O USO DE MAPAS CONCEITUAIS
E PODCASTS NA EDUCAÇÃO BÁSICA REMOTA PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
O campo da História deve
contribuir para que o aluno seja capaz de criar um senso crítico sobre fatos
passados e cotidianos, como de analisar ações humanas no tempo e seus
processos, deve também contemplar diferentes linguagens, para desenvolver a
capacidade de comunicação e diálogo, para o respeito à pluralidade cultural,
social e política, bem como para o enfrentamento de circunstâncias conflituosas
e tensas (BRASIL, 2017). Para isso a tecnologia e a internet trazem diferentes
linguagens importantes para serem trabalhadas em sala de aula, pois apresentam variadas
formas de expressividade que permeiam o cotidiano do aluno, e que tornam o
processo de aprendizagem significativo, por essa razão o trabalho do professor
e aluno é de “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação
e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (BRASIL, 2017, p. 9)”.
A aprendizagem
significativa ocorre quando um novo conteúdo é incorporado às estruturas do
conhecimento, o aluno adquire significado para ele a partir da relação com seu
conhecimento prévio. Existem algumas vantagens que merecem destaque ao se
utilizar esta metodologia, que são: 1. o conhecimento adquirido assim é retido
e lembrado por mais tempo; 2. aumenta a capacidade de aprender outros materiais
ou conteúdos relacionados de maneira mais fácil; 3. e se esquecida a
reaprendizagem é facilitada. Assim o aluno aprende também por meio da
assimilação entre significados velhos e os novos, resultando em uma estrutura
diferente, ou seja, um novo aprendizado.
Neste sentido, os mapas
conceituais são diagramas que representam ideias que se relacionam com algum
conteúdo específico, ajudam aos alunos no processo de assimilação de
informações, quando este é sujeitado a resumir o conteúdo em conceitos,
palavras-chaves, que ganham significado no processo da execução e que obriga o
estudante a revisar o conteúdo, contribuindo para um maior entendimento e
fixação do assunto. “Nesse contexto, o mapa conceitual, criado na década de
1970 por Joseph Novak como técnica cognitiva para aprender de modo
significativo, baseia-se na teoria ausubeliana e constitui uma estratégia
pedagógica de grande relevância no ensino para a construção de conceitos
científicos pelos alunos, ajudando-os a integrar e relacionar informações,
atribuindo, assim, significado ao que estão estudando”. (CARABETTA JÚNIOR,
2013, p.443).
Do
mesmo modo os podcasts, que são áudios gravados transmitidos ou distribuídos
via dados/internet, presentes em plataformas de stream, onde cada áudio é denominado de episódio, se demonstram uma
tecnologia de auxílio didático favorável tanto a educação à distância quanto
presencial, visto que “o podcast permite ao professor disponibilizar materiais
didácticos como aulas, documentários e entrevistas em formato áudio que podem
ser ouvidos pelos estudantes a qualquer hora do dia e em qualquer espaço geográfico.”
(CRUZ, 2009, p. 67).
Seguindo
esta linha de raciocínio, os jogos virtuais também se mostraram como potenciais
auxiliadores para o ensino de História. Pois o jogo ajuda a ativar e
desenvolver estruturas cognitivas do cérebro, favorecendo o desenvolvimento de
habilidades como identificar, comparar e classificar, observar, conceituar,
inferir e relacionar, igualmente desenvolve a criatividade, a sociabilidade e a
perseverança. (SCHERER; SILVA MIRANDA, 2013) Da mesma maneira que os jogos, os quizzes são ferramentas semelhantes,
porém estruturados em questionários, mas que são dinâmicos e podem conter
imagens, sons e GIFs. O quiz instiga a participação e a colaboração dos alunos
no andamento do ensino e na aprendizagem. Além de contribuir para a aquisição de
conhecimento, o quiz pode ser um formidável método avaliativo.
No entanto, como se é
colocado por Silva e Figueiredo (2013), "a introdução das tecnologias no
ensino perpassa obrigatoriamente a necessidade de instruir os alunos quanto ao
uso destes recursos tanto nas pesquisas escolares, quanto como fonte para novas
formas de aprendizado.” Por isso os profissionais de educação precisam estar
preparados e devem saber lidar com estes recursos, inserindo-os de acordo com
as necessidades educacionais diárias.
A educação brasileira,
ainda hoje, possui uma instrução baseada em uma abordagem tradicionalista e
produtivista. Este modelo tradicional que percebe o estudante como uma folha em
branco esperando o conhecimento que será transmitido pelo professor (LEÃO, 1999,
p. 191), segue uma visão produtivista que, de acordo com Singer (1996),
visualiza a escola como um espaço de formação de cidadãos trabalhadores e
saudáveis, restringindo o espaço educacional, portanto, a uma fábrica de
operários letrados, favorecendo desigualdades, já que este sistema educacional
é constituído de sucessivas seleções e somente aqueles que são considerados
mais aptos são os que detém capitais culturais e linguísticos elevados (PICANÇO
E MORAIS, 2016).
Sendo assim, considerando
a necessidade de um aprimoramento da educação brasileira para adequar-se à
atual conjuntura digital (imposta pela situação pandêmica causada pela
Covid-19), esse projeto se justifica na urgência de inserção de novas
tecnologias de informação e comunicação (NTIC’s) na educação, sendo essas,
objetivamente, quizzes, mapas
conceituais e podcasts, tendo em
vista seus caráteres pontuais, dinâmicos e de simples confecção e difusão
(GAVA, MENEZES e CURY, 2003; JESUS, 2014). Essa metodologia é de grande
importância visto, ainda, que a rede pública de ensino brasileira está com
grande dificuldade para garantir o direito à educação por conta do acesso
limitado à internet e tecnologias, portanto, muitas escolas optaram por
utilizar o aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp como sala de aula
virtual, espaço este que se mostra mais acessível aos alunos e um satisfatório
meio de difusão para jogos, áudios, podcasts
e mapas conceituais digitais.
Materiais e métodos
A partir do quadro
educacional visualizado no Brasil, onde mais de 50% dos alunos se sentem cada
vez mais desmotivados para as atividades remotas seja pela impossibilidade de
interação social ou por não conseguirem acompanhar a aula no formato digital
(OLIVEIRA, G1, 2020), essa metodologia de ensino busca criar um ambiente de
aprendizagem interativo remoto descontraído e dinâmico, de modo que visa
introduzir temáticas diversas através do uso de mapas conceituais e podcasts.
É importante ressaltar que
esse formato de ensino não tem como objetivo inicial a aplicação em temas
completos, tendo em vista o propósito do PIBID que visa proporcionar a primeira
experiência do aluno de licenciatura em sala de aula, tendo como propósito a
observação, reflexão e elevação da da qualidade inicial do magistério de modo
que posso contribuir na expansão de possibilidades metodológicas inovadoras na
sala de aula (CAPES, 2020). Desse modo, trabalhou-se nas turmas do 9° ano da
escola campo Colégio Professor Gonçalo Rollemberg Leite, uma das temáticas
possíveis no eixo da Ditadura Militar de 1964. Esse método foi aplicado através
do grupo do WhatsApp da turma, onde estavam sendo realizadas as aulas remotas.
Tendo em vista não apenas
o material previamente visitado para a confecção dessa sequência didática,
aspirando melhor entendimento e aplicação dos objetos escolhidos para compor
esse método de ensino, adentrou-se, também, a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) e o Documento Curricular de Sergipe, visando o aprofundamento e
determinação de habilidades e competências que regeram o projeto.
A metodologia aqui
proposta se baseia nas competências 3 e 5 da BNCC do setor específico de
história para o ensino fundamental “3. Elaborar questionamentos, hipóteses,
argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos
históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias,
exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o
respeito. [...] 5. Analisar e compreender o movimento de populações e
mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em
conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.” (BRASIL,
2018, p. 402).
Metodologia:
música e censura durante a Ditadura Militar
Esse foi o primeiro
momento de contato entre as bolsistas do PIBID e os estudantes da escola campo,
alunos das turmas do 9º ano do ensino fundamental anos finais. Se teve como
itens norteadores para o desenvolvimento da atividade as habilidades EF09HI19 e
EF09HI19 do Documento Curricular de Sergipe “(EF09HI19) Identificar e compreender o processo que resultou na
ditadura civil militar no Brasil e discutir a emergência de questões
relacionadas à memória e à justiça sobre os casos de violação dos direitos
humanos. (EF09HI20) Discutir os
processos de resistência e as propostas de reorganização da sociedade
brasileira durante a ditadura civil-militar e compreender a deposição do
governador sergipano Seixas Dória a partir da resistência ao golpe de 1964”
(SERGIPE, p. 467, 2018). Objetivando, desse modo, a apresentação do que foi a ditadura
militar, perpassando por pontos como a tomada do poder, as ações empregadas
durante o regime, a censura e as violações dos direitos humanos, e encerrando
com os processos de resistência, tendo como enfoque principal a música como
forma de expressão e protesto.
Para a aplicação da
integral da atividade serão utilizados:
● Dispositivo com internet;
● Link de website;
● Caderno e lápis ou caneta;
● Imagens e/ou gifs;
● Áudio.
Para realizar a atividade
é necessário, primordialmente, que os alunos tenham acesso à internet, mas não
necessariamente durante a aula, pois os materiais ficam disponíveis no grupo de
WhatsApp juntamente com o debate realizado e o link para a atividade avaliativa
em formato de quiz. A metodologia
adotada foi empregada em dois momentos distintos, tomando, portanto, duas
aulas, uma síncrona e outra assíncrona.
1°
momento: Atividade sincrônica. Debates, imagens e áudios
A aula iniciou com uma
abordagem direta. O grupo de alunos recebeu e escutou um áudio com a canção “É
proibido Proibir” do cantor e compositor Caetano Veloso e, após esse momento,
iniciou-se um debate acerca da música. O objetivo nessa primeira dinâmica é
perceber o conhecimento prévio dos alunos acerca da Ditadura Militar, o
processo de censura da cultura e a contrapartida dos artistas no período em
questão.
Após o debate inicial, foi
liberado um podcast que trabalhou a
temática central, explicando a música por completo e contextualizando-a no
período ditatorial. Juntamente ao podcast
foi disponibilizado um mapa conceitual que expressou, de forma escrita e
desenhada, as principais temáticas trazidas no áudio. Esse conjunto tem como
intuito aplicar a disciplina teórica de forma mais dinâmica tendo em vista o
formato diferenciado do podcast que,
podendo ser mais fluído e divertido, dá ao aluno mais liberdade e o possibilita
o interesse ao tema (BARROS e MENTA, 2007), e os mapas conceituais, diagramas
que representam ideias que se relacionam com algum conteúdo específico, ajudam
aos alunos no processo de assimilação de informações, quando este é sujeitado a
resumir o conteúdo em conceitos, palavras-chaves, que ganham significado no
processo da execução e que obriga o estudante a revisar o conteúdo,
contribuindo para um maior entendimento e fixação do assunto (CARABETTA JÚNIOR,
2013).
Quando todos finalizaram o
estudo do conteúdo auditivo e visual foi estimulado um novo debate acerca da
temática, agora com perguntas norteadoras, de modo que os alunos, com mais
informações sobre a Ditadura Militar e a música “É proibido proibir” de Caetano
Veloso, podem desenvolver melhor o tema. Esse segundo debate se vê necessário
para, novamente, testar os conhecimentos dos alunos com base no material
disponibilizado e perceber o grau de aprendizado em comparação ao primeiro
debate.
2°
momento: atividade assincrônica. Deveres para casa
Essa 2ª etapa foi
introduzida ao final do debate e se caracteriza como uma avaliação dos
conhecimentos através de um questionário conhecido como quiz. Desse modo, ao fim da atividade síncrona foi liberado um link direcionando a página da web onde
o quiz estava disponível. Optou-se
pelo uso do quiz, pois percebe-se que
os alunos se sentem mais estimulados a realizarem o exercício por ser algo mais
lúdico e interativo, além de proporcionar um espírito de competição saudável,
registrando, portanto, alta taxa de aceitação e elevado nível de desempenho
(ALVES et al., 2015).
Também foi aplicada uma
atividade extra não-obrigatória, onde o aluno individualmente montaria seu
próprio mapa conceitual com uma música de sua escolha, tendo como critério
apenas ser uma música produzida durante a Ditadura Militar. Como trata-se de
uma atividade opcional, os alunos que a fizeram ganharam um prêmio, que será
entregue quando o quadro pandêmico permitir.
O acompanhamento foi feito
de forma contínua. Sendo observado a participação dos alunos no debate e suas
dúvidas.
A interação no debate foi
o ponto-chave do processo avaliativo, mas, também, ocorreu a quantificação dos
resultados do quiz, não
especificamente com a pontuação final, mas, sim, com a participação na
atividade, sendo esse o critério avaliativo.
Resultados e discussões
Pesquisas apontam uma crescente
desmotivação dos estudantes durante o ano letivo de 2020. Dados demonstram que
esses alunos já alcançam 54% (OLIVEIRA, G1, 2020) e as razões para esse
desestímulo são inúmeras, desde a carga elevada de materiais para resolução até
o cansaço mental ocasionado pela situação pandêmica. Muitos professores também
encontraram dificuldade com esse novo contexto educacional, pois o Brasil é um
país onde a educação tradicional é priorizada nas salas de aula, mas que,
dificilmente, consegue ser posta em prática no ensino remoto.
Essa realidade foi
atestada durante a aplicação da metodologia, pois alguns alunos pouco
interagiram durante o debate inicial proposto, a maior parte das manifestações
se davam a partir de expressões monossilábicas, respondendo com “sim” ou “não”,
de modo que a abordagem primária, que objetivava um retorno, foi comprometida,
tendo em vista o cansaço dos alunos, muito por conta do final de ano letivo e
da situação pandêmica.
No segundo debate, no
entanto, esse quadro se modificou positivamente, a começar pela maior
participação dos estudantes na discussão e pelo aumento da empolgação
possibilitada pela inserção do podcast
e do mapa conceitual, acredita-se que essa mudança ocorreu por haver um arsenal
teórico maior com maiores explicações quanto ao assunto, já que no primeiro
momento os estudantes apenas ouviram a canção e a partir dela tentaram
responder questões relativas à temática com base em seus conhecimentos prévios.
Entretanto, com base na
atividade aplicada e nos debates realizados posteriormente, foi evidenciado que
para que houvesse uma melhor desenvoltura da metodologia seria interessante a
montagem de um número maior de questões para que o debate guiado se tornasse
mais fluido. Além disso, a organização de exemplos materiais como livros,
músicas e filmes, tornaria a aplicação da atividade mais proveitosa, pois faria
os alunos revisitarem suas memórias acerca do assunto gerando maiores
discussões e participação, porém a falta de preparo prévio gerou espaços vazios,
pouca interação e uma leve frustração. Sendo assim, essa experiência serviu
como aprendizado para a realização de futuras atividades e melhor desenvoltura
em sala de aula.
Considerações finais
O ensino de História por
ser factual, geralmente se é trabalhado com tendências narrativas e métodos
positivistas, sendo para muitos uma matéria tediosa e desinteressante, o que
acaba tornando o processo de aprendizagem repetitivo, burocratizado,
comprometendo o aprendizado dos alunos (MARQUES, 2010, p.6).
A utilização de
metodologias ativas é de tamanha relevância, visto que os educandos são postos
como sujeitos no centro do seu próprio processo de aprendizagem, para isso o
papel do professor é de mediador guiando os alunos por meios que não são mais
os tradicionais, utilizando metodologias didáticas dinâmicas como mapas mentais
e podcasts, no intuito de tornar a aprendizagem significativa e menos
entediante. Desse modo, a metodologia desenvolvida demonstrou ser apta para
aplicação em sala de aula, mas com as devidas correções e aprimoramentos quanto
ao uso de exemplos materiais e questões como guia, adaptando-os para diferentes
contextos e turmas.
Referências biográficas
Maria Luiza Vasconcelos Fernandes de Oliveira:
Graduanda do curso de história da Universidade Federal de Sergipe, marialuizacg@outlook.com.br.
http://lattes.cnpq.br/6430175889581663.
Nadir Andrade Nascimento: Graduanda do curso
de história da Universidade Federal de Sergipe, nadirnascimento16@outlook.com,
http://lattes.cnpq.br/7481490945023309.
Referências
ALVES, R. M. M. GEGLIO, P. C. MOITA, F. M. G. S. C. SOUSA, C. N. S. ARAÚJO,
M. S. M. O quiz como recurso pedagógico no processo educacional: apresentação
de um objeto de aprendizagem. In: XIII Congresso Internacional de Tecnologia na
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IX, n. 1, jan/abr, 2007.
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CAPES. PIBID. 2020. Disponível em:
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Acesso em: 17 mar. 2021.
CARABETTA JÚNIOR, Valter. A
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2021.
Olá!
ResponderExcluirTexto e reflexões bem interessantes
Os autores utilizam a mídia podcast em suas pesquisas/aulas? Sugerem algum em especial?
Outra questão: de que forma incentivar os educadores a fazer uso de tal ferramenta?
Grato pela atenção.
Saudações!
Willian Spengler
Quanto a primeira pergunta, na nossa pesquisa nós montamos o nosso podcast, pois como era um assunto muito pontual que também possuía limitação de tempo por ser enviado pelo whatsapp optamos por gravar um mini podcast com informações mais sucintas, mas podemos indicar alguns canais de podcast como o História no Cast, Dominium Cast e História FM que estão disponíveis no spotify. O SoundCloud também é um bom espaço onde existem vários podcasts de assuntos diversos.
A outra questão entra, em primeiro plano, na necessidade de formação dos professores, pois a universidade não cria mecanismos nos cursos básicos para que o licenciando consiga aprender a aplicar esse tipo de ferramenta digital, então muitas vezes o profissional conhece ferramentas como podcast, jogos educacionais e vídeos informativos, mas não consegue aplicá-los em sala de aula, pois os cursos de licenciatura do país ainda estão muito presos a educação tradicionalista, então acreditamos que o primeiro ponto é o investimento na formação e profissionalização dos professores para que consigam aplicar essas ferramentas digitais.
Em um segundo momento é necessário que o profissional também busque se aprimorar e queira levar essas ferramentas para sala de aula, fator que não é tão simples, tendo em vista a carga horária que esses profissionais estão sujeitos e a montagem que tais metodologias necessitam de um tempo maior que muitas vezes o professor não tem.
Desse modo, se essa pergunta se volta tanto para rede particular quanto para a rede pública o primeiro apontamento (sobre a formação) é de total importância para que o profissional tenha os mecanismos necessários para adentrar esses espaços digitais e, se possível, as escolas devem oferecer esses cursos de formação, tendo em vista o caráter lento que existe nas mudanças das universidades. Quanto a carga horária trata-se de um problema maior, pois nem toda instituição pode dispor de um corpo docente mais amplo e, de certo modo, essa se torna uma grande problemática quanto o incentivo aos educadores e só pode ser resolvida no seio da instituição.
Estamos gratas pelas perguntas. Esperemos que esteja bem.
Maria Luiza Vasconcelos Fernandes de Oliveira e Nadir Andrade Nascimento.