José Ricardo Paulo de Lima

 

UM PROFESSOR DE HISTÓRIA EM TEMPOS PANDÊMICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA E REFLEXÃO SOBRE O ENSINO BÁSICO REMOTO


 

O presente texto tem como objetivo descrever minhas experiências enquanto professor de História na Educação Básica, mais precisamente, no Ensino Fundamental II - modalidade remota. Faço minhas reflexões a partir das concepções de ensino, fruto de minhas experiências no âmbito acadêmico. A necessidade de buscar formas para engajar os estudantes nas aulas online tem sido a força motriz para muitos professores se reinventarem, mudarem suas perspectivas e desenvolverem suas habilidades. E a energia empregada nessa empreitada me rendeu retornos positivos, dos quais comunicarei nas linhas que se seguirão, a partir das análises dos planejamentos, execuções e resultados das aulas ministradas.

 

A princípio, uma contextualização

Em 26 de fevereiro de 2020 foi confirmado o primeiro caso de coronavírus em nosso país, o “Sars - Cov - 2” chegou ao Brasil e seus impactos foram catastróficos. A situação se agravou com o passar do tempo. Até o momento da produção deste texto são 362.180 mortes e 13.677.564 casos confirmados, mas não são apenas números. Esse montante corresponde a quantidade de sonhos interrompidos, famílias vitimadas e vidas perdidas.  O cenário é aterrador, as perspectivas de futuro são nebulosas, por vezes nos pegamos refletindo o que restaria no final dessa viagem tortuosa. Seguimos, com a esperança de que nas pontas das agulhas que iniciam a campanha de vacinação (ainda pouco abrangente), nas práticas de distanciamento social, uso das máscaras e higienização das mãos conseguiremos vencer esse inimigo invisível.

 

Dito isso, registro aqui a atual vivência da educação brasileira. Em suas casas, os alunos sofrem em meio ao processo de formação cidadã na modalidade remota.  Em frente às telas, os estudantes se esforçam para acompanhar as aulas e, acima de tudo, compreender o conteúdo que está sendo trabalhado. Outros fatores confirmam que o ensino online veio em um momento complicado. Ainda não estávamos prontos para essa nova realidade, pesquisas apontam que até o segundo semestre de 2020, 46 milhões de brasileiros não possuíam acesso a internet. Essa realidade se mostra ainda mais preocupante ao pensarmos especificamente na realidade das crianças e jovens atendidos pela rede pública. As dificuldades de acesso e a falta de equipamentos adequados atrapalham o desenvolvimento intelectual e a aprendizagem desses estudantes.

 

É essencial levarmos em consideração a situação do profissional de ensino. O professor, figura fundamental na formação cidadã, também foi apanhado por essa demanda. E para corroborar com a informação de que não estávamos totalmente preparados, segundo uma matéria do portal de notícias G1, o ensino seja de maneira totalmente remota ou na forma híbrida (com parte dos alunos em sala de aula e outra parte em casa, acompanhando através de seus celulares e computadores) acabou por se mostrar uma tarefa estressante e problemática. O professor precisa se desdobrar para atender esses dois públicos e desenvolver uma aula eficaz, capaz de construir o conhecimento com a turma, o que nem sempre é possível.

 

Mas não devemos encarar o ciberespaço como uma zona de conflito, nem ver os meios digitais como inimigos. Pois, na falta deles, lecionar seria impossível neste momento de crise sanitária. A educação é uma ferramenta de construção social, pertence a uma sociedade e precisa estar preparada para lidar com ela e com os seus desafios. Se existem dificuldades por parte dos professores para o uso dessas ferramentas, devemos observar a formação desses profissionais. Aqui proponho pensarmos na formação dos professores de História, pois é essa área na qual sou licenciado. 

 

A formação

Entre os anos de 2015 e 2019 fui graduando do curso de História, modalidade licenciatura, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Desde o início tive o grande prazer em conhecer e integrar (entre 2015 e 2017) o corpo de bolsistas do programa de iniciação à docência, o PIBID subprojeto História. Essa oportunidade me garantiu vivências edificantes e, diferente de outros colegas, pude conhecer a realidade escolar, na posição de professor, antes mesmo do que eu esperava. 

 

Devo evidenciar o trabalho desenvolvido pelas coordenadoras do projeto no período em que estive atuante “as professoras doutoras do Departamento de História da UFRN, Juliana Teixeira Souza e Margarida Maria Dias de Oliveira. [...] Ao afirmarem que o professor de História deve ensinar História como se faz História” (FERREIRA; LIMA, 2018, p 591). Despertaram, naqueles que fizeram parte deste grupo, a vontade de transformar suas futuras aulas em ferramentas de formação social. Por isso, entendo que conhecer os estudantes, e os meios onde eles estudam, é essencial para o cumprimento da função das aulas de história: formar cidadãos que estejam preparados para vida em sociedade e para o mercado de trabalho.

 

Infelizmente tenho que pontuar o fato de que os graduandos em História da UFRN, onde estive inserido, não encontram nas disciplinas oferecidas pelo Departamento o preparo necessário para a vida docente. Como podemos conferir no trabalho de FERREIRA e LIMA, 2018, onde se buscou pensar a formação de professores de história. Segundo o texto, não existem reflexões acerca de como o conhecimento e o método histórico devem promover um Ensino de História significativo na educação básica. Uma boa parcela dos professores doutores da academia se preocupavam mais em ler e interpretar textos do que em pensar sobre como tornar o ensino efetivo e de qualidade.

 

Vejamos o problema encontrado a partir deste apontamento. Entre professores acadêmicos conteudistas e os graduandos em formação (do ambiente já citado) não existe uma construção coletiva de pensamentos, métodos e atitudes para planejar suas futuras atuações. Então, como esperar que professores do Ensino Básico busquem desenvolver e/ou adotar posturas e metodologias ativas se essa não foi a formação recebida? Parafraseando a resposta proferida por um dos professores do Departamento, quando o fiz essa questão, “Sejamos Autodidatas”. Essa solução graciosamente oferecida pelo acadêmico, vai de encontro ao que se pensa sobre ensino. Observe “Produzir conhecimento histórico na dimensão do ensino escolar é construir coletivamente conhecimento histórico (que serão novos apenas para alunos) a partir do conjunto de saberes aceitos pela tradição historiográfica" (OLIVEIRA, 2010, p. 11).

 

Por fim, afirmo que é necessário ter uma formação de professores que, por si só, os preparem para a prática de formação cidadã. Se hoje há quem tenha dificuldades em produzir uma aula de qualidade para ser executada de forma remota, a culpa não é deste profissional, mas sim de uma licenciatura carente de diversidade metodológica. Devemos sempre lembrar que “Antes de ser uma disciplina científica - segundo sua pretensão e, até certo ponto, conforme ela o é efetivamente - a história é uma prática social” (PROST, 2015, p. 13). Espero que todos nós estejamos preparados para exercê-la, seja na sala de aula física ou remota.

 

A Nova Sala de Aula

A atual conjuntura tirou as aulas do espaço escolar e as levou para o espaço virtual. Aplicativos e ferramentas para realização de reuniões online foram adotados como principais plataformas de ensino. Nós professores encontramos um novo meio de trabalho cheio de possibilidades. No entanto, para aqueles que ainda não dominam as diversas tecnologias de informação e de comunicação esse quadro se mostrou um pouco mais tortuoso.

 

Contudo, ferramentas como o Google Meet, que segundo o portal de notícias G1 chegou a atingir cerca de 600 milhões de usuários conectados em uma única semana, estão possibilitando a realização das aulas a distância. O fácil acesso e os controles simples garantiram aos alunos e professores o andamento de seus trabalhos. A matéria aponta ainda que no Meet cerca de uma centena de pessoas podem participar das reuniões ao mesmo tempo. Portanto, a plataforma digital é a alternativa adequada para o ensino nesses tempos pandêmicos, mas não deve ser a única.

 

É necessário que se faça um momento de reflexão. Até quando a Educação precisará destes recursos? Quais serão os impactos do ensino remoto, a longo prazo, na sociedade? E nós, professores, estamos preparados para esse “novo normal”? Estas questões pairam sobre nós e, ao que tudo indica, ficarão por um bom tempo.

 

Ainda assim, vale citar que o uso dos meios digitais me parece um caminho sem volta. Pense bem, quantos canais educativos existem na plataforma YouTube? A resposta é muitos, a plataforma passou a fazer uso de um selo que assegura a qualidade do canal e seu comprometimento com a informação. Basta pesquisar rapidamente que muitos canais surgiram, é possível estudar para exames, concursos ou apenas para obter aquele conhecimento desejado. É um verdadeiro festival de salas de aulas, disponível a um click. E se você acha que nós professores não perderemos espaço, saiba que concordo com você. No entanto, é necessário se qualificar e estar preparado para esse cenário. 

 

Outra situação me chamou a atenção nesse período. O uso dos aparelhos como celulares, tablets, notebooks entre outros que eram proibidos em sala de aula agora se tornaram os meios pelos quais os alunos chegam até suas turmas. Mas isso é extremamente interessante, não é mesmo? Algumas lições estão sendo aprendidas, o que antes não foi incorporado agora se tornou indispensável. Curioso também é o fato de que em alguns lugares os aparelhos (TICs) foram barrados com força de lei como apontado no trabalho de SPINOSA (2020), ela traz, entre outras coisas, o caso do Pará e sua proibição das posses desses equipamentos por parte dos estudantes no espaço escolar. 

 

Em um momento nefasto, meios que deveriam ser utilizados como ferramentas facilitadoras de acesso ao conhecimento, e que foram banidos outrora, ressurgem como veículo de conexão entre os atores do palco escolar. O meu relato está inserido nessa conjuntura, na qual apesar das dificuldades da área e do momento aterrador, uma pequena proposta pode transformar um verdadeiro desafio em uma experiência exitosa.

 

A Ferramenta

A metodologia utilizada foi um jogo simples de questões objetivas com múltiplas escolhas, que iam da letra A a D. E como um incentivo a mais, ofereci uma premiação ao grupo vencedor, que deveriam escolher entre duas opções: a primeira seria uma pontuação extra na média e a segunda seria uma ou mais caixas de chocolate (a depender do tamanho do grupo). Além de estar a todo momento representando a figura de um apresentador de TV a frente de um desses famosos games shows, um verdadeiro mediador empolgado. Unindo isso aos conteúdos trabalhados nas aulas anteriores, estava feito o “Quiz Histórico".

 

Como são “as perguntas que movem o mundo”, utilizei as questões como guias para consultar as fontes disponíveis que eram as páginas do material didático. Seguindo as diretrizes que apontam: “as etapas de produção do conhecimento histórico [...] são também a base para o ensino de História” (OLIVEIRA, 2010, p. 11). E como já foi dito “Não existem fatos, nem história, sem um questionamento” (PROST, 2015, p. 75).

 

Os conhecimentos organizados para formulação do Quiz foram os seguintes:  Estudo da História; Os Primeiros Grupos Humanos e A Mesopotâmia foram os conteúdos do Quiz para as turmas de 6° ano. O Renascimento Cultural; Os Estados Nacionais Modernos; As Grandes Navegações e As Reformas Religiosas foram os assuntos do jogo para os 7° anos. Já para as turmas de 8° ano, os temas foram A Revolução Inglesa e o Iluminismo. Por fim, temos os 9° anos com os conteúdos de Brasil: Primeira República e A Primeira Guerra Mundial. Porém, havia um objetivo maior que era conseguir o engajamento das turmas nas aulas remotas.

 

Diário de Classe 

A escola onde obtive essas experiências exitosas está situada no município de Natal, no Rio Grande do Norte. Integrando a rede privada de ensino, o Eficácia Colégio e Curso tem por objetivo formar cidadãos responsáveis, conscientes e atuantes. Minha identificação com a escola se deu rapidamente, tanto pela sua visão e valores, quanto por sua origem. Estando inserida na zona oeste, periferia potiguar, posso dizer que tanto a escola quanto meus alunos basicamente são meus vizinhos, e eu tenho muitos.

 

Agora irei expor minhas observações acerca dessa vivência, e começo com o 6° ano. É com muita alegria que escrevo o fato de tanto a Turma “A” quanto a “B” se mostrarem extremamente entusiasmadas, a euforia era perceptível, ainda que eles não estivessem presentes de forma física. Isso se apresentava nas diversas câmeras (webcams) ligadas, nos incontroláveis microfones e na chuva de comentários no chat.

 

Sobre a execução do Quiz Histórico, vale apontar que as diretrizes estavam claras, mas ainda assim eu as repetia a todo momento. No entanto, me surpreendia quando, por vezes, aqueles espertinhos tentavam burlar as regras do jogo. Existiam também muitos pedidos para que se alterasse uma regra ou outra, obviamente com o intuito de beneficiar o grupo da rodada, fato que me despertava risos.

 

O Quiz Histórico movimentou o alunado, a participação foi mais que satisfatória e eu pude constatar que o aprendizado estava ocorrendo de maneira efetiva. Com os acertos das questões, o sentimento de dever cumprido e proximidade da vitória animava os estudantes. Enquanto o professor que redige este texto mergulhava em um mar de contentamento, as duas turmas de 6° ano demonstravam que mesmo com todas as dificuldades é possível seguir, e assim nós devemos fazer.

 

Os 7° anos “A” e “B” também apresentaram excelentes participações, seja com o uso do Chat ou através dos microfones. Foi muito bom ver os rostinhos ávidos na tela, a diversão e a competitividade eram claras, todos queriam falar. Sob os olhos de um professor empolgado, isso parece um verdadeiro engajamento com o projeto.

 

A princípio, a turma do 7°A apresentou dificuldades para compreender ou aceitar as regras, mas superamos isso e podemos seguir com a proposta. Apesar de estarmos à distância, o plano correu como era esperado, a turma se empenhou em resolver as questões e vencer o Quiz. Obviamente, a existência de uma premiação fez toda a diferença. O jogo se configurou como uma atividade diferente do que eles esperavam para a aula, mas saber que o grupo vencedor seria recompensado despertou algo forte neles, a disputa foi acirrada.

 

Já sobre os 8° anos, foi extremamente gratificante notar a boa participação dos alunos do 8° “B”, tidos como uma turma difícil de lidar, por parte dos outros professores da escola. Ainda assim, preciso confessar que as turmas A e B de fato foram um pouco menos competitivas que as demais. Se isso significa menos engajamento, não sei, mas prefiro acreditar que os perfis são diferentes.

 

Alguns momentos de desordem surgiram durante a aula. A tentativa de desafiar a minha presença em sala foi notada, mas mesmo com um clima não tão leve consegui trazê-los para o jogo. Ao chegarmos aos momentos finais, foi possível captar a competitividade entre eles. A escolha de uma das duas opções de premiação também os animou.

 

Para nos encaminharmos até a conclusão dos relatos, trago aqueles que, talvez, tenham sido os maiores exemplos de sucesso da minha proposta. As duas turmas de 9° ano marcaram essa experiência de maneira extraordinária, com empenho e competitividade.

 

Os concluintes do Ensino Fundamental II deram um verdadeiro show de participação, para minha surpresa, pois acreditei que por se tratarem de grupos mais velhos a aceitação seria menor. No entanto, a mesma euforia e energia dos 6° anos foram sentidas com eles, porém o nível de competitividade extrapolou o esperado. O 9° ano, turma B, mostrou-se a verdadeira estrela desse show, ou melhor, Game Show. Como se não fosse o bastante todo o empenho e todas as pequenas disputas que fizeram a nossa aula fervilhar, a inconformidade com o resultado desse jogo levou os alunos a um debate que nos fez transpor o horário padrão da aula. Vale ressaltar que se tratava do último horário, e mesmo após toda uma tarde de estudos eles continuaram.

 

Acredito que neste momento, existem dúvidas crescentes na mente do meu leitor. Será mesmo que todas as turmas corresponderam tão bem assim ao Quiz Histórico? Eu não julgarei mal aquele que duvidar da veracidade de minhas palavras, afinal o quadro da educação durante esse período de pandemia é caótico. Mas estamos aprendendo com tudo isso, mesmo com todas as dificuldades. A partir disso, afirmo que o Quiz Histórico foi um planejamento que se executou de maneira esplêndida. Um verdadeiro sucesso, fato pelo qual fico extremamente satisfeito.

 

Conclusão

Apresentei neste texto alguns elementos referentes às condições das quais o Ensino Básico se encontra durante o período de pandemia do novo coronavírus. Trouxe um balanço da situação global, com foco no Brasil. Fiz observações acerca da realidade dos professores, assim como de sua formação que carece de atenção sobre as variedades metodológicas. Refleti, também, sobre os TICs, as ferramentas digitais que antes eram repelidas, mas agora são recorridas. E por fim, apresentei meu relato de experiência, junto as minhas ponderações sobre os estudantes e nossas práticas conjuntas.

 

Trago aqui mais uma informação. Após a realização do Quiz Histórico o nível de participação na aula e a interação dos estudantes cresceram nitidamente. O chat do Google Meet é utilizado com mais frequência, mesmo que às vezes surjam comentários banais, e suas câmeras e microfones também não ficam sem uso. Posso inferir que as turmas estão mais entrosadas e que atingi meu objetivo de engajar os estudantes. Ainda estou colhendo os frutos de meu trabalho e sei que mais deles estão por vir, com mais atividades a partir do uso de metodologias ativas. Acredito que dessa forma todos ganharão, e meus objetivos de tornar o ensino interessante e significativo serão alcançados.

 

Referências biográficas

José Ricardo Paulo de Lima, professor formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atuante no Eficácia Colégio e Curso, escola da rede privada de Ensino Básico.

 

Referências bibliográficas

DADOS estatísticos do coronavírus (COVID-19). Ajuda da Pesquisa do Google. Disponível em:                    <https://support.google.com/websearch/answer/9814707?p=cvd19_statistics&hl=pt-BR&visit_id=637540909887834896-25389469&rd=1>. Acesso em: 15 abr. 2021.

 

‘ENSINO híbrido’: as dificuldades para o aprendizado com parte da turma on-line e a outra na sala de aula. Portal do G1. Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/volta-as-aulas/noticia/2021/03/10/ensino-hibrido-as-dificuldades-para-o-aprendizado-com-parte-da-turma-on-line-e-a-outra-na-sala-de-aula.ghtml>. Acesso em: 15 abr. 2021.

 

FERREIRA, Isabela da Silva; LIMA, José Ricardo Paulo de. Em Defesa da Formação de Professores: a contribuição do PIBID na permanência universitária. In: ANAIS DO ENCONTRO VII ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA DA ANPUH-RN E XIV SEMANA DE ESTUDOS HISTÓRICOS DO CERES-UFRN: a história e o futuro da educação no Brasil. Caicó, RN. 2019.

 

GOOGLE Meet, ferramenta de videochamadas, amplia reuniões ilimitadas gratuitas até março de 2021. Portal do G1. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2020/09/29/google-meet-ferramenta-de-videochamadas-amplia-reunioes-ilimitadas-gratuitas-ate-marco-de-2021.ghtml>. Acesso em: 17 Abr. 2021

 

MORTES e casos de coronavírus nos estados. Portal do G1. Disponível em: <https://especiais.g1.globo.com/bemestar/coronavirus/estados-brasil-mortes-casos-media-movel/>. Acesso em: 15 abr. 2021.

 

OLIVEIRA, Margarida Maria Dias de. Introdução.  IN: Coleção Explorando o Ensino de História: Ensino Fundamental. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010.

 

PROST, Antoine. Doze Lições Sobre a História. 2 ed. 3 reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

QUEM são as pessoas que não têm acesso à internet no Brasil? Brasil de Fato. Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2020/08/10/quem-sao-as-pessoas-que-nao-tem-acesso-a-internet-no-brasil>. Acesso em: 15 abr. 2021.

 

SPINOSA, Vanessa. Ciberespaço, Letramento e Docência: experiência com TDICS no ensino de história. IN: OLIVEIRA, Airan dos Santos Bordes de; COSTA, Maria da Conceição da Silva (Org.) História em Jogo: as questões do tempo presente e os desafios do ensino de História. São João de Meriti, RJ: Desalinho, 2020.

16 comentários:

  1. Parabéns pelo texto, José Ricardo.

    Acredito que textos que permitem compartilhar práticas e reflexões sobre o ensino remoto são muito pertinentes para o momento pelo qual estamos passando, para que possamos ver as práticas dos colegas e os resultados e, assim, testar novas ferramentas ou até mesmo reinventar os usos das que já vinham sendo utilizadas. Realmente, a atenção dos alunos e alunas durante as aulas remotas é algo muito difícil de se conseguir/manter. Fico feliz pelos resultados que você obteve com seu quiz.

    Tenho algumas dúvidas sobre a aplicação do quiz que são as seguintes:

    1) Você promoveu a atividade ao final do bimestre ou depois ministrar um ciclo de aulas? Os conhecimentos da turma sobre os conteúdos que você apontou seriam a partir das tuas aulas mais o livro didático e/ou pesquisas na internet?

    2) Em quantas horas-aula você executou essa atividade?

    3) Há alguma coisa que você mudaria para uma próxima atividade como esta?


    Mais uma vez, parabéns pelo texto e pelo desenvolvimento da atividade.

    Benigna Ingred Aurelia Bezerril.

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    1. Olá, agradeço pelo feedback.

      Acredito que a troca de experiências é essencial para nós professores. E nesse momento onde estamos tão isolados, essas informações se mostram indispensáveis.

      Sobre as dúvidas...

      1) Essa atividade foi desenvolvida após todo um ciclo de aulas, no fim do primeiro trimestre (na escola as avaliações são trimestrais). Os materiais didáticos, o uso da internet como ferramenta de pesquisa e os conhecimentos prévios dos estudantes poderiam ser utilizadas para responder as questões do Quiz.

      2) 2 horas-aula por turmar.

      3) Pensando na metodologia ativa de gameficação de aulas, gostaria de deixar mais aparente a progressão dos alunos durante os jogos, mesmo sabendo que o nível de dificuldade das questões já responde a isso. Ainda assim, gostaria de usar outros mecanismos para evidenciar para os alunos os seus avanços durante a atividade.


      Aproveito para registrar o fato de continuar com aulas gameficadas e de poder estar levando isso mais a fundo, estimulando aos alunos para que eles criem seus próprios jogos e produtos virtuais, e os avaliando através disso.

      Agradeço por suas palavras e questionamentos, abraços!

      José Ricardo Paulo de Lima

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Obrigada pelas respostas! Espero que ver relatos sobre a proposta com jogos e produtos virtuais em breve!

      Benigna Ingred Aurelia Bezerril

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  2. Boa noite, José
    Inicialmente te parabenizo pelo texto e pela narrativa que nos fizeram compreender melhor tua trajetória enquanto professor.
    Tenho uma dúvida:
    como tu realizaste o atendimento com os alunos que não possuíam acesso a nenhum meio de aparelho eletrônico ou internet?
    Pergunto isto, pois para mim este foi um dos maiores desafios das aulas remotas.

    Mais uma vez te parabenizo pela escrita e por tua atividade proposta

    Vitória Duarte Wingert

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    1. Olá Professora Vitória, espero que esteja bem.

      Obrigado pelas palavras e pelo seu tempo. Sobre seu questionamento, informo que por atender uma escola da rede privada a realidade dos alunos acabou por facilitar meu trabalho (se é que posso falar dessa forma). De toda modo, para aqueles estudantes que não possuíam equipamento adequado ou acesso a internet a escola disponibiliza os meios necessários para o bom funcionamento das aulas.

      mais uma vez agradeço pelo questionamento.

      José Ricardo Paulo de Lima

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  3. Parabéns pelo trabalho! Gostaria que falasse sobre os desafios das câmeras fechadas e a sensação de solidão dos Professores. Com um abraço, Marize Campos

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    1. Olá Boa tarde!

      De fato, "Desafio" é o termo certo. Como pode um professor construir uma aula dialogada, envolvente e significativa quando não se tem o feedback visual? Como saber se os seus alunos estão acompanhando as aulas se as câmeras estão desligadas e não se pode exigir que a turma as mantenham ativadas? É uma tarefa difícil, mas que aos poucos se mostra superável.

      Chamar os alunos pelos nomes constantemente e falar com eles (as vezes sobre assuntos que nada tem com a aula) acaba por aproximá-los de nós. A presença na aula acaba sendo mais perceptível.

      Espero ter conseguido fazer clareza em minhas palavras e mais uma vez obrigado.

      José Ricardo Paulo de Lima

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  4. Interessante notar como a realização de um quizz histórico envolve os alunos; algo que a própria existência das Olimpíadas de História do Brasil já tinha demonstrado, e que o presente trabalho apenas confirma.

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    1. Olá, tudo bem?

      Concordo com você. E as vezes o sucesso pode está na simplicidade. Aproveito para registrar que acabo substituindo o uso de parte dos exercícios presentes no livro didático por jogos, utilizando as Plataformas Kahoot e Wordwall, essa tática acaba por render mais tarefas realizadas dentro dos prazos estabelecidos.

      abraços

      José Ricardo Paulo de Lima

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    2. Ah, muito interessante! Realmente vale a tentativa, e obrigada pela resposta!

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  5. Parabéns pelo relato Professor José Ricardo, adorei ler, porem fiquei curiosa para saber se em alguma das suas salas tem aluno(s) que não tem acesso a internet, se sim como fez para que os mesmos fossem avaliados? Suellen Oliveira da Silva

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    1. Olá, bom dia!

      Para os poucos alunos que não possuem interne em casa a escola disponibilizava as próprias instalações, com todo aparato de segurança sanitária. Mas deixo claro que poucos estudantes dessas turmas precisavam recorrer ao auxilio da escola.

      obrigado pelo questionamento. abraços!

      José Ricardo Paulo de Lima

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  6. Clivya da Silveira Nobre27 de maio de 2021 às 11:45

    Olá, José Ricardo, excelente texto, parabéns!

    Diante das dificuldades e desafios do ensino remoto e do próprio contexto de pandemia, ler um relato de uma experiência que conseguiu contorna-las com criatividade e tendo êxito é um renovo para a esperança de quem atua e pesquisa o ensino. Sobre a metodologia utilizada tenho duas questões:

    - Qual o maior desafio enfrentado no planejamento e na aplicação da atividade?

    - Que adaptações você faria caso fosse necessária à aplicação da atividade em aulas presenciais?

    Mais uma vez reforço a relevância da divulgação desse tipo de proposta de ensino, que se aproprie de metodologias ativas para engajar os alunos, especialmente diante do contexto do ensino remoto. Parabéns pela atividade.

    Abraços!

    Clivya da Silveira Nobre

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  7. João Paulo de Oliveira Farias27 de maio de 2021 às 12:41

    Olá, Ricardo!
    Inicialmente gostaria de parabenizá-lo pela exitosa experiência e relato, durante tempos tão "tenebrosos", como você mencionou. Gostaria que se possível você mencionasse sobre as principais dificuldades enfrentadas nesse projeto e no processo avaliativo.

    Abraços!
    Atenciosamente João Paulo de Oliveira Farias.

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  8. Isabela da Silva Ferreira27 de maio de 2021 às 22:55

    Olá, Ricardo. Obrigada por compartilhar a sua experiência! Faz um tempo que não estou inserida em sala de aula e ler relatos como esse renovam a mística em torno da nossa profissão, que sim, possui desafios, mas ver que nossos objetivos estão sendo atingidos é bastante gratificante. Nesse sentido, gostaria de me informar sobre os seus objetivos com a aula e os conteúdos propostos. Estes era atrelados a uma revisão? Desenvolvimento de habilidades? Atitudes?

    Agradeço desde já sua atenção. Abraços.
    Isabela da Silva Ferreira

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