HISTÓRIA DA INDUMENTÁRIA E TEORIA DE
MODA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE DEBATE E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA ONLINE
DURANTE A PANDEMIA, E OUTRAS CONSIDERAÇÕES
O presente texto reúne os princípios norteadores do Costura & Texto,
um espaço virtual de aprimoramento acadêmico relacionado à História da
Indumentária e à Teoria de Moda. O projeto tem como condição de existência a
intersecção entre pesquisa histórica, domínio técnico de recursos digitais e desafios
impostos pelo momento. Elaboramos um balanço de nossa experiência com divulgação
científica e com atividades abertas ao público nos primeiros sete meses desde a
inauguração da iniciativa.
Contexto
Embora seja um meio já estabelecido, presente direta ou indiretamente no
cotidiano de pessoas de diferentes estratos, e em diferentes esferas da vida
social contemporânea, a internet, assim como os recursos digitais, ainda causam
controvérsias entre historiadores e educadores em geral.
Contudo, com sucessivas e diversas medidas sanitárias adotadas por um número considerável de
países, a partir do primeiro trimestre de 2020, a
transição de inúmeras atividades para o ambiente virtual foi acelerada,
inclusive entre grupos que anteriormente esboçavam resistência a este universo.
A atual coexistência entre analógico e digital, entretanto, não se tornou
completamente pacífica e colaborativa diante da situação emergencial.
No que concerne à História, a ampliação da demanda popular é também
notada há anos, por meio do aumento de produções audiovisuais, literatura e de páginas na internet
com fundo histórico. A dinamização das comunicações ainda foi acompanhada pelo
surgimento de “diversos espaços de formação de opinião fora das universidades,
novos lugares de exercício da profissão [de historiador]” (MALERBA, 2014).
Dentro da chamada “economia da atenção”, a atenção dos indivíduos é
vista como um recurso escasso, constantemente em disputa por demandas dentro e
fora da internet (ZAGO; SILVA, 2014). Tal competição aparenta ter sido
acentuada diante da imperativa digitalização de espaços acadêmicos e do
confinamento doméstico causados pela pandemia de Covid-19.
Assim, presenciamos o surgimento ou aprimoramento de espaços virtuais
dedicados ao ensino e à divulgação histórica, e os limites entre a produção
acadêmica, leiga e ficcional se tornarem bastante turvos.
Experiências anteriores e o Costura & Texto
Em meio a um cenário de incerteza, agravado pelo fato de sermos ambas
imigrantes ainda não totalmente integradas em seus novos países, em abril de
2020 buscamos refúgio na leitura e discussão de um tema compartilhado, tanto
profissionalmente quanto por gosto pessoal: a Moda.
Enquanto refletíamos sobre os textos de História e Teoria de Moda lidos,
era inevitável fazermos conexões com a difusão contemporânea, nem sempre da
maneira mais adequada, de informações em geral e particularmente quanto aos
aspectos culturais do vestuário. Aos poucos, percebemos que nossas discussões,
realizadas entre Vilnius, na Lituânia, e Berlim, na Alemanha, por meio de
chamadas de vídeo e mensagens de texto, poderiam interessar a mais pessoas,
então começamos a nos organizar para compartilhá-las.
Havia implicações como a ausência de uma base prévia e a acirrada
concorrência pela atenção de leitores, a falta de subsídios de qualquer espécie
ou vínculos institucionais. Por outro lado, os resultados positivos obtidos em
outras circunstâncias, quando assumimos a divulgação via redes sociais de
publicações e atividades acadêmicas do Programa de Pós-Graduação em História da
PUCRS, entre 2014 e 2017, nos indicava que o teste era válido, e que poderia
trazer benefícios para pessoas que, de outra forma, não teriam acesso ao
conteúdo e às discussões da natureza das que desejávamos propor.
Para muitos professores a falta de
domínio técnico e estratégico de mídias sociais, assim como de conhecimento em
design, são fatores determinantes para recuar diante da produção de conteúdo
para a internet. Nesse ponto, nosso conhecimento prévio nos possibilitou
inaugurar despretensiosamente o perfil de nosso projeto no Instagram, em
outubro de 2020. Dessa forma, experimentamos nossa hipótese de que haveria
interesse público no aprofundamento do tema. Com a reação positiva de nossos
primeiros leitores, tivemos a confirmação necessária e planejamos as ações
seguintes.
Cabe destacar que, desde o início, aderimos à proposta do chamado “slow
content”, que define uma série de princípios para a produção de um “conteúdo
lento”, em ritmo mais humanizado e com propósitos distintos dos das grandes
empresas que controlam a distribuição de informações nas comunidades digitais
(SLOWCONTENT, s.d.).
Ainda como forma de resistência a nos tornarmos força de trabalho
não-remunerada para os conglomerados de mídia, em dezembro de 2020 inauguramos
nosso próprio site, por meio do qual passamos a oferecer serviços de suporte a
estudantes e pesquisadores, como forma de atuação profissional e manutenção do
projeto no ar, preservando os objetivos de divulgação científica e de
aprimoramento acadêmico.
Fontes virtuais, História Pública e História da Moda
Os primeiros recursos de comunicação eletrônica, que seriam os
primórdios da internet, já estavam sendo utilizados em universidades no final
da década de 1960, segundo Briggs e Burke (2006). Nos anos 1990, existiriam
ainda “muito mais sinais de euforia do que de alarme” quanto à conversão da
rede em um meio de comunicação em massa (BRIGGS; BURKE, 2006, p.302). O debate
sobre os usos da internet se ampliou em muitas direções desde então, e algumas
delas são bastante relevantes para nosso recorte de ensino e pesquisa.
Em 2006, José D’Assunção
Barros já previa que, em breve, os historiadores estudariam o “espaço virtual”,
“produzido através da comunicação virtual ou da tecnologia artificial” e que
conheceríamos
[...] uma modalidade de História
Virtual na qual poderão ser examinadas as relações que se estabelecem nos
espaços sociais artificialmente criados nos chats da Internet, na espacialidade
imaginária das webpages ou das simulações informáticas, ou mesmo no espaço de comunicação
quase instantânea dos correios eletrônicos – estas futuras fontes históricas
com as quais também terão de lidar os historiadores do futuro (BARROS, 2006,
p.462).
Alguns anos depois, as fontes digitais estariam em observação, como a
realizada por Fábio Chang de
Almeida (2011), que enquadra nessa categoria documentos digitalizados, tais
como livros, revistas, jornais e documentos oficiais, ou ainda documentos
produzidos diretamente em formato digital, como o conteúdo de sites, blogs e
redes sociais.
O autor analisa a relação do
historiador do Tempo Presente com as fontes digitais “primárias”. Em uma outra
perspectiva, notamos uma aproximação da questão das fontes digitais com algumas
discussões de História Pública e até mesmo de notícias falsas.
De acordo com Bruno Leal, as notícias
falsas “apresentam-se como notícias propriamente ditas, alertas salvadores e
até mesmo como história” (LEAL, 2020). Além disso, percebemos que algumas vezes
quem não é familiar aos rigores e métodos da pesquisa histórica pode emitir
opiniões que induzem o público a acreditar que a escrita da História é mero
charlatanismo narrativo.
Por outro lado, conforme apontado por Malerba (2014), há conteúdos de
história formulados por pessoas sem comprometimento ético ou científico, muitas
vezes sem treinamento profissional adequado para lidar com questões do passado,
resultando num empobrecimento crítico e analítico dos temas. Algumas
estratégias comerciais adotadas por autores que se colocam como “diferentes e
superiores” aos historiadores profissionais são, na verdade, muito mais
perigosas do que isso, pois abrem caminho para farsas e revisionismo histórico.
As falsificações são particularmente alarmantes quanto mais se aproximam
da promoção do negacionismo de eventos com um violento impacto coletivo, como
guerras, ditaduras e pandemias. Entretanto, farsas e negligência em estudos
culturais, como os de História da Moda e da Indumentária, podem reforçar
estereótipos, preconceitos e equívocos proporcionalmente perniciosos.
Abordada sob uma perspectiva moralizante ou meramente estética por muito
tempo, na virada do século XIX para o XX a Moda começou a aparecer como objeto
nas reflexões de diversos intelectuais, como Georg Simmel, Thorstein Veblen,
Gabriel Tarde, Walter Benjamin, seguidos durante o século XX por Fernand
Braudel, Roland Barthes, Pierre Bourdieu, Gilles Lipovetsky e inúmeros outros
(HELLMANN, 2009). Desde a segunda metade do século, intelectuais brasileiros
também passaram a abordá-la, começando por Gilda de Mello e Souza, passando por
Gilberto Freyre e chegando às centenas de pesquisadores que atualmente circulam
por eventos como o Colóquio de Moda, que em 2021 chega a sua 16ª edição.
Contudo, não só o tratamento científico tem sido dado à Moda, à
Indumentária e sua história no século XXI. Com a emergência de blogs e redes
sociais nos quais qualquer pessoa com acesso à internet pode exteriorizar o que
tiver vontade, é possível localizar incontáveis publicações sobre o tema – o
que em si não se configura como um problema, mas como tudo que ganha demasiada
popularidade, há interpretações enviesadas, informações equivocadas e até uma
estranha tolerância acadêmica à citação de material virtual de forma inadequada
– não em relação à formatação, mas sim quanto ao tratamento dado às informações
localizadas em meios digitais.
O uso inadequado de fontes digitais em pesquisas relacionadas à História
da Moda e da Indumentária é uma de nossas preocupações mais constantes, uma vez
que amadores entusiasmados não raramente são alçados ao título de
“especialistas”, quando muitas vezes seu ponto forte é a avaliação do aspecto
mais público da História da Indumentária: os figurinos de época.
Um ponto importante a ser destacado é que figurinos de época não são
trajes históricos. Embora possa soar óbvio para alguns, há evidências de que
nem sempre a barreira entre ficção e realidade é nitidamente percebida por
todos. Recentemente, a Netflix foi questionada sobre a necessidade de informar
que a série “The Crown” é uma obra de ficção, ainda que baseada na família real
britânica (AVENDAÑO, 2020).
Trajes cênicos são pensados para cumprir uma função estética e
narrativa, para ambientar os personagens em um espaço e um período, e nos
mostrar um pouco da personalidade daquela figura. Por mais fiel a uma época que
um figurino seja, ele sempre vai contar com características contemporâneas,
seja em suas cores, formas, materiais, técnicas de confecção, compreensão
histórica dos produtores, e assim por diante.
Destacamos ainda que existem diferentes definições de História Pública,
sendo uma delas referente ao local de atuação profissional – os historiadores
acadêmicos seriam os que trabalham em universidades, enquanto os historiadores
públicos empregariam o método histórico fora da academia, em contextos
diversos. Outra definição apontaria para a formação universitária comum às duas
categorias, sendo o principal diferenciador a cultura de trabalho “moldada por
identidades, perspectivas, missão e valores distintos” (MALERBA, 2014). Em
ambas as situações, a preparação profissional e o uso adequado de metodologias
são imperativas.
Por mais interessantes que alguns sites de entretenimento sejam em sua
abordagem da “história”, é de extrema relevância alertar e reiterar com
estudantes e pesquisadores que sua validade como fonte digital e como
referência histórica são coisas bem distintas.
Clube de Leitura: aprofundamento e ampliação
No início de 2021, implementamos a terceira das etapas que idealizamos:
a experiência de promover encontros mensais, semelhantes ao tradicional “Clube
do Livro”, no qual conversas e discussões são empreendidas a partir de uma
leitura pré-definida. Ao mesmo tempo, nosso Clube foi concebido para se
assemelhar aos seminários universitários, nos quais a mediação dos professores
auxilia no aprofundamento dos temas abordados, possibilitando outros tipos de
reflexão.
Utilizando as redes sociais para divulgar a iniciativa, pudemos atingir
centenas de pessoas, e recebemos dezenas de mensagens de interessados. Por
nossas experiências anteriores, sabíamos que haveria um afunilamento e o número
de participantes seria menor até do que o de inscritos na atividade. Ainda
assim, realizamos duas reuniões inaugurais, na metade de março e no início de
abril de 2021, com o mesmo texto, para dois grupos diferentes.
No momento em que este texto está sendo finalizado, contamos com 15
participantes, desde graduandos a doutores, com formação não só em História ou
Moda, mas também em Artes e Economia – um grupo tão heterogêneo quanto o
próprio campo de estudos de Moda.
Embora nem todos os interessados tenham permanecido no Clube, toda a
movimentação em torno da atividade proposta reafirmou nossas suspeitas iniciais, de que há um
número relevante de estudiosos buscando embasamento teórico para abordar da
melhor forma possível os fenômenos do vestuário em nossa cultura.
Estabelecemos que o Clube contará com
ciclos temáticos, sendo o primeiro dedicado aos clássicos da Teoria de Moda,
não raramente citados em segunda mão. A inauguração do ciclo foi baseada na
dissertação "A moda no século XXI: para além da distinção social?" de
Aline Gazola Hellmann (2009), na qual são traçados um panorama e comparações
entre autores relevantes para a compreensão do fenômeno social da moda. O
segundo dos encontros mensais, realizado no fim de abril, focou no texto “A
Moda”, de Georg Simmel (1904/1911). Em ambas as reuniões, os textos originais
tiveram informações adicionadas, para ampliar a compreensão de seu contexto de
produção e outros aspectos e práticas relevantes para o bom desenvolvimento de
uma pesquisa científica.
Acreditamos que pesquisadores
iniciantes ou independentes muitas vezes não têm a oportunidade de discutir e
ampliar suas percepções, e que além de proporcionarmos este espaço, podemos
contribuir também com a identificação de fontes seguras na internet,
consequentemente resultando na circulação mais responsável de informações
históricas sobre o vestuário.
Por meio do acesso às teorias elaboradas em diversas disciplinas,
buscamos ainda afastar a perspectiva cristalizada de que Moda e Arte estão
eternamente imbricadas, aproximando os pesquisadores de abordagens
sociológicas, filosóficas e de cultura material. Apesar de a arte ser um
recurso indispensável para os estudos históricos em Moda e Indumentária,
sobretudo quando não há outros vestígios materiais dos trajes das épocas, as
teorias de arte e estética não dão conta de explicar os aspectos de produção,
consumo e circulação de bens, se tornando, assim, limitadores para a
compreensão das dimensões materiais, sensoriais e funcionais dos objetos de
estudo.
Até o momento, o retorno fornecido pelos participantes indica que nossa
abordagem tem sido pertinente e agregadora, embora consideremos cada um dos
encontros como uma oportunidade de aprimoramento de nossa própria compreensão
do fenômeno e de nossos métodos de ensino e mediação, de maneira que a
exploração científica de fenômenos culturais não seja abatida pelas torrentes
de informação da web.
Considerações finais
Embora a pandemia tenha estreitado as relações dos indivíduos com os
recursos digitais, não é um vínculo pacífico. Alguns dos problemas, como vimos,
são o esmaecimento dos limites entre o factual e o ficcional, a produção de
discursos anticientíficos que eventualmente obtém amplo alcance, além dos
impactos psicológicos em produtores e consumidores de conteúdo, que também
podem ser considerados como parte dessa equação.
Em nosso projeto estabelecemos parâmetros, em todos os aspectos que
pudemos conceber, quanto à velocidade de produção, profundidade e credibilidade
do conteúdo, de modo a nos contrapor à lógica frenética de postagens e
compartilhamentos, estabelecida nas últimas décadas, na qual a quantidade
muitas vezes se sobrepõe à qualidade.
Ainda enfrentamos contratempos quanto às ferramentas em si, com seus
algoritmos e outras variáveis, com o descrédito contra a ciência, promovido por
autodenominados "especialistas" em "desenvolvimento
profissional", e mesmo com nossos próprios leitores, quando têm sua
atenção captada pela urgência de ver ou participar do máximo de oportunidades
oferecidas.
Contudo, até o estágio atual temos motivos para acreditar que fizemos
boas opções e que, ao longo do tempo, poderemos de fato impactar positivamente
pessoas de diversos locais e formações, uma vez que não temos a intenção – nem
a possibilidade – de abandonar o meio digital.
Entendemos que há desafios particulares de cada uma das áreas de conhecimento que se
encontram em nossa proposta, mas, apesar disso, nos posicionarmos é
fundamental, para que em alguma medida os mal-entendidos quanto ao que é
histórico e científico sejam desfeitos, sobretudo em um ramo tão recente quanto
o de estudos em Moda.
Referências biográficas
Jaqueline (da Silva de Oliveira) Tatanashvili é mestra em História pela
PUCRS, atualmente doutoranda pela mesma universidade, com experiência de
pesquisa internacional, em metodologias de História Oral e com publicações
relacionadas à Moda, à Imigração e à Cultura Escandinava. Membro do
grupo de estudos e pesquisa em História Oral (LAPHO/PUCRS).
Lattes: http://lattes.cnpq.br/4269808283589873
Natália de Noronha Santucci é mestra em História pela PUCRS, graduada e
especializada em Moda, com experiência no trabalho com Imagens e pesquisas
sobre Moda Esportiva, a História da Moda Brasileira e o papel das culturas
Germânica e Oriental no campo do vestuário. Membro do grupo de pesquisa em História
da Arte e Cultura de Moda (UFRGS/CNPq).
Lattes: http://lattes.cnpq.br/5694944404847749
Ambas são fundadoras e conduzem as publicações e atividades do projeto
Costura & Texto, no ar desde outubro de 2020. Site: https://costuraetexto.com.br
Contato: costuraetexto@gmail.com
Referências
ALMEIDA, Fábio Chang de. O historiador
e as fontes digitais: uma visão acerca da internet como fonte primária para
pesquisas históricas. Aedos, Porto Alegre, v. 3, n. 8 (jan.-jul. 2018).
Disponível em: https://seer.ufrgs.br/aedos/article/view/16776. Acesso: 03 Maio 2021.
AVENDAÑO, Tom C. Deveria a Netflix
alertar que ‘The Crown’ não é real?
TOM C. El País, Madri, 06 dez. 2020.
Cultura. Disponível em: https://brasil.elpais.com/cultura/2020-12-06/deveria-a-netflix-alertar-que-the-crown-nao-e-real.html.
Acesso: 03 Maio 2021.
BARROS, José D'Assunção. História,
espaço e tempo: interações necessárias. Varia história, Belo
Horizonte, v. 22, n. 36, (dez. 2006). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752006000200012&lng=en&nrm=iso.
Acesso: 03 Maio 2021.
BRIGGS,
Asa; BURKE, Peter. Uma história social da mídia: de Gutenberg à
Internet. 2ed. Tradução Maria Carmelita Pádua Dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed, 2006.
HELLMANN, Aline G. A moda no século
XXI: para além da distinção social? 2009. Dissertação (Mestrado em Sociologia)
- Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre. Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/21459. Acesso: 03 Maio 2021.
LEAL, Bruno. Fake News na história: uma
bibliografia comentada. Café História, 2020. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/fake-news-na-historia/.
Acesso: 03 Maio 2021.
MALERBA, Jurandir. Acadêmicos na
berlinda ou como cada um escreve a História?: uma reflexão sobre o embate entre
historiadores acadêmicos e não acadêmicos no Brasil à luz dos debates sobre
Public History. História da historiografia, Ouro Preto, n.15, (ago. 2014).
Disponível em: www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/692. Acesso:
03 Maio 2021.
OLIVEIRA, Jaqueline; SANTUCCI, Natália.
Costura & Texto, 2021. Disponível em: https://costuraetexto.com.br/. Acesso:
03 Maio 2021.
SLOW CONTENT. Disponível em: https://www.slowcontent.org/.
Acesso: 03 Maio 2021.
ZAGO, Gabriela da Silva; SILVA Ana
Lúcia Migowski da. Sites de rede social e economia da atenção: circulação e
consumo de informações no Facebook e no Twitter. Vozes e Diálogo, Itajaí, v.
13, n. 1 (jan.-jun. 2014). Disponível em: https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/vd/article/view/5305.
Acesso: 03 Maio 2021.
Olá! Muito interessante a iniciativa do projeto Costura & Texto e muito favorável a discussão sobre o tratamento científico dado à Moda e os ditos “especialistas”, fenômeno provocado pela emergência das redes sociais, que facilitou o acesso para muitas pessoas expressarem suas opiniões, estas nem sempre embasadas cientificamente, ou embasadas superficialmente.
ResponderExcluirGostaria de saber quais alternativas vocês pensam para divulgação de estudos/debates embasados por fontes seguras, considerando que o acesso à fontes não seguras parece existir em maior número. Vocês comentam sobre o estilo de um trabalho mais “slow”, mas como concorrer com a imensa quantidade de material disponível na internet, em ritmo acelerado de postagens e sem tanta confiabilidade?
Olá! Muito interessante a iniciativa do projeto Costura & Texto e muito favorável a discussão sobre o tratamento científico dado à Moda e os ditos “especialistas”, fenômeno provocado pela emergência das redes sociais, que facilitou o acesso para muitas pessoas expressarem suas opiniões, estas nem sempre embasadas cientificamente, ou embasadas superficialmente.
ResponderExcluirGostaria de saber quais alternativas vocês pensam para divulgação de estudos/debates embasados por fontes seguras, considerando que o acesso à fontes não seguras parece existir em maior número. Vocês comentam sobre o estilo de um trabalho mais “slow”, mas como concorrer com a imensa quantidade de material disponível na internet, em ritmo acelerado de postagens e sem tanta confiabilidade?
Olá, Marianna!
ExcluirAgradecemos pela leitura e pelo comentário.
Temos procurado trabalhar, sobretudo no Clube de Leitura, com a conscientização das pessoas quanto ao que é válido como fonte, o que é entretenimento, e quais práticas são inaceitáveis, tanto dentro quanto fora da academia, como o plágio.
O processo de publicação "slow" caminha junto, nesse sentido, destacando sobretudo que não queremos concorrer com o que está sendo produzido por outras pessoas, mas auxiliar quem está produzindo a se embasar melhor e quem está consumindo a escolher melhor o que consome. É um trabalho de formiguinha, mas entendemos que é fundamental, ainda que o alcance ainda não seja tão amplo.
Um abraço!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPrimeiramente, parabéns pelo trabalho de vocês. Já realizei atividades com redes sociais e não é nada fácil, adotar o “slow content” é algo necessário para as vezes não pirar ou não perder a qualidade. O meu questionamento tem a ver com o que comentaram sobre o Clube de Leitura que organizam. Se possível responder, vocês observam que participam, sobretudo, pessoas especializadas no tema ou também há pessoas de fora da academia que se interessam nesse clube? Além disso, há divergência de opiniões entre os participantes, como mediam?
ResponderExcluirMateus Delalibera
Olá, Mateus!
ExcluirAgradecemos pela leitura e pelo comentário.
Sim, o "slow content" tem desafios de fato, principalmente quando a gente precisa enfrentar o "canibalismo" de canais maiores que, em nome do "fast" não pensam duas vezes em se apropriar do conteúdo alheio sem nem mencionar de onde tirou...
Mas, respondendo sua questão sobre o público do Clube, o perfil do nosso grupo atual é bem diversificado: temos acadêmicos em várias etapas de formação, mas também temos pessoas de fora, interessadas em Moda, buscando aprofundamento numa perspectiva teórica.
Até o momento, as divergências de opinião entre os participantes não geraram nenhum desentendimento muito sério, que necessitasse uma mediação mais firme, e as diferenças menores foram tratadas por todos de maneira muito leve (pelo que somos profundamente gratas).
Um abraço!
Este comentário foi removido pelo autor.
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