CULTURA HISTÓRICA E A ARTE QUADRINIZADA: REFLEXÕES SOBRE O DIÁRIO DE
ANNE FRANK EM QUADRINHOS
O presente trabalho
investiga a adaptação em quadrinhos do livro O Diário de Anne Frank (1947)
publicado em 2017 pela editora Record que trás uma nova visão do testemunho de
Anne Frank no período que esteve escondida durante a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945). O diário de Anne Frank,
publicado em 1947 é um livro que ganhou vida através dos relatos cotidianos que
ela escrevia durante a guerra. A reflexão desta história será feita entorno do
conceito de cultura histórica de Jörn Rüsen, tendo como principal objetivo
explorar e problematizar o quadrinho enquanto elemento de uso público do
conhecimento histórico como junção da memória e do saber histórico com o fator
de entretenimento (Espírito Santo, J. D. P.
2018) uma vez que a junção do pensamento histórico e do entretenimento
constroem espaços para o desenvolvimento do pensamento, possibilitando que o
quadrinho histórico seja encarado como ferramenta de trabalho didático e de
construção de sentido histórico.
O diário de Anne Frank
“O diário de Anne Frank”,
postumamente publicado em 1947 é um livro que ganhou vida através dos relatos cotidianos
de Anne Frank no período que esteve escondida junto com sua família durante a
Segunda Guerra Mundial. Anne Frank era uma menina de 13 anos judia que junto
com sua família e milhares de judeus foram vítimas do antissemitismo liderado
por Adolf Hitler, na Alemanha. Naquele período, diversas famílias judias
estavam sendo oprimidas pelo estado nazista, e muitas não conseguiam buscar
refúgio em outros países, como foi o caso da família Frank.
No dia primeiro de
setembro de 1939, o exército alemão invadiu a Polônia e a Segunda Guerra
Mundial começou. Alguns meses depois, os alemães invadiram a Holanda e ocuparam
o país, foi assim que a Família Frank foi alcançada pelos alemães, pois não era
possível fugir, as fronteiras estavam todas cercadas. Desta forma, como em
outros lugares, os alemães tomaram medidas rigorosas contra os judeus, como a
demissão de cargos públicos, a “arianizaão” ou “desjudiamento” tanto na
economia quanto da sociedade, que levou a população judia a perder seus
direitos civis.
Em 1942 começaram a chegar
às primeiras convocações dirigidas aos judeus, onde deveriam ser enviados aos
campos de trabalhos forçados, Margot, irmã mais velha de Anne Frank acaba
recebendo uma destas convocações, que faz com que a família se apresse em
adiantar a fuga para o anexo secreto que já estava sendo organizada por Otto
Frank, pai de Anne há algum tempo. Durante mais de dois anos Anne Frank escreveu
em seu dia, descrevendo os horrores de um a pais em guerra, a última vez que
escreveu em seu diário foi em 1 de agosto de 1944, dia 04 de agosto de 1944 a Família
Frank acabou sendo traída e pega pelos nazistas e encaminhada aos campos de
concentração.
Após a confirmação da
morte de suas duas filhas e de sua esposa Edith, Otto Frank volta para Amsterdã
e recebe de Miep Gies, uma das pessoas que
ajudou a família a se esconder o diário que Anne escreveu durante todo o tempo
que esteve escondida. Logo após ver todos os relatos que a filha escreveu em
seu diário, Otto buscou publicar seus relatos e após sua primeira publicação em
1947 surgiram diversos estudos em relação ao diário de Anne. Com a
representatividade da história de Anne, a instituição Anne Frank Fonds, sediada em Basileia, Suíça, procurou
Ari Folman para fazer uma adaptação da história de Anne para um
quadrinho, com ilustração de David Polonky, o desafio agora era em poucas
páginas ilustrar e mostrar a história de Frank de uma nova forma, e que
chegasse a mais pessoas. O objetivo principal era trazer novamente todos os relatos
descritos por Anne em forma de quadrinho, trazendo uma nova linguagem a sua
história, visto que os quadrinhos trazem uma linguagem mais atrativa e nova. Ao
longo do tempo, os quadrinhos começaram a abordar em suas histórias deferentes
assuntos, desde econômicos, históricos, podendo ser uma forte ferramenta
metodológica e histórica para o desenvolvimento conhecimento histórico.
Quadrinho e sua história
As histórias em quadrinhos
são uma das manifestações do ser humano que se desenvolveu ao longo do tempo
abordando em suas histórias cada vez mais temas sobre a sociedade, tendo como
principal função comunicar ideias. Imagens são informações recebidas, ninguém
precisa de uma educação formal para entender a mensagem dos quadrinhos, pois
ela é instantânea (McCloud. 1995). Uma das primeiras manifestações dessa arte
segundo Scott McCloud foram primeiramente encontradas em desenhos feitos em
cavernas pré-históricas, onde o ser humano descrevia seu cotidiano em uma
espécie de “sequência” através da pintura rupestre, outra manifestação de
desenhos sequenciados segundo o autor eram também os vitrais das igrejas
católicas no período medieval, onde os desenhos em sequência possuíam a função
de ilustrar as passagens bíblicas que geralmente eram lidas em latim pelo padre
e que a grande maioria da população não.
Para definir e entrar em
um consenso do que é ou não um quadrinho é preciso passar por uma longa
discussão, pois, para cada conceito existe uma definição junto com diversos
argumentos que caracterizam um quadrinho. Uma das definições é a de Wiil Eisner
que ao longo do seu livro “Desvendando os quadrinhos” expõe as dificuldades de
se fazer uma definição precisa dos quadrinhos. Para ele os quadrinhos são
“Imagens pictóricas ou de outra espécie justapostas em uma sequência
deliberada, com a intenção de transmitir informações ou produzir uma reação
estética no espectador/leitor”, onde quando dispostas individualmente são
apenas imagens que muitas vezes não possuem significado, mais quando são
colocadas em sequência elaboram uma narrativa e desenvolvem uma história onde
se torna fácil compreender sua mensagem.
Outra discussão assídua é
onde as primeiras histórias em quadrinhos surgiram. Vários países reivindicam
para si a criação dos primeiros quadrinhos. Segundo Nobu Chinen em seu livro
“Linguagem HQ: conceitos básicos” em 1995 foi criado um comitê de especialistas
que se reuniram para estudar e chegar a um consenso de onde haviam surgido as
primeiras histórias em quadrinhos levando em conta as características básicas.
A série americana Yellow Kid criada
em 1895 por Richard Felton Outcault, foi considerada a primeira história em
quadrinhos produzida, onde possuía personagens, uma narrativa com imagens e
diversas características que a colocavam na categoria de uma história em
quadrinhos. Para Waldomiro Vergueiro (2012) os quadrinhos podem introduzir
discussões, aprofundar conceitos, ilustrar pensamentos e concepções e
representar contraponto de ideias, sendo possível encarar os quadrinhos como
uma espécie de espaço mediador de experiências “históricas” como os relatos de
Anne Frank durante a Segunda Guerra Mundial transformados em um quadrinho onde o
passado histórico é apropriado em uma mídia do presente situando como afirma
Janaina (2018) algumas questões dentro de uma narrativa histórica complexa que
permite levantar uma série de questões políticas, éticas, sociais e geracionais
do nosso tempo e até de uma matriz comum no entendimento da Segunda Guerra
Mundial.
Cultura histórica como categoria de análise
No Brasil, a contribuição
teórica do filósofo alemão Jörn Rüsen vem ajudando em vários estudos sobre história,
tendo várias obras e artigos traduzidos e publicados no Brasil. Para Rüsen, o
pensamento histórico está no cotidiano do historiador. Estes fundamentos,
definidos como “princípios”, seriam elementares, gerais e comuns a todos os
seres humanos. (BARON. 2017) O historiador estaria em contato direto com o
conhecimento histórico comum, que embora apresente uma diferença com relação ao
conhecimento histórico científico, o complementaria. A ciência não é a
superação do senso comum, mais a sua metodização. (BARON. 2017)
“A metodização significa
sistematização e ampliação dos fundamentos que garantem a verdade. Não se
trata, pois de uma divisão entre não-saber e saber, mais entre saberes
distintos que podem se relacionar produtivamente. Desta forma, caberia a teoria
da história lançar uma reflexão sobre este cotidiano do historiador, de onde
partem as angústias e anseios – substratos do pensamento histórico –,
identificando e problematizando esta relação entre o trabalho metodológico e
disciplinado e sua origem no pensamento comum, no cotidiano.” (BARON. 2017)
Rüsen traz cinco
princípios que estariam presentes no ofício do historiador, que seriam fatores
essenciais de todo pensamento e conhecimento histórico, enraizadas na vida e no
trabalho historiográfico. Seriam eles: Interesses, Ideias, Métodos, Formas e
Funções. Esta organização segundo Wilian Carlos Cipriani Barom busca separar e
dar visibilidade aos princípios e permite à teoria da história criar uma
estratégia metodológica para refletir sobre o modo específico pelo qual tanto o
pensamento histórico quanto a historiografia acadêmica constituem sentido sobre
a experiência do tempo, ou seja possibilitam à teoria da história refletir
sobre a ligação existente entre a história, como produto historiográfico, e as
carências de seu tempo. (BARON. 2017). Assim, a contribuição mais marcante na
teoria da história de Rüsen consiste na
descrição e explicação tanto no pensamento histórico quanto na historiografia
acadêmica. Rüsen constrói para dar fundamento a isso o conceito de matriz
disciplinar da ciência histórica. A matriz disciplinar busca abranger todos os
elementos essenciais presentes na produção de histórias pelos historiadores
profissionais que marcaram o debate sobre a história e o conhecimento
histórico, principalmente nos anos 80. (ASSIS. 2010)
Rüsen em
sua teoria traz diferentes reflexões sobre a ciência histórica, carências,
métodos de pesquisa empírica, narrativa e consciência histórica, mas a reflexão
mais importante neste trabalho é sobre a Cultura Histórica. A Cultura Histórica é um fenômeno coletivo que está em constante diálogo
com uma cultura mais ampla, se relacionando com meios mais eficientes de
comunicação.
“Podemos apontar que a
cultura histórica no presente diverge das anteriores (do passado) por conter em
si um sistema mais eficiente de meios de comunicação de massa (televisão,
rádio, revistas, internet, livros, cinema), produtos de uma indústria cultural
com maior amplitude de circulação, além de conter em si um contexto social de
maior acesso universitário e produtos e eventos que derivam do conhecimento
histórico científico (teses, dissertações, artigos, revistas, revistas online,
congressos, palestras, entrevistas, documentários, etc). Por isto mesmo, não
convém imaginarmos a cultura histórica como uma cultura homogenia, da
humanidade ou de uma época – dada a forma desigual como esses produtos da
cultura e dados da memória se distribuem no interior da sociedade –, mas antes
como nichos de cultura que se marcam e delimitam pelo momento e lugar, numa
combinação entre os arranjos herdados do passado e as criações do presente.” (BARON.
2017)
A Cultura Histórica surge
de 5 fatores: (1) pensar, (2) sentir, (3) querer, (4) valorizar e (5) crer, e
pode ser compreendida a partir de cinco dimensões: a dimensão cognitiva,
estética, política, moral e religiosa. A dimensão cognitiva é caracterizada pelo
conhecimento cientifica e de fundamentação empírica, a dimensão estética traz
critérios de sensibilidade, beleza, atração, a dimensão política relaciona-se
com a potencialidade de servir a interesses, jogos de poder, a dimensão moral
se caracteriza pelas normas éticas e morais do presente sobre as
representações/produtos relacionados ao passado e a dimensão religiosa que se
refere à subjetividade humana, quando as ideias históricas se apresentam, ou
são interpretadas, no presente, a partir de critérios transcendentais,
teleológicos, remetendo a noções tais como salvação, morte, céu, inferno,
espiritualidade. Desta forma, a cultura histórica é a
articulação, percepção, interpretação, orientação no tempo, sendo determinante
na vida humana, uma síntese dos conhecimentos históricos (comum e
científico) como prática dispostos no interior da sociedade e adquirido por
diferentes meios, como em uma história de quadrinho e como ocorre na história
de Anne Frank sendo um conhecimento histórico comum “não científico” que diz
respeito a informações não cientificas dispostas na sociedade e que orientam as
pessoas no seu cotidiano, por isso não apresentam o rigor da metodologia
cientifica e que auxiliam nas identificações do presente. Assim é possível
refletir como a narrativa histórica é apropriada no universo dos quadrinhos,
onde os quadrinhos constituem segundo Janaina (2018) uma espécie de “vulgata” –
um elemento facilitador, um dinamizador, uma ferramenta de mediação no processo
de construção do conhecimento “sério”, "real", “científico” – em nome
de uma possibilidade complementar: a de que artefatos culturais agem, também,
no processo de legitimação e difusão do saber científico em sua dimensão
pública, a cultura histórica, levando a novas reflexões de como as produções
quadrinizadas se relacionam com a ciência da história e até que ponto os
quadrinhos são produtores de conhecimento histórico e seu espaço na mobilização
da cultura histórica.
Referência biográfica
Mirielen Machado
Rodrigues, graduanda do curso de Licenciatura em
História da Universidade Estadual de Ponta Grossa – Paraná. Atualmente
desenvolvendo pesquisa no Projeto de Iniciação científica voluntário da UEPG
(PROVIC) sob orientação do Prof. Dr. Luis Fernando Cerri, sendo também integrante do Grupo de Estudos em
Didática da História (GEDHI-UEPG)
Referências bibliográficas
ASSIS, Arthur. A teoria da
história de Jörn Rüsen: uma introdução. Vol. 2. Ed. UFG, 2010.
BAROM, William Carlos
Cipriani. "Os principais conceitos da teoria da história de Jörn Rüsen:
uma proposta didática de síntese." Revista de História 9.18 (2017).
CARNEIRO, Maria Luiza
Tucci. Holocausto: crime contra a Humanidade. São Paulo: Ática, 2005.
CHINEN, Nobu, Linguagem
HQ: conceitos básicos. Editora Criativo, São Paulo, 2011.
FRANK, A. O diário de Anne
Frank. Edição integral. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2000.
FOLMAN, Ari; POLONSKY,
David. O diário de Anne Frank. 3. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2017.
McCLOUD, S. Desvendando os Quadrinhos. São Paulo Makron Books, 1995.
RÜSEN , Jörn. Que és la cultura histórica?: Reflexiones
sobre una nueva manera de abordar la história. Tradução de F. Sánchez Costa e Ib
Schumacher. Disponível em: www.culturahistorica. es/ rusen.english.html.
SANTOS, Janaina de Paula
do Espírito. Segunda Guerra Mundial em Mangá: um estudo de Cultura Histórica.
Tese de Doutorado em História. Universidade Federal de Góis. 2018.
Olá Mirielen,
ResponderExcluirNão teria sido possível mostrar trechos dos quadrinhos no seu artigo? Senti falta da presença da obra analisada.
Olá José Maria!
ExcluirObrigada pela observação em relação a presença do quadrinho no artigo, pois realmente ficou faltando. Na nova versão que estou finalizando acrescento algumas partes do quadrinho com a analise.
Atenciosamente,
Mirielen machado Rodrigues
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirInteressante suas reflexões.
Você chegou a comparar o livro propriamente dito com esta versão quadrinizada? Há adaptações ou o essencial foi preservado?
Grato pela atenção.
Saudações!
Willian Spengler
Olá Willian! Obrigada pela pergunta.
ExcluirEu utilizo para a minha pesquisa o livro "Anne Frank: Obra reunida" publicada em 2019 pela editora Rocco, onde temos o diário original, junto com a história da família Frank e muitos documentos, fazendo com que tenhamos um dialogo bem grande entre o diário original e o quadrinho que eu analiso.
Essa comparação entre o diário e o quadrinho ainda não foi possível na minha pesquisa pois meu foco foi mais para a analise das dimensões da Cultura Histórica dentro do quadrinho. A comparação do diário com a versão quadrinizada da história da Anne na minha opinião é importante e possível, visto que podemos analisar principalmente as escolhas dos trechos e a mudança da linguagem que os autores escolheram para mobilizar a história, transformando-a em uma história focada nos sentimentos e ações da Anne durante o período que esteve escondida com a família no anexo secreto.
Grata.
Mirielen Machado Rodrigues
Olá Willian! Obrigada pela pergunta.
ResponderExcluirEu utilizo para a minha pesquisa o livro "Anne Frank: Obra reunida" publicada em 2019 pela editora Rocco, onde temos o diário original, junto com a história da família Frank e muitos documentos, fazendo com que tenhamos um dialogo bem grande entre o diário original e o quadrinho que eu analiso.
Essa comparação entre o diário e o quadrinho ainda não foi possível na minha pesquisa pois meu foco foi mais para a analise das dimensões da Cultura Histórica dentro do quadrinho. A comparação do diário com a versão quadrinizada da história da Anne na minha opinião é importante e possível, visto que podemos analisar principalmente as escolhas dos trechos e a mudança da linguagem que os autores escolheram para mobilizar a história, transformando-a em uma história focada nos sentimentos e ações da Anne durante o período que esteve escondida com a família no anexo secreto.
Grata.
Mirielen.
Olá Mirielen,
ResponderExcluirMuito interessante a proposta da pesquisa.
Imagino que a pesquisa ainda esteja em desenvolvimento e por isso algumas questões precisam ser amarradas (como sugestão: aplicar os conceitos na obra, considerar o formato/impacto da obra no leitor (ver considerações de Chartier).
Senti falta da exposição de trechos dos quadrinhos (ou descreve-los, por conta dos direitos autoriais).
Parece importante também cuidar com a citação de McCloud, pois parece equiparar o quadrinho às pinturas rupestres e aos vitrais, mas é uma linguagem que se utiliza de texto e imagens.
Por fim, apesar da obra não ter "caráter científico" ele é muito recorrente na imaginação histórica social. Quais elementos da obra você percebe que são mais recorrentes ou quais partes são mais reproduzidas na cultura histórica brasileira?
Att.,
LUCAS SANTOS
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Lucas, obrigada pelas considerações e observações.
ExcluirA pesquisa ainda está em desenvolvimento, ela faz parte da minha iniciação cientifica que está ainda em andamento.
Acredito que de um modo geral os quadrinhos não possuem teor cientifico, porém muitas vezes utilizam como pano de fundo em suas histórias diferentes acontecimentos históricos como Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria etc.
Alguns elementos da obra que podem ser mais recorrentes na cultura brasileira é o negacionismo e o preconceito. Na obra sobre o diário de Anne Frank acompanhamos sua história como uma pessoa que sofria diversos preconceitos por ser judia e o grande negacionismo das pessoas em relação as atrocidades que muitas pessoas estavam vivendo. Na história do Brasil de um modo geral podemos perceber diferentes preconceitos, sejam eles religiosos, raciais e de gênero.
Grata,
Mirielen Machado Rodrigues