulas de História, podem auxiliar o docente a aumentar o engajamento dos estudantes.

 

O uso de games é uma ferramenta fundamental para gerar engajamento e interesse dos discentes na disciplina de História. Devido a facilidade na construção de jogos, nas mais diferentes temáticas e plataformas, o docente deve considerar seu uso para mobilizar os alunos a participar das atividades, sobretudo em condições de aulas remotas e ou híbridas.

 

Diante disso, o podcast pode ser uma ferramenta auxiliar nesse processo. O seu uso gera maior interesse no conteúdo, engloba diferentes ritmos de aprendizagem e é fácil de utilizar. Não obstante, o aluno tem a vantagem de poder escutar em qualquer momento de seu dia, e os temas podem variar conforme o conteúdo abordado pelo professor. Contudo, é necessário que o educador faça o uso de modo crítico e significativo, assim englobando efetivamente o aprendizado do educando

 

Portanto, compreendendo a sociedade atual e a urgência de se pensar o ensino por vias tecnológicas impulsionado pela pandemia, o uso de ferramentas tecnológicas na educação é fundamental. De modo a estimular as diferentes formas de aprender, criando espaços de trocas de informações significativas.

 

Referências Biográficas

Henrique Saraiva Louvem - Graduando do curso de Licenciatura em História pela Universidade Federal da Paraíba;

 

Luara Alencar Francisco - Graduanda do curso de Licenciatura em História pela Universidade Federal da Paraíba;

 

Referências bibliográficas

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. 2017.

 

BRASIL. BNC-Formação. Portaria n. 2, de 20 de dezembro de 2019.

 

CHRISTENSEN, Clayton et al. Ensino Híbrido: uma inovação disruptiva? Clayton Christensen Institute, 2013. Disponível em: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/raead/article/view/7517/4651 . Acesso em:  18 mar. 2018.

 

Introdução à História dos Jogos Eletrônicos. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/8600/8600_3.PDF.  Acesso em 20/04/2021.

 

JUNIOR, João Batista; COUTINHO, Clara Pereira. Podcast em educação: Um contributo para o estado da arte. Revista Galego Portuguesa de Psicoloxía e Educación, 2007.

 

OREALC UNESCO. (2013). Situación Educativa de América Latina y el Caribe: Hacia la educación de calidad para todos al 2015. Santiago de Chile: OREALC/UNESCO Santiago. 

 

PRIMO, A.F.T. .Para além da emissão sonora: as interações no podcast. Intexto, Porto Alegre, n.13, 2005.

 

ROCHA, Julci. Game design, gamificação e games na educação: será que estamos falando da mesma coisa? Disponível em: https://www2.geekie.com.br/blog/gamificacao-game-design. Acesso em 20/04/2021.

35 comentários:

  1. Gostaria que os autores comentassem mais acerca das potencialidades do uso de podcast no ensino de História.
    Elizete Gomes Coelho dos Santos

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    1. Oiê, Bom dia. O podcast é ainda uma ferramenta "nova" no uso em sala de aula. Mas ela pode vim a ajudar o professor como um "complemento" do conteúdo trabalhado, por se tratar de uma gravação de áudio, o estudante tem a vantagem de escutar em qualquer momento do dia, até mesmo no caminho da escola. Além de que, o aluno pode dar "replay" no áudio quantas vezes quiser e/ou voltar para uma parte que ele não entendeu, englobando diferentes ritmos de aprendizado. De modo geral, o podcast pode auxiliar o professor com o conteúdo, no ensino online/híbrido, pode ser aplicado como atividade assíncrona.
      Luara Alencar Francisco

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    2. Elizete, Boa Tarde.

      Alem dos Podcasts, o uso de jogos para o Ensino de História tem muito potencial com a adoção de ferramentas como o Kahoot, Google Forms e Classcraft. Sobretudo em condições de ensino online e EAD.

      Henrique Saraiva Louvem

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  2. Olá!

    Texto e reflexões bem interessantes

    Os autores utilizam a mídia podcast em suas pesquisas/aulas? Sugerem algum em especial?

    Outra questão: de que forma incentivar os educadores a fazer uso de tal ferramenta?

    Grato pela atenção.

    Saudações!

    Willian Spengler

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    1. Oiê, somos alunos da graduação e, ainda, não damos aulas rsrsrsr. Mas estamos atualmente realizando pesquisas junto com professores para ver a introdução desses recursos em sala de aula. A respeito do podcast, notamos que o História em Meia hora tem agradado os professores!

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    2. Para incentivar os professores, acredito que esse assunto deveria ser mais trabalhado na graduação, mas de todo modo, é importante que o professor se insira no universo do aluno também, se adequando ao uso das tecnologias

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    3. Vocês conhecem o SciCast? Trata-se de um podcast de divulgação científica, que também aborda temas de História. Se não conhecem, fica o convite: https://www.deviante.com.br/podcasts/scicast/

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    4. Obrigada! Vou dar uma olhada 💚

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    5. Willian, Bom dia!

      Muito obrigado pela dica do scicast iremos dar uma olhada com certeza! Quando a sua pergunta, pois bem. Eu acredito que em parte esse sistema de aulas remotas deve permanencer, no ambito pós pandemia, com a oferta de aulas especificas e ou atividades online, como foruns, montagem de mapas mentais, criação de sites e outros atividades avaliativas. Tanto os Podcasts como os jogos tem um potencial enorme de engajamento do aluno, pois trabalha com algo que é proximo da realidade dele.

      Henrique Saraiva Louvem

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  3. Riano Marques de Oliveira24 de maio de 2021 às 17:11

    Boa tarde! Parabéns Henrique e Laura pela abordagem.

    Minha primeira pergunta, diz respeito a questão dos jogos digitais, mais especificamente aos jogos para consoles. Trabalhei meu TCC de graduação com o Jogo eletrônico "Red Dead Remdemption" e tenho muito interesse sobre o jogo eletrônico e suas potencialidade para narrativas históricas.
    Recentemente utilizei o jogo Assassins Creed Odyssey, para mostrar a cidade de Atenas e o mapa da Grécia para os alunos e o resultado foi muito satisfatório, mas para isso foi necessário uma grande demanda de tempo para aparar arestas técnicas e de pesquisa dentro do universo do jogo (o jogo necessita ser jogado e também demanda tempo).
    Assim sendo, gostaria de saber quais as perspectivas de vocês sobre a questão da exploração desse universo de jogos eletrônicos, sobretudo com gerações de professores que não tiveram essa mesma ideia de ensino e para se atualizar precisariam de muito tempo e dedicação e também, qual a parcela das universidades enquanto formadoras de docentes, que também tem as diretrizes sobre tecnologias nos PCN's?

    Abraço!

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  4. Riano Marques de Oliveira24 de maio de 2021 às 17:21

    Minha segunda pergunta, diz respeito a pesquisa sobre o uso de podcasts, acho um recurso extraordinário.. inclusive estou em um projeto ainda inicial de podcast com um colega da Filosofia.

    Eu gostaria de saber qual plataforma foi utilizada pelos professores na pesquisa? E também gostaria de saber se os alunos que ouvem podcast, utilizam esse recurso apenas para a Educação ou também para o entretenimento? (Caso a pesquisa apresente essas informações)

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    1. A respeito da segunda pergunta, inicialmente para fazer a pesquisa que foi apresentada no artigo utilizamos o Google forms, pra poder aplicar o questionário. Se tratando do podcast, eu (Luara) e Henrique (o outro autor) somos alunos da graduação ainda, mas estamos trabalhando na pesquisa com alunos e professores (rede pública e privada) pra compreender e aplicar o uso dessas ferramentas em aula. Ademais, participei através da extensão "Podcast- Senta que lá vem história" pela UFPB na qual produzimos podcasts com professores universitários sobre variados temas. De todo modo, eu sou apaixonada por podcasts (escuto de vários temas, para além da história) e o meu primeiro contato com o recurso foi para entretenimento. Hoje em dia, já pesquiso e entendo essas gravações de áudio como um recurso de ótimo uso em sala de aula.
      Abraço!
      Luara Alencar Francisco.

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    2. Riano, suas considerações são muito pertinentes. Realmente há uma "janela" de defasagem tecnologica dos professores para os alunos, infelizmente na universidade, ainda não contamos na licenciatura com uma cadeira especifica que trate de como elaborar jogos, podcast até mesmo video-aulas. Eu e Luara estamos com esse projeto exatamente para reduzir esse "gap" e alinhar as praticas mais modernas de docência. Acredito que seja necessário uma atualização nos curriculum das universidades contemplando essas "novas" tecnologias e o interesse dos professores mais velhos em buscar cursos de atualização e aprendizagem para essas ferramentas.

      Henrique Saraiva Louvem

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  5. Parabéns pelo artigo. Fundamental nos dias atuais para os docentes que lidam com a sala de aula. Os modelos destacados ( podcast e games) correspondem com a linguagem dessa geração de estudantes e sem dúvida facilita o processo de ensino e aprendizagem. Gostei muito do artigo e indiquei para que outros docentes como eu possa se inspirar e por sua vez contribuir no planejamento das aulas, tornando -as mais interativas também.

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    1. Obrigada pelo apoio e pelo feedback. Ficamos felizes de ver que nossa pauta é atual e necessária! Gratidão 💚

      Luara Alencar Francisco

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    2. Muito obrigado Aline, pelo feedback. A ideia é essa aumentar a interatividade e engajamento do aluno na disciplina. Outro aspecto importante é a interdisciplinaridade do uso destas ferramentas. Matématica, Fisica, Quimica podem ter jogos e podcast tambem.

      Henrique Saraiva Louvem

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  6. Olá, sou professor e também um pesquisador na área das Tecnologias Digitais, principalmente em relação ao seu uso no ensino de história. Compreendo que as tecnologias digitais fazem parte do nosso dia a dia, portanto não podem ficar de fora do processo de aprendizagem dos alunos, mas uma dificuldade que sempre enfrentei foi em relação aos outros professores, como dito no texto a grande maioria não usa, ou nunca usou nenhum tipo de tecnologia em suas práticas, o que só corrobora para a defasagem da educação atual. Nesse sentindo minha pergunta é em relação à formação dos professores para lidarem com as tecnologias digitais, a pergunta é dividida em duas partes, a primeira é: vocês enquanto estudantes de graduação tiveram alguma disciplina que abordasse ou discutisse o uso das tecnologias digitais no processo de ensino? Vocês acreditam que as Universidades deveriam incluir esse tipo de disciplina e discussão com mais ênfase e destaque nos cursos de licenciatura?
    Desde já agradeço e parabenizo pelo excelente texto.
    Ass: Carlos Alexandre Souza Prado

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    1. Oiê, eu (Luara) não tive na graduação ainda nenhuma disciplina que falasse sobre o uso da tecnologia no ensino, e pelo que eu conheço do currículo, não tem nenhuma disciplina obrigatória para isso! O que eu acho uma pena, já que é de tamanha necessidade (e urgência) os professores estarem preparados para "modernizar" a sala de todo. De todo modo, eu fui ter o contato com o uso de tecnologias no ensino através da extensão e da pesquisa, o que acaba vindo muito do graduando e do interesse dele!

      Luara Alencar Francisco

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    2. Bom dia, Professor Carlos. Não existe nenhuma disciplina no curso de licenciatura na minha universidade que aborde o uso de tecnologias digitais. Com certeza essa disciplina é muito necessária e seria de enorme ajuda para a formação do docente.

      Henrique Saraiva Louvem

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Primeiramente queria parabenizá-los pelo trabalho, excelente tema e se faz muito necessária a discussão e reflexão acerca deste. Como futura professora, esse texto me inspirou a aceitar o desafio que todos os professores encaram diariamente: o desafio de se reinventar. Para passar o conhecimento adiante o professor tem que adaptar as ferramentas digitais às práticas pedagógicas, é o que essa geração, nascida na era digital necessita, para a construção de uma aprendizagem significativa.
    Mais uma vez parabéns pelo trabalho.
    Giovana Mariano Pereira

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    1. Bom dia! Acreditamos nisso também! Obrigada pelo carinho 💚

      Luara Alencar Francisco

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  9. Boa noite, primeiramente parabéns aos autores pela abordagem.

    De que maneira, a partir de suas pesquisas e conhecimento sobre o tema, você acredita que estes docentes resistentes às novas tecnologias (ditos tradicionais) estão encarando o novo formato de aula e a ampla utilização das tecnologias e plataformas digitais de ensino-aprendizagem?

    Seygon da Silva Santos

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    1. Bom dia. Então, acredito que a resistência se deve por questões de geração, por falta de instrução, estrutura precária de alguns colégios e pela desigualdade de nosso país (que não permite que todos tenham acesso a internet/tecnologias). Por outro lado, vejo cada vez mais professores engajados e querendo entender dessa temática, sobretudo após o contexto do covid-19.
      Luara Alencar Francisco

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  10. Parabéns Henrique e Luara pelo trabalho. A minha pergunta para vocês é: como vocês veem o uso das tecnologias na prática discente, enquanto alunos de graduação, e mesmo do ensino básico, e como isso reflete na formação docente?
    Cláudia Lago

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    1. Obrigada Cláudia! Então, o uso das tecnologias por parte dos professores se mostra atual e necessário, principalmente pra adentrar pelo universo dos alunos. Incluir tecnologias no aprendizado é se mostrar atento as mudanças de nossa sociedade e é também uma forma de se aproximar do aluno. Por fim, acredito que os alunos são carentes de dinâmicas mais ativas/tecnológicas em aula e que o uso delas pode enriquecer o aprendizado.
      Luara Alencar

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  11. Muito obrigado por sua pergunta Claudia, ela é muito pertinente.

    O uso de ferramentas tecnológicas é de crucial importância para prática docente, pois os alunos já são nativos digitais,ou seja, nasceram em ambientes digitais, não enfrentam como as gerações anteriores, o choque deste contato com a internet, as redes sociais e outras plataformas de mídia. Nasceram em um mundo “streaming”. Sendo assim, demandam de novas ferramentas para enganá-los e motivá-los em sala de aula. Infelizmente ainda faltam as universidades, disciplinas que contemplem o uso destas ferramentas para a formação do professor. Ainda enfrentamos muitas dificuldades para implementar projetos que possam criar condições para que os graduandos tenham acesso a esses conhecimentos.

    Henrique Saraiva Louvem

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  12. Parabéns Henrique e Luara, excelente trabalho! Vocês teriam alguma indicação de projeto, livro, artigo ou qualquer outro material que tenha como foco o uso de games e podcasts no ensino. Grata desde já.

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  13. Parabéns Henrique e Luara, excelente trabalho! Vocês teriam alguma indicação de projeto, livro, artigo ou qualquer outro material que tenha como foco o uso de games e podcasts no ensino? Grata desde já.
    Cinthya Karolyne Nunes Gomes.

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    1. Nossa bibliografia do artigo tem o material que nós usamos para a escrita.

      Luara Alencar Francisco

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  14. Primeiramente, queria parabenizar os estudantes pelo trabalho. O texto está muito bem escrito e o objetivo da pesquisa de vocês é bastante detalhada, e esse é um tema muito importante em ser discutido. Parabéns pela escolha, mais uma vez.

    Bom, os podcasts e os games são instrumentos muito lúdicos para se trabalhar fora e dentro de sala de aula, pois eles realmente ajudam nessa questão de ensino-aprendizagem.

    Particularmente sou muito favorável em trabalhar cada vez mais a tecnologia dentro do ambiente escolar, porque como vocês bem disseram no texto, nós futuros professores, temos que estar preparados para essa questão tecnológica, a minha dúvida é: Caso ao trabalhar com a tecnologia dentro de sala de aula, e os estudantes ficarem muitos dispersos, de que forma nós devemos lidar para que a formação do conhecimento não seja interrompida e vire uma "simples brincadeira"? E a partir de que período escolar nós devemos começar a introduzir essas ferramentas tecnológicas ?

    Samara Alves de Oliveira

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  15. Parabéns aos estudantes/pesquisadores por nos apresentar novas informações e elementos que nos auxiliarão na prática discente.
    Fiquei grato com a sugestão para o uso de Podcasts nas aulas de história, pois ainda não havia me atentado para a possibilidade da utilização deste recurso valioso com os nossos alunos. Porém gostaria de receber maiores orientações e sugestões, quanto a triagem adequada deste material para que o mesmo possa ser sugerido aos nossos alunos tendo em vista o grande volume de informações de qualidades duvidosas que circulam pela internet, ou seja quais seriam os critérios que devo utilizar e indicar para que os alunos possam selecionar um referido podcast. Outra dúvida seria, sobre qual é a melhor forma de utilizar este recurso num processo avaliativo?

    Wander da Silva Mendes.

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    1. Oiê, somos alunos da graduação, então ainda não trabalhamos nossas próprias turmas o uso de podcast. Porém na pesquisa desenvolvida, o uso de podcast foi para complementar um assunto já trabalhado em aula, de maneira que os alunos escutem após ou quando quiserem. A vantagem do podcast é o estudante escutar quando ele puder/quiser e quantas vezes desejar.
      Luara Alencar Francisco

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  16. Este comentário foi removido pelo autor.

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