SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: FILMES COMO ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
Cada vez mais a linguagem
audiovisual, por meio do crescente aumento ao acesso à tecnologia, tem feito
parte da vida das pessoas. E, do ponto de vista pedagógico, acreditamos que o
campo de ensino da História tem muito a se beneficiar com essa inserção tecnológica
no cotidiano. Entretanto, para que esses artefatos sejam bem aproveitados no
ensino, é necessário que o professor, se arme de estratégias para melhor
utilizá-las. Visto isso, a intenção do presente texto é compartilhar a
experiência do uso de filmes para ensinar conteúdos relacionados à segunda
guerra mundial, de modo mais específico, o Stalinismo, através da análise do
filme “A queda de Berlim” de 1950, em contraponto ao filme “Stalin” de 1992.
Todavia, para além do tema proposto, compartilharemos estratégias que podem ser
utilizadas para o trabalho de utilização de filmes como fontes históricas para
o ensino de diversos outros temas, com o propósito de dar ferramentas ao aluno
para que ele possa desenvolver sua criticidade, e não apenas como ilustração do
conteúdo.
Tornou-se visível para
nós, uma não associação, por parte dos alunos, entre o estudo da história e a
relação do mesmo com a realidade a que estão ligados. Pensamos essa falta de
associação da história com a atualidade como resultado do sistema de ensino
positivista, narrativo, burocrático e repetitivo que acaba desestimulando
alunos e professores, dado a transmissão de conhecimentos e experiências
socialmente acumulados sem o estímulo ao desenvolvimento das habilidades que
tornam o aluno apto a aprender a conhecer. Uma possibilidade eficaz de
superação do conteudismo, anteriormente denunciado é a incorporação e a
utilização de fontes históricas nas aulas de história, posto seu potencial
enquanto instrumento de produção de conhecimento histórico na educação básica.
Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) tratam por documentos históricos
“as mais diversas obras humanas produzidas nos mais diferentes contextos
sociais e com objetivos variados” (BRASIL, 1998, p. 83), desta maneira, nesse texto,
abordaremos a utilização de filmes como documento histórico.
Para que o aluno veja o
filme desta forma e construa um saber ao assisti-lo, é necessário que o
professor trabalhe como mediador do conhecimento, “o professor de História pode
ensinar o aluno a adquirir as ferramentas de trabalho necessárias; o
saber-fazer, o saber-fazer-bem, lançar os germes do histórico. Ele é o
responsável por ensinar o aluno a captar e a valorizar a diversidade dos pontos
de vista. Ao professor cabe ensinar o aluno a levantar problemas e a
reintegrá-los num conjunto mais vasto de outros problemas em problemáticas.”
(SCHMIDT, 2004, p.57), trabalhando com base em pesquisas, e referências
metodológicas, permitindo ao aluno criar seu próprio conhecimento e entender o
fazer historiográfico.
Sendo assim, é importante
que, como outras fontes históricas, o filme seja trabalhado no sentido de
desenvolver habilidades para analisar, comparar, formular hipóteses,
problematizar, identificar diferenças e semelhanças, ou seja, capacidades que
facilitam “a compreensão do processo de produção do conhecimento histórico pelo
entendimento de que os vestígios do passado se encontram em diferentes lugares,
fazem parte da memória social e precisam ser preservados como patrimônio da
humanidade” (BITTENCOURT, 2004, p. 333).
Posto isso, demonstraremos
a seguir como foram trabalhados os filmes supracitados, bem como quais foram as
estratégias utilizadas para o alcance de bons resultados. Após o conteúdo ter
sido ministrado, escolhemos dois filmes que se relacionam a ele e é importante
frisar que a escolha dos filmes seja feita a partir do conhecimento do gosto
dos alunos, para que assim, atraia ainda mais sua atenção. Optamos por
selecionar e recortar, dos filmes escolhidos, cenas que seriam mais importantes
para nossa discussão, uma questão de otimização de tempo, para conseguirmos
implementar um debate mais longo e mais focado, ao invés de passar o filme como
ilustração do conteúdo, dado que passar filmes de maneira ilustrativa ou como
meio conhecimento pronto não são técnicas que contribuem para a formação
crítica do aluno, logo que não o leva a reflexão, incentivando portanto, uma
visão estática da história onde a dinâmica da aprendizagem se esgota em
verdades prontas, não proporcionando que ele tenha experiências de construção
de conhecimento.
Consideramos também de
extrema importância de diálogos prévios sobre o universo incorporado ao cinema,
para que ele não seja levado à desmotivação, transformando, assim, uma
atividade em momentos enfadonhos, o que inviabilizaria a aprendizagem desejada.
Quanto a isso, promovemos um diálogo pré exibição dos filmes sobre o que é um
filme, como é sua produção, quem está envolvido na produção e qual é o valor
monetário de um filme, na tentativa de demonstrar a complexidade do mesmo.
Nosso próximo passo, de
acordo com o que sugere Napolitano (2010), foi elaborar um roteiro para
subsidiar e situar o tema abordado, evidenciando as partes técnicas da produção
fílmica: nome do diretor, nacionalidade, ano de produção, nome dos autores,
gênero e tema central, sinopse da história. “Os filmes constituem
representações da realidade e, como tal, transmitem valores ideológicos,
políticos, sociais e culturais de quem os produziu. Como afirma o historiador
Marc Ferro, é necessário cautela ao analisar um filme: principalmente a
narrativa, o cenário, o texto, as relações do filme com o que não é filme: o
autor, a produção, o público, a crítica, o regime. Pode-se assim esperar
compreender não somente a obra como também a realidade que representa. Assim, é
recomendável orientar os alunos a buscarem informações básicas sobre um filme
antes de assistir a ele” (SERIACOPI et.al., 2013, p.287). É preciso considerar
que o conteúdo do filme não diz respeito efetivamente ao período do qual trata,
isto é, ele apenas faz referências a períodos históricos, mas está carregado da
visão do diretor e do estúdio que o produziu, bem como esses estão carregadas
das percepções do contexto em que estão inseridos, fazendo, destarte, mais
referências ao presente do que propriamente ao passado. Assim, vale ressaltar
que nenhum deles é o retrato fiel dos personagens ou períodos históricos.
Sobre os filmes abordados
aqui, temos os seguintes dados: O filme de origem soviética “Queda de Berlim”,
cujo título original é “Padeniye Berlina” foi produzido em 1950 e dirigido por
Mikheil Chiaureli, tem duração de 151 minutos e pertence ao gênero de filmes
sobre guerra. O filme está ambientado entre 1941 e 1945 é considerado o ápice
do culto a personalidade de Stalin, e o desenha como uma figura extremamente
simpática. O enredo se constrói em torno estacanovista (Boris Andreyev)
namorado de uma professora (Marina Kovaliova) e condecorado por Stalin (Mikheil
Gelovani) após a agressão nazista, participa na batalha de Stalingrado. Durante
a campanha da Alemanha reencontra a namorada, que havia sido sequestrada, e por
fim, enquanto Hitler (V. Savelyev) se suicida, participa da tomada de Berlim,
enquanto os povos libertados celebram a vitória de Stalin e a queda do nazismo.
Já o filme “Stalin”, tem
origem russo-hungaro-americana, foi produzido em 1992 e dirigido por Ivan
Passer, tem duração de 166 minutos e pertence aos gêneros de filmes de guerra,
biografia e drama. O longa está ambientado entre 1917 e 1953 e é narrado pela
filha de Stalin, Svetlana Alliluyeva, que escreveu um livro chamado “Vinte
Cartas a um Amigo”, trazendo a público os bastidores do poder que vivenciou
junto ao seu pai. O enredo segue a trajetória de Stalin, desde o princípio da
Revolução Russa até sua morte, explicitando os bastidores do terror político
soviético naquele período, e mostrando a personalidade dura e controvertida de
Stalin, que apesar de ter transformado a União Soviética numa grande potência
mundial, o fez à custa da destruição da própria família, bem como da morte de
milhões de pessoas do seu próprio povo. O filme mostra a prática de terror e os
crimes cometidos com astúcia e crueldade contra os inimigos da URSS, bem como
os seus próprios amigos.
Com uma primeira leitura
dos roteiros relativos aos filmes, já conseguimos observar o confronto entre a
ideologia dos dois, a estratégia de mostrar 2 fontes históricas sobre o mesmo
tema, é uma tentativa de desconstrução da ideia de história estática, já que,
de acordo com Caimi (2008), o campo do ensino de história propõe abarcar
competências como: a compreensão da relatividade do conhecimento histórico,
fruto não de verdades definitivas, mas do olhar do historiador, sempre
seletivo, do método e das fontes; permitindo assim, desenvolvimento de habilidades
de pensamento que permitem a desnaturalização do passado e o questionamento das
tradições herdadas, dando ainda mais ênfase na tentativa de substituição da
memorização pela reflexão histórica, favorecendo a aprendizagem pela construção
do conhecimento por meio do manuseio de fontes históricas, nesse caso, o filme.
Esses processos instigam os estudantes na construção de um olhar e do
pensamento crítico, para além dos parâmetros da escola, abarcando as relações
sociais que os cercam e como a história os afetam no seu dia a dia, levando a
construção daquilo que pode ser chamado de consciência histórica. “Assim, a
proposta do ensino de história passa a valorizar a problematização, a análise e
a crítica da realidade, transformando professores e alunos em produtores de
história e conhecimento em sala de aula, tornando todos “sujeitos históricos”
do cotidiano”. (Fonseca, 2005)
Contudo, para conseguir um
resultado ainda mais completo é importante que o professor tenha conhecimento
sobre o que está sendo produzido pela historiografia relativo ao tema que está
disposto a propor, para assim, poder participar ativamente na construção de
raciocínio crítico dos alunos relacionando os temas envolvidos nos filmes com o
conteúdo a ser discutido, personagens, valores históricos, políticos,
existenciais em debates, bem como utilizar outras atividades na avaliação do
aluno e do processo para a exploração desse raciocínio crítico, já que a ideia
é desconstruir o filme e não apenas exibi-lo.
Sobre o Stalinismo,
conteúdo cujo escolhemos para trabalhar e relatar a experiência nesse texto,
faremos alguns adendos de bibliografias renomadas que lemos para preparar esta
dinâmica. Um texto que descreve a mesma sequência de fatos que os filmes,
comprovando sua fidelidade a sequência e periodização dos fatos é “A segunda
guerra mundial” de Willians Gonçalves. O texto afirma que na madrugada do dia 1
de setembro de 1939 as forças armadas alemãs transpuseram a extensa fronteira
comum e invadiram as planícies polonesas com seus tanques. Não houve declaração
de guerra. Um incidente forjado na fronteira serviu como pressuposto para o ato
agressivo, havia então começado a segunda guerra mundial. Os historiadores até
a década de 1950 estavam em consenso acreditavam que a responsabilidade da
segunda guerra era de Hitler. Seguiam duas correntes: a liberal e a marxista,
para a primeira Hitler encarnava o delírio do totalitarismo, do desumano poder
capilar e total, para a segunda Hitler representava a face mais impiedosa e
agressiva do imperialismo capitalista.
Entretanto, Gonçalves
aponta que para o dirigente soviético Stálin, Munique era a prova cabal de que
todos no ocidente trabalhavam em favor de uma guerra da Alemanha contra a URSS.
Coerente a essa interpretação dos fatos, buscou quebrar a suposta aliança da Europa
ocidental com a Alemanha nazista. Para tanto, aproximou-se de Hitler, em 1939 assinou
o pacto de não agressão Molotov- Ribentrop”. Do ponto de vista político, o
pacto gerou grandes problemas, o acordo desorientou completamente o movimento
comunista internacional. Ao pactuar com a Alemanha Stalin deixou os comunistas
de todo o mundo atônitos e desmoralizados. Essa situação só seria superada em
22 de junho de 1941, quando Hitler pôs em prática a operação Barbarossa,
invadindo a União Soviética, momento representado no início do filme. Desfeito
o pacto, os comunistas voltaram à organização das frentes populares.
Outro texto estudado que
pode acrescentar bastante ao debate dos filmes é o artigo “Stálin e Hitler:
Irmãos gêmeos ou inimigos mortais?”, no qual o autor Domenico Losurdo pretende
mostrar que os líderes totalitários do nazismo e do bolchevismo tinham posições
políticas antagônicas: A guerra de Hitler foi uma guerra colonial, de base
racial, bastante semelhante a política de conquistas dos Estados Unidos. A União
Soviética de Stálin se opôs de forma vigorosa e bem-sucedida a essa guerra.
Segundo esse autor, o que representou Hitler se aproxima mais de Churchill que
de Stalin, “os irmãos gêmeos de que fala a categoria do totalitarismo se
configuram como inimigos mortais à luz das categorias do racismo e do colonialismo”
(Losurdo, p. 178). Ao pôr em discussão o
sistema colonial, o bolchevismo provoca e agrava a “confusão do pensamento
branco europeu, para o autor, Hitler se propunha a retomar e radicalizar a
tradição colonial fazendo-a valer na própria Europa oriental e em particular na
Rússia, considerada bárbara após a vitória bolchevique. No lado oposto, desde o
início, Stalin convocava seu país a enfrentar o perigo da submissão colonial e
através dessa chave interpretativa lia a própria importância da revolução
bolchevique. Nesse contexto, “Stalin começava a perceber que, ao contrário das
expectativas, o que caracteriza o século XX era o confronto entre o
colonialismo e anticolonialismo (este último apoiado e promovido pelo movimento
comunista” (Losurdo, p. 181). O texto é importante para fomentar esse debate,
porque o autor segue demonstrando bastante questões referentes à posição
política de Stalin.
Voltando a questão das
estratégias utilizadas para o trabalho com filmes para o ensino de história,
podemos afirmar, segundo Napolitano (2010) que o trabalho com o cinema na
pedagogia escolar tem como finalidade trazer à tona a representação fílmica com
elementos verossímeis de determinados períodos históricos, incentivando o
público alvo na pesquisa histórica até para fazer críticas e problematizar as
questões distorcidas relacionadas à imagem representada, isto é, muitas
representações fílmicas acabam projetando elementos contemporâneos de fatos
históricos em suas películas, o que são conhecidos como anacronismos. Visto
isso, a partir da apresentação das cenas dos filmes, propomos algumas questões
para iniciar um debate, que seguiu com questões dos próprios alunos e se tornou
bastante proveitoso. As perguntas iniciais foram relacionadas às diferenças na
maneira como Stalin é demonstrado nos dois filmes, e relacionadas a haver ou
não a influência do contexto de produção do filme em seu enredo.
Tendo em vista, tudo que
foi afirmado e relatado acima, parafraseamos Abud (2003), com a visão de que o que é sugerido por ela,
realmente se fez real em nossa experiência: “pode-se afirmar que o filme
promove o uso da percepção, uma atividade cognitiva que desenvolve estratégias
de exploração, busca de informação e estabelece relações. Ela é orientada por
operações intelectuais, como observar, identificar, extrair, comparar,
articular, estabelecer relações, sucessões e causalidade, entre outras. 15 Por esses motivos,
a análise de um documento fílmico, qualquer que seja seu tema, produz efeitos
na aprendizagem de História, sem contar que tais operações são também
imprescindíveis para a inteligibilidade do próprio filme.” (ABUD, 2003).
E aproveitamos para
ressaltar que ao proceder às operações mentais necessárias para a
inteligibilidade do filme, o aluno estará elaborando o seu pensamento histórico
na perspectiva de construção da consciência história, e isto é de suma
importância, pois significa que o aluno adquire ferramentas para construir
conhecimento histórico a partir de outros filmes que ele assistir de forma
independente, cumprindo assim o papel fundamental da história: “A história tem
como papel central a formação da consciência histórica dos homens, possibilitando
a construção de identidades, a elucidação do vivido, a intervenção social e
práxis individual e coletiva.” (FONSECA, 2003, p, 89)
Concluímos então, que a
escola, juntamente com os professores/educadores, pais e a comunidade escolar
em geral, podem e devem ser capazes, de analisar, refletir e compreender
verdadeiramente, que o ensino de História vai além de pequenos conhecimentos
retirados dos livros didáticos, que muitas vezes, os docentes ou a própria
instituição de ensino oferece aos estudantes, e o uso de filmes como fonte
histórica sendo utilizados em sala de aula, são um bom método para
transformação. Incluindo que “trabalhar com o cinema em sala de aula é ajudar a
escola a reencontrar a cultura ao mesmo tempo cotidiana e elevada, pois o
cinema é o campo no qual a estética, o lazer, a ideologia e os valores sociais
mais amplos são sintetizados numa mesma obra de arte” (NAPOLITANO, 2003, p.11).
Referências biográficas
Letícia da Silva Leite,
estudante de História da Universidade Estadual de Maringá.
Referências bibliográficas
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min.)
ABUD, Katia Maria. A construção de uma Didática da História: algumas
idéias sobre a utilização de filmes no ensino. História, Franca ,
v. 22, n. 1, p. 183-193, 2003
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AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História em movimento. São
Paulo: Ática, 2013.
BITTENCOURT, Circe M. F. Ensino de história: fundamentos e métodos. São
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BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
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1998.
CAIMI, Flávia Eloisa. Fontes históricas na sala de aula: uma
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FONSECA, S. G.. Didática e Prática de Ensino de História: experiências,
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FONSECA, S. G. Didática e prática de ensino de história. Campinas, SP.
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Daniel Aarão et. all. O Século XX. V.3: O tempo das dúvidas: Do declínio das
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LOSURDO, Domenico. Stálin e Hitler: Irmãos gêmeos ou inimigos mortais?
In: 1917: O ano que abalou o mundo. JENKINS, Ivana (org.), 2017.
NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo:
Contexto, 2010.
SCHMIDT, M. A. A formação do professor de história e o cotidiano da sala
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Paulo: Contexto, 2004.
STALIN. Direção de Ivan Passer. Estados Unidos da América, Hungria,
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VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o ensino médio:
história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2010.
Olá Léticia!
ResponderExcluirParabéns pelo seu texto, gostei muito de suas reflexões.
Gostaria de saber se na sua opinião devemos fazer uma filtragem na escolha de filmes para trabalharmos diferentes temas na sala de aula? Visto que podemos considera-los como documento histórico. Porque por exemplo me peguei refletindo sobre vários filmes que poderiam ser usados para uma aula, como para trabalhar o fim da Segunda Guerra Mundial e inicio da Guerra Fria que daria para utilizar o filme Gen Pés Descalços que fala sobre a bomba de Hiroshima.
Desde j[a agradeço.
Mirielen Machado Rodrigues
Olá Mirielen, agradeço por ter lido meu texto e agradeço por suas considerações. Acredito que a filtragem na escolha do filme para trabalhar diferentes temas na sala de aula é importante sim, o professor deve levar em consideração a idade e gosto de seus alunos. Penso que o trabalho com o filme "Gen pés descalços" seria bastante interessante visto o interesse que os alunos tem apresentado pelo universo dos mangás.
ExcluirLetícia Leite.
Obrigada pela resposta Letícia!
ExcluirOlá, gostaria de iniciar parabenizando pelo texto, muito bom!
ResponderExcluirMinha pergunta é em relação a como os alunos lidam com o filme em sala, sabemos que é uma metodologia que exige muito comprometimento e preparo do professor para que o filme não passe apenas como uma “distração” para os alunos. Nesse sentido diante das dificuldades impostas pela pandemia da COVID-19 e a maneira como as aulas estão ocorrendo de forma remota, é viável o professor utilizar dessa metodologia mesmo nas aulas à distância? Seria possível obter os mesmos resultados das aulas presenciais?
Ass: Carlos Alexandre Souza Prado
Olá Carlos, obrigada por ter lido meu texto e exposto suas considerações. Apesar da metodologia utilizada no ensino remoto ser bastante diferente do ensino presencial, acredito que ainda assim podemos adequar a utilização de filmes para essa modalidade de ensino. Ressaltando a importância de utilizar fontes no ensino de história, sendo ele presencial ou não.
ExcluirLetícia Leite.
Olá, ótimo texto, um trabalho muito bom.
ResponderExcluirMinha pergunta é sobre aplicação dos filmes em aula, é visível o esforço dos professores mediante a ter a atenção dos alunos em filmes e para o filme não ser em vão qual a dica para trazer a atenção dos alunos sem que se torne algo cansativo ou de domínio para distração? Em dias pandêmicos que estamos a viver o filme pode ser um ensino à mais para o entender do aluno sobre tal conteúdo?
ASS: Kauane Ap Merência Brito
Olá Kauane, obrigada por ter lido meu texto apresentado suas questões. A dica que eu posso dar para que o uso de filmes atraiam a atenção dos alunos é utiliza-lo como fonte histórica e não como mera ilustração do conteúdo. Nesse tempo de pandemia, o filme ainda se faz muito válido para o processo de ensino-aprendizagem, e uma estratégia indicada é selecionar apenas alguns trechos dos filmes nas aulas.
ExcluirLetícia Leite.
Olá, boa noite, primeiramente parabéns Letícia pelo excelente texto e pela abordagem!
ResponderExcluirGostaria de perguntar se tem alguma metodologia que você julga mais efetiva para explicitar a linha tênue entre as representações históricas contidas na ficção e a historiografia em si para os alunos?
Seygon da Silva Santos
Olá Letícia, excelente texto e parabéns pela análise!
ResponderExcluirSabemos que o tema Segunda Guerra Mundial causa muito interesse nos alunos, pois socialmente é um trauma muito recente da humanidade e tanto filmes, livros e jogos revivem esse período, como a mídia tradicional, jornais e noticiários. Há também um fascínio de alguns alunos pelas batalhas, armas e outros pontos de uma história mais militar.
Como você enxerga o papel dos filmes no processo, se pode auxiliar ou não, para mostrar a face da barbárie da guerra, dos seus inúmeros mortos, do que estava em jogo, para que discentes enxerguem que a guerra não é uma boa opção?
Espero que tenha sido claro na minha pergunta. Parabéns pelo texto!
At.te.
Frederico Renan Hilgenberg Gomes.
Olá Frederico, obrigada por ler o texto e por suas considerações. Acredito que os filmes sejam sim uma boa estratégia para mostrar essa face da guerra, entretanto, cabe ao professor a seleção do filme e abordagem correta para isso.
ExcluirLetícia Leite.