Jacqueline Ferreira Dias e Janaina Mendes da Silva

 

HISTÓRIA, CINEMA E EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS DE REPRESSÃO DO REGIME MILITAR NO BRASIL ÁTRAVES DO FILME “QUE BOM TE VER VIVA” (1989)


Introdução

Ao longo do século XX, a relação entre cinema e História ganha cada vez mais espaço na pesquisa histórica e em consequência o cinema adentrou as aulas de história. Na medida em que, é utilizado como fonte histórica ao expressar através das imagens em movimento a representação da realidade de uma determinada época. Como afirma Nóvoa (2013): “A história enquanto processo produziu o cinema que reproduz o processo real (ainda que às vezes surrealisticamente). Esta memória passa a ser fonte de conhecimento sobre a vida, um manancial inesgotável para o estudo de inúmeros aspectos do processo histórico de há um século”. (NÓVOA, 2013, p 01)

 

Sendo assim, o filme de ficção são documentos importantes para a história e consequentemente, são estudados por muitos historiadores. Dentre vários assuntos tratados na indústria cinematográfica, recorremos ao período ditatorial do Brasil, ocorrido entre os anos de 1964-1985, período marcado pelo regime político que prezava por “discursos de valores democráticos e liberais, a defesa da autoridade e da pátria “una e indivisa” e a exaltação da família e da ordem social tradicional.” (INOCENCIO, 2017, p 05).

 

Retratado nos livros de História, o período ditatorial adotava uma postura de repressão, usando a violência para resolver os embates e oposição ao governo. A prática repressiva teve um dos seus auges em 1968 com a instauração do AI-5, na qual houve censura da impressa, da própria indústria cinematográfica, musical e de movimentos sociais. A lógica do regime militar era impedir qualquer movimentação que fossem contrários a sua ideologia pautada na ideia de ordem e bons costumes. Estes agentes reprimiam quaisquer representações ideológicas, políticas ou estéticas elaboradas por tropicalistas de vanguarda, comunistas atrelados ao cenário nacional-popular e revolucionários ligados a luta armada, isso através de torturas físicas, psicológicas, morais e até a morte.

 

A indústria do cinema dos anos posteriores ao período militar se ateve a representar nos filmes e documentários inúmeros pontos de vista face as mudanças na sociedade ocorridas naquele período. Tendo como principais temáticas a violência contra a mulher que sofriam com danos físicos, psicológicos e de gênero. Essas produções produzem conteúdos baseados nas memórias das pessoas que sofreram direta ou indiretamente as repressões, criando material de análise historiográfica.

 

O documentário de 1989, Que bom te ver de viva, é um desses filmes, sendo dirigido pela jornalista e cineasta Lucia Maria Murat de Vasconcelos (ex-integrante da luta armada contra a ditadura militar no Brasil, sendo presa e torturada em função disto), sua obra apresenta uma relação entre a ficção e realidade ao trazer sob a ótica da personagem fictícia e depoimentos de oito mulheres esse período ditatorial no Brasil.

 

Com isso, teceremos uma análise de como o documentário pode ser trabalhado em sala de aula a partir dos testemunhos dessas mulheres. E mostrar que, com problematização, podendo-se refletir o período do regime militar no Brasil e as práticas de repressão considerando a temporalidade de  1964 até a estreia do filme em 1989. Desse modo, estabelecemos a relação entre cinema e história a fim de mostrar que, essa junção é uma ferramenta poderosa para o ensino de História.

 

O cinema como fonte histórica: A importância da memoria para a  Educação

As transformações no Brasil causada pelo regime ditatorial (1964-1985) não se reduziram apenas o âmbito político e econômico, mas social e cultural, interferindo de forma direta e indireta na vida das pessoas e principalmente nas que participavam ativamente nas questões políticas. A repressão aos movimentos de oposição corroboraram em uma série de violações dos direitos humanos  com crimes como: homicídios, sequestros, torturas e ainda desaparecimentos de pessoas.

 

Que bom te ver de viva trata justamente das modificações sociais causadas na vida das mulheres do período. A única personagem fictícia, ou seja, criada pela roteiro é interpretada por Irene Ravache que está incumbida de apresentar as mulheres não fictícias e levantar indagações voltadas diretamente para o telespectador sobre a temática.  E sob esse enredo o documentário /filme traz o depoimento das mulheres torturadas durante o regime militar e mostra como elas lidam com os traumas pós-ditatura.   

 

Desse modo, utiliza da memória dessas mulheres para construir a discussão em torno da violência sofrida e externalizar acontecimentos do período. Com isso, utilizaremos do conceito de memória para captamos os depoimentos  com intuito de estabelecer um paralelo entre os relatos e a historiografia. Nesse sentindo, Le Goff, nos explica que:

 

“A memória, como propriedade de conservar certas informações, remete-nos em primeiro lugar a um conjunto de funções psíquicas, graças as quais o homem pode atualizar impressões ou informações passadas, ou que ele representa como passadas” ( LE GOFF, 1990, p.423)

 

Partindo dessa definição, os depoimentos são o resgate das impressões e informações de determinado período ou assunto, no qual o historiador pode problematizar essas informações, extraindo temáticas relevantes a serem estudados.  Neste caso, assuntos como : governo ditatorial , mulheres na política e práticas de repressão, bem como os tipos de violência sofridos e as estratégias adotadas pelo regime para repressão. São assuntos que o filme /documentário trata e podem receber um olhar historiográfico. Contudo , buscamos  evidenciar a participação feminina na política brasileira  na sala de aula,  temática muita vezes esquecida nos livros de história.

 

O documentário nos apresentada oito depoentes: Maria do Carmo Brito educadora, na época participante da organização Guerrilheira VPR, foi presa e torturada em 1970; Maria Luiza G. Rosa Médica sanitária, na época era militante ligada ao movimento estudantil, foi quatro vezes presa e torturada em 1970; Rosalinda Santa Cruz professora universitária, no período militante de esquerda que foi presa e torturada duas vezes e teve o irmão desaparecido; Crimeia de Almeida, educadora, foi membra da organização da guerrilha MR-8, presa e torturada em 1970; Jessie Jane, Historiadora , foi presa durante o sequestro de um avião em 1970 ficando nove anos presa; Estrela A. Bahadana, filosófa, militante da organização clandestina POC, foi presa e torturada em 1969 no Rio de Janeiro, e em São Paulo em 197; e temos a depoente anônima que participou da guerrilha por quatro anos na clandestinidade, ficando presa por quatro anos.

 

As oito tiveram partição ativa na política brasileira nos anos de 1964 á 1985, ao ocuparem espaços não “destinados” a elas, participando de grupos sindicais, estudantis e de guerrilhas, ou seja, na vida pública. Segundo Silva e Souza:

 

“Sabemos que, em sociedades patriarcais como a nossa, o lugar das mulheres ao longo dos séculos, oficialmente, tem sido o espaço privado – o espaço doméstico da casa, da cozinha, do quarto etc. Espaço marcado pela invisibilidade e pelo silêncio.” (ROSA, 2013, p. 45) Espaço que foi extrapolado por mulheres que não aceitaram essa delimitação, que a elas foi imposta, de onde poderiam atuar; e que não compactuaram com o Regime Militar” (SILVA e SOUZA, 2017, p 03)

 

Desse modo, as mulheres estavam presentes e ocupando espaços que não eram vistos como de mulher, o que aumentava a repressão contra elas, taxando-as de “criminosa” ,  e inferiorizando sua condição de “mulher”.  No filme, as depoentes relatam suas vivencias de oposição ao governo sendo que por muito tempo tentaram silencia-las e não só na época, mas até os dias atuais.

 

Podemos notar nos livros didáticos, o esquecimento da participação feminina na luta contra o poder ditatorial, e é isso que á diretora do filme busca refutar, a noção das pessoas de negar ou fingir que não existiu opressões e torturas no Brasil contra a mulher. E reforça a narrativa ao mostrar imagens de jornais com noticiais sobre as repressões, pessoas assassinadas e desaparecidas.

 

O cinema como fonte histórica apresenta ao professor uma multiplicidade de ferramentas para usar em sala de aula. Essa fonte já apresenta um ponto positivo de modo que o aluno já esta familiarizado com o formato adotado, o que faz com que as aulas consigam sair da rotina dita como monótona -com apenas a utilização dos livros como fonte e traga um novo e enriquecedor método de ensino.  

 

Uma das principais dificuldades dos professores de história atualmente é a busca de atenção e participação dos alunos, ou seja, trazer algo que seja inovador para a sala de aula. O filme acaba sendo uma das ferramentas que os professores utilizam nos dias atuais e que proporciona isso.

Sobre isso Beli diz:

 

“O que favorece o uso do cinema em sala de aula é familiaridade do aluno com a televisão. A maior materialidade do cinema possibilita ao aluno uma compreensão de conceitos, hábitos costumes e fatos históricos e culturalmente distantes no espaço e no tempo, rompendo com a dificuldade de abstração” (BELI, 2016, p.5)

 

Os educadores ao adotarem o cinema como fonte histórica para a sala de aula além do dinamismo e da quebra de ideia de que a história é algo apenas escrito, possibilita fazer com que o aluno se questione a respeito do que esta sendo mostrado, bem como refletir e problematizar a época e conteúdo que é mostrado por documentários e outras obras audiovisuais.

 

Por isso é necessário que ao utilizar o cinema como fonte histórica o professor tenha conhecimento de que não é apenas utilizar despretensiosamente o filme ou documentário. É necessário que haja uma problematização, a busca de conhecimento e um objetivo para tal.

 

“Na questão metodológica, o uso do cinema na sala de aula, deve considerar potencialidade como documento histórico, passível de contextualização, problematização, indagação, ressignificação. Trata-se de mostrar as diferenças entre a abordagem do filme e a pesquisa histórica, apontando possíveis incompatibilidades“.(BELI, N.B, 2016, P-5)

 

É necessário que se explique ao aluno que dentro de uma produção historiográfica seja audiovisual, escrita ou outra fonte,  há sempre uma visão ou discurso, pois nenhum tipo de narrativa é  imparcial, havendo problemáticas construídas dentro das narrativas que não foram criadas por acaso. Assim, o cinema dentro da sala abre um leque de possibilidades metodológicas para os professores, exemplificado com o documentário Que bom te ver viva (1989) que abre espaço para o debate e pesquisa sobre a ditadura, sendo uma fonte riquíssima para ser trabalhada em sala de aula se problematizada além de uma visão não convencional sobre o período.

 

Eu falo, logo existo: Vozes do passado e seus testemunhos no ensino de História

As mulheres por muito tempo foram silenciadas da história mundial. No entanto, após o advento do movimento feministas nos anos 60 e 70, essa história foi “redescoberta “ em pesquisas, conferências,  congressos e no cinema. No Brasil ditatorial de 1964-1985, as mulheres lutaram na linha de frente contra o governo, tendo presença ativa na política brasileira e principalmente nos movimentos de oposição ao governo ditatorial, motivo pelo qual foram presas e torturadas.

 

Nesse período as mulheres sofreram violências devido as desigualdades de gênero. Na qual tinham um tratamento “diferenciado” nesse processo. No decorrer dos testemunhos no documentário Que bom te ver viva, nome que nos sugere o privilégio de ser sobrevivente, mesmo opositora ao governo na época. Desse modo as mulheres estavam sendo submetidas além da violência física á violência psicológica, sexual e de gênero. No depoimento de Regina Toscano, ex-combatente do movimento da guerrilha, ao falar sobre o momento de sua prisão:

 

”Eu fui presa no dia 6 de março, né de 1970 acabando de fazer uma panfletagem numa fábrica ali no jacarezinho, e houve uma perseguição, né, nós éramos 7 pessoas  em dois carros diferentes, né, e houve uma perseguição de várias viaturas né da polícia inclusive na nossa fuga a gente subiu pra uma pedreira e o próprio corpo de bombeiros ajudou a polícia a nos tirar lá né. A violência começou desde dessa pedreira, né onde eu fui despida e procuraram até dentro da minha ( pausa )xoxota, mesmo para ver se tinha alguma arma coisa que eles sabiam que não teria mesmo, acho que era uma coisa mais pra me degradar, ne e a partir dali fui pro DOI CODI ne, ( suspiro longo).”(QUE BOM TE VER VIVA ,1989, trecho: 37;14 38:10)

 

Analisando a experiência de Regina Toscano, podemos atentar para temática da: violência com corpo feminino, que era tido como objeto de tortura de satisfação dos torturadores. Pois, os casos de estupro e violações sexuais eram bastante comuns ao tratar de torturas de presas políticas. Uma vez que, os soldados estavam numa posição de superioridade, por serem do exército e homens,  enquanto as mulheres  eram acusadas como criminosas.

 

A violência era assegurado pela lei, sendo esta o AI-5 que foi “editado em 13 de dezembro de 1968, reeditou os princípios do AI-1, suspendeu o princípio do habeas corpus e instituiu, de forma clara e objetiva, a tortura e a violência física contra os opositores do regime.”(PIOR, 2012, p. 201), sendo assim os atos institucionais do poder militar dava proteção aos atos de repressão contra os opositores. Com isso, foi criado vários órgãos de repressão o SNI, os DOI-CODI, o CIEX, o CENIMAR, a CISA, além do fortalecimento dos DOPS em todos os Estados, sendo o DOI-CODI o mais citado nos depoimentos, como no caso da Regina Toscano.

 

Vale salientar que o fato dos agentes do governo praticarem qualquer tipo de violência contra elas, não representava crime para época, uma vez que, estavam acobertados pela lei. Sobre a violência contra a mulher Zacchi diz:

 

“Essas violências eram constituídas, portanto, de práticas perversas: golpes nos seios e úteros; introdução de objetos nos corpos, aparelhos de choque e animais nos corpos e órgãos sexuais das vítimas; sexo oral sem consentimento; humilhação moral xingamentos de caráter sexual, exposição dos corpos nus; assédio sexual, privação de produtos básicos de higiene pessoal, entre outros”(ZACHI, 2014, p. 419)

 

Além da violência com o corpo feminino, a tortura psicológica era um trunfo dos torturadores. No depoimento de Criméia de Almeida ela diz que: “era mostrado as imagens decapitadas dos guerrilheiros”, que os aterrorizava em busca de informações. Apresentamos o depoimento de Maria Luiza, narrando detalhadamente sobre a violência psicológica:

 

(...)É muita tortura psicológica, né, de interrogatórios, de não poder sentar, de não poder beber(respiro)... beber água por exemplo, do jogo com .... com os amigos que iam chegando, né, de você vê as pessoas torturadas é... jogo com tua moral mesmo, de entrevistas muitos longas. Os caras iam alternando né...o torturador que é o torturador explicito, com o torturador que é bonzinho que vai conversar com você que vai te ajudar (...)” (QUE BOM TE VER VIVA, 1985, trechos:46:20-47:21)

 

Essas mulheres no regime militar eram vistas não só como criminosas, mas como mulheres que transgrediram:

 

“Elizabeth Ferreira salienta que as mulheres não eram acusadas somente por serem terroristas, mas acusadas duplamente por serem “terroristas” e “mulheres”: uma combinação infame para a repressão. (ROSA, 2013, p. 59, Apud SILVA e SOUZA, p 03)

 

Desse modo, as mães, filhas, irmãs e esposas eram vistas como mulheres que largaram seu estado “natural” de passiva cuidadora do lar, para se envolverem com política. Vemos portanto, que a produção audiovisual quer evidenciar,  neste caso, a posição  da mulher na sociedade como militante, politizada e também vítima das torturas, machismo etc.

 

A exibição desse documentário aos alunos pode salientar o que muitas vezes é esquecido pela própria sociedade, que á história é feita também por gente comum, e que todos nós somos agentes históricos, construindo a narrativa da nossa sociedade.

 

Através da parceria do cinema e da história retornarmos a memórias esquecida por muitos, mas lembradas por essas mulheres. Com isso, propomos que saibamos e analisemos as transformações não só políticas, mas culturais, econômicas e principalmente as transformações sociais do Brasil.

 

Dentro de sala de aula o professor pode utilizar dessas informações para construir uma aula mais dinâmica, na qual ao usar esse documentário pode tratar sobre a violência política, como estava a política no Brasil no período. Bem como, o fato das mulheres estarem envolvidas politicamente.

 

Tais assuntos podem ser explorados para o ensino de História, com auxílio do livro didático.  As possibilidades de atividades usando este documentário são inúmeras. Neste sentido, ressaltamos como o uso de temáticas/atividades que podem ser abordadas levam o aluno a identificar pontos importantes no documentário  tendo em vista que essas mulheres citam aspectos cruciais da estrutura do regime no Brasil, tais como;  presença feminina em manifestações e movimentos sociais; como a sociedade enxergavam as mulheres que participavam de manifestações; órgãos do governo que zelavam pela manutenção do poder, violência como doutrina de manutenção do poder e também pode-se analisar o porquê da exclusão da participação das mulheres nos livros didáticos através de seminários ou  redações sobre essas temáticas .

 

Esses trabalhos além de fomentar nos alunos a pesquisa histórica poderia abrir novos questionamentos e pontos de vistas, fazendo com que os alunos possam fazer reflexões pertinentes e problematizar esses temas, valorizando ainda mais a dignidade humana, durante muito tempo, violentada pela ditadura militar.

 

Conclusão

A trama Que bom te ver Viva contribuiu nesta pesquisa ao apresentar um novo olhar para a temática e para análise da mesma na sala de aula. Pois através do uso da arte cinematográfica podemos, interagimos melhor com o aluno e ampliamos as ferramentas educacionais.

 

Nesta discussão, apresentamos uma nova forma de  tratar á ditadura militar na sala de aula. Evidenciando a participação das mulheres na política brasileira e como o governo agia na representação dos opositores. Além de desmitificar o ideal pregado na época de que a mulher estava designada aos afazeres domésticos e alheia as questões políticas.  Com isso, essas guerrilheiras, estudantes e ativistas representam a parcela de mulheres engajadas politicamente, mas que foram torturadas e presas face disto.

 

As contribuições que as produções audiovisuais trazem para a história e educação são inegáveis ao propor uma ligação com os fatos ocorridos durante o período da ditadura militar no Brasil, valorizando ainda mais os testemunhos femininos. O diálogo estabelecido entre cinema e História leva-nos, portanto, a teorizar e praticar esta metodológica de análise na sala de aula. Com isso, as contribuições da produção audiovisual para a história são notórias ao estabelecemos uma ligação entre os depoimentos e a historiografia da época.

 

Referências das autoras

Jacqueline Ferreira Dias é graduada de Licenciatura em História na Universidade de Pernambuco –UPE (Campus Petrolina).

 

Janaina Mendes da Silva é graduada de Licenciatura em História na Universidade de Pernambuco- UPE ( Campus Petrolina).

 

Fonte

QUE bom te ver viva. Direção: Lucia Murad. Rio de Janeiro. Produção: Taiga produções visuais Ltda, e FCB-fundação de cinema Brasileiro. 1989. 1 vídeo. Disponível em  <https://www.youtube.com/watch?v=zqpybT37k9A> , Acesso em: 03 de Abril de 2021.

 

 

Bibliografia

BELI, N.B. os desafios da escola pública paranormal na perspectiva do professor PDE.:2016. p. 31.

 

INOCENCIO. P, T. O processo da censura nos anos da ditadura militar brasileira. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2017. P 13.

 

LE GOFF, J. História e memória. Trad. Bernardo Leitão et al. Campinas, Editora UNICAMP, 1990.

 

NÓVOA, J. Apologia da relação cinema-história. Olho da História No. 1. 2013 , p 09

 

PRIORI, A., A Ditadura Militar e a violência contra os movimentos sociais, políticos e culturais. pp. 199-213. In História do Paraná: séculos XIX e XX [online]. Maringá: Eduem, 2012.  Available from SciELO Books &lt;http://books.scielo.org&gt;.

 

SILVA, V J, SOUZA, S,C L. Representação da militância feminina no período da ditadura civil-militar no Brasil e a sua ausência no livro didático na contemporaneidade. 2017, p 11. Disponível em: http://uece.br/eventos/gthpanpuh/anais/trabalhos_completos/. Acesso em: 16 de Abril de 2020.

12 comentários:

  1. Olá,
    O trabalho de vocês é muito interessante, ainda mais porque a fonte está acessível a todos no Youtube, algo que realmente transforma o debate. A escolha pelo filme resultou dessa acessibilidade? Ou por outra, essa acessibilidade contribuiu para que fosse escolhido?

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    3. Boa noite, muito obrigada por ler nosso texto, ficamos gratas.
      A temática geral do artigo nasceu de uma disciplina "história do Brasil" que consistia em justamente desenvolver um artigo que envolvesse o período ditatorial no Brasil e filme.
      Diante disso fomos em busca de uma produção que remetesse ao período ditatorial e correspondesse com nosso intuito que era justamente trazer a figura feminina como foco do nosso artigo e que estive acessível. Durante a pesquisa encontramos o filme que "bom te vê viva" no youtube completo, sem recortes e com ótima qualidade e que correspondia com todas as nossas expectativas de temática, inclusive a acessibilidade, que dele contribuiu muito, digo que 100% para o desenvolvimento do trabalho e sua escolha.
      Att Janaina Mendes da Silva

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    4. Boa noite, obrigada pela leitura do nosso texto.
      E espero que tenhamos respondido seu questionamento, com o retorno dado por minha parceira de escrita Janaína Mendes .

      Att,
      Jacqueline Ferreira Dias

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  2. Olá, boa noite, achei o trabalho bastante interessante. Qual foi a resposta dos alunos com esse tipo de metodologia em sala de aula? Houve maior atenção por parte deles ou foi algo mais complicado?

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  3. Olá, boa noite Emanuelle Fonseca,m uito obrigada pelo pergunta.
    Infelizmente não aplicamos essa metodologia na sala de aula, escrevemos o texto a partir de uma atividade proposta em na graduação pelo professor da disciplina de Hstória do Brasil.Mas esperamos sim utilizarmos o filme "Que bem te vê viva" ao falar sobre período ditatorial quando tivermos atuando e esperamos termos uma boa resposta.

    Att,
    Jacqueline Ferreira Dias

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  4. Olá, Janaína e Jacqueline
    Parabéns pelo texto
    Minha pergunta é: diante da extrema divisão política que vive o nosso país, os filmes com cunho histórico podem servir como ferramentas contra o negacionismo da repressão vivida na ditadura militar?
    como trabalhar isso com alunos?

    Mais uma vez, parabenizo pelo texto.


    Marcos de Araújo Oliveira

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    1. Olá marcos, muito obrigado por ler nosso texto. Acreditamos que sim, os filmes podem ter função histórica e ir de contra o negacionismo, principalmente esse “Que bom te ver viva” pois traz testemunhos de mulheres que viveram esse período marcado por violência no Brasil. O assunto é bem delicado e acreditamos que a melhor forma de se trabalhar a temática em sala de aula é dialogando com os alunos e trazendo elementos que estão presentes no filme para serem trabalhados e discutidos em sala.
      Mais uma vez somos gratas por ler nosso texto.
      Att, Janaina Mendes da Silva.

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  5. Excelente texto e excelente escolha de filme! A minha questão é mais um debate para pensarmos os desafios de trabalhar com produções audiovisuais sobre a Ditadura Militar. Há muito negacionismo sobre a temática. Queria saber como vocês enxergam o papel docente no processo de um letramento audiovisual? Pois há uma produção muito vasta, inclusive recentemente, sobre a Ditadura Militar, mas que muitas vezes trazem leituras deturpadas e não embasadas em fontes sobre o tema.
    Parabéns pelo texto!
    Frederico Renan Hilgenberg Gomes.

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  6. Olá Frederico! Muito obrigada pelos elogios e principalmente pela leitura do nosso texto.
    Sobre o questionamento, coloco que, justamente um dos nossos objetivos para escolha do filme além da acessibilidade foi justamente nosso interesse em contrapor o negacionismo, não só do golpe em si, mas da atuação das mulheres e as torturas que sofreram nesse período . Nosso objetivo era , assim como o do próprio filme contrapor esses discursos que tentam desgelitimar esse fato. Um dos papeis dos professores é justamente, trazer novas formas de apresentar fatos históricos afim de preparar o alunado para questionar negacionimismo por exemplo, baseado em práticas pedagógicas, conteúdos e fontes que venham a instigar o aluno a procurar , interrogar o que é mostrado . E as fontes audiovisuais como dito no texto é um ambiente que o aluno já permeia e conhece e o professor utilizar para abordar questões históricas é um meio de combate.
    Com isso, não Só o professor como as próprias fontes neste caso audiovisual, tem muito a contribuir para a desconstrução de visões que visam deslegitima fatos históricos e o professor essencial para " esse processo de letramento do audiovisual " Tornar esse uma ferramenta a favor da educação histórica.

    Att,
    Jacqueline Ferreira Dias

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