COMUNIDADES AFETIVAS EM TORNO DO ARTISTA TEIXEIRINHA E O ESPAÇO DIGITAL
COMO POSSIBILIDADE DE FONTE HISTÓRICA
A presente pesquisa se
origina da dissertação de mestrado intitulada “Nas telas de cinema nasce a
lenda: construção sócio histórica e lendária de Teixeirinha no filme coração de
luto”. Que buscou investigar o que levou o individuo histórico Vitor Mateus Teixeira
tornar-se o personagem lendário Teixeirinha, figura constantemente evocada,
principalmente dentro da cultura gaúcha do Rio Grande do Sul. Ao percorrer os
caminhos da investigação ficou evidente que a linguagem áudio visual, não
apenas propagou Teixeirinha para toda uma geração, como continua sendo a
principal responsável pela continuação da repetição de seus feitos
lendários. Ademais, foi observado que
contemporaneamente a comunidade afetiva do artista, reúne-se no cyber espaço,
através da rede social Facebook, não
apenas divulgando materiais relacionados a Teixeirinha, mas também atuando como
guardiã de sua memória, tornado suas fan
pages ricos campos de analises e fonte histórica.
“Sou da geração mais nova; poeta bem macho e guapo, nas minhas veias
escorre o sangue herói de farrapo”, construindo um herói para o povo.
Vitor Mateus começou a
despontar no cenário cultural brasileiro no ano de 1960, quando lançou o disco:
Gaúcho Coração do Rio Grande, pela gravadora Chantecler. A música de sucesso
estava no lado B do compacto, tratava-se da canção autobiográfica Coração de
Luto, a qual narra a infância pobre de Vitor Mateus Teixeira, na figura do
personagem Teixeirinha, marcado pela dor e sofrimento após a morte de sua mãe.
A canção se popularizou pelo Brasil e exterior, sendo um fenômeno de vendas,
recebendo inclusive, o título de Rei do disco.
A partir de Coração de Luto, Vitor Mateus Teixeira
passou a ser reconhecido nacionalmente como Teixerinha. Gravou 49 discos
inéditos, somando mais de 70, incluindo regravações, gravou mais de 758 músicas
de sua autoria, deixando um acervo superior a 1.200 composições, incluindo
algumas inéditas. Deste modo, não bastasse todo o sucesso na área musical, no
ano de 1966 o artista e músico estrelou seu filme biográfico, Coração de Luto, no qual ele mesmo
interpreta o personagem Teixeirinha cantado nos versos. O filme se tornou
recorde de bilheteria, assim como a música de mesmo título lançada anos antes.
Dentro da construção
lendária e histórica do personagem Teixeirinha precisamos levar em consideração
outros atores de suma importância neste enredo: o povo. Pois um herói ou uma
história mítica cairá no esquecimento não fosse o povo, que conta, reconta,
revive e relembra a saga de seu personagem lendário. Eliade (1992, p.44) afirma
que, “[...] a memória popular devolve ao personagem histórico dos tempos
modernos o seu significado como imitador do arquétipo, além de reprodutor dos
gestos arquétipos”.
O arquétipo a que o autor
se refere, é a figura do herói lendário, o qual o personagem Teixeirinha se
enquadra muito bem, como observamos no decorrer desta pesquisa. Vitor Mateus,
no filme Coração de Luto, conseguiu
mitificar de maneira prosaica, alguns acontecimentos de sua trajetória pessoal,
de tal modo que, para seu público a verdade histórica pouco importa, pois era o
personagem que Letra da música Querência Amada (1975) contava a história,
familiar a muitos. “Além do mais, não seria o mito ainda mais verdadeiro por
permitir que a história real adquirisse um significado mais rico e profundo
revelando um destino trágico?” (ELIADE, 1992, p. 46)
Além dos filmes, Vitor
utilizou a letra de suas canções para refirmar seu lugar de figura lendária
dentro do panteão do Rio Grande do Sul, ele mesmo afirma que “nas minhas veias
escorre o sangue herói de farrapo” (Querência amada, 1975), fazendo alusão a um
dos arquétipos masculinos mais fortes dentro do imaginário gaúcho, a do soldado
farroupilha que lutou contra a tirania do império. O personagem Teixeirinha em
vários aspectos representa este herói para o povo, o órfão, da terra, que
desbrava os perigos do desconhecido, provindos do urbano, tal como fizeram
heróis mais antigos, em outras circunstâncias. Campbell, afirma que este é o
papel do herói, desbravar o desconhecido e limpar o terreno: “O período em que
o herói, numa forma humana, habita o mundo só se inicia depois que as vilas e
cidades se expandem pela terra. Muitos monstros, remanescentes das épocas
primevas, ainda habitam as regiões que estão além e, por meio da malícia ou do
desespero[...] Cumpre tirá-los do caminho”. (CAMPBELL,1949, p.174)
É no contexto destas
relações sociais que construímos as nossas lembranças. Halbwachs (2006)
relaciona a memória com a participação em um determinado grupo social do qual
ele denomina de comunidade afetiva. A cerca deste caráter social da memória,
podemos pensar o quanto dependemos de nosso coletivo para ressignificarmos
nossa história, que por sua vez, está impregnada das memórias dos que nos
cercam. Nossas lembranças se alimentam das diversas memórias oferecidas pelo
grupo e assim, vão surgindo as comunidades afetivas. E, dificilmente,
lembramos-nos de algo fora do nosso grupo de referências.
A comunidade afetiva de Teixeirinha
Compreendendo todo o
imaginário, as relações sócio-históricas e de memória coletiva em torno da
figura da persona Teixeirinha, suscitou-me a curiosidade em saber se ainda
existia alguma comunidade afetiva, ativa, em torno deste personagem, passados
mais de cinquenta anos do lançamento de Coração de Luto. Qual não foi minha
surpresa ao descobrir que existem diversas Fan
Pages e Grupos de Discussão, dedicados ao artista no Facebook. Ao falar sobre Teixeirinha na contemporaneidade, evocamos
as mais diversas memórias coletivas dos mais diversos grupos sociais.
Teixeirinha ainda se faz presente através do imaginário e memória afetiva de
fãs. Suas músicas, filmes e histórias passaram de pai para filho, de avô para
neto.
Para a realização desta
pesquisa, sobre como os fãs de Teixeirinha se conectam na atualidade, optei por
realizar a netnografia, que se trata de: O neologismo “etnografia”
(nethnography = net + ethnography) foi originalmente cunhado por um grupo de
pesquisadores/as norte americanos/as, Bishop, Star, Neumann, Ignacio, Sandusky
& Schatz, em 1995, para descrever um desafio metodológico: preservar os
detalhes ricos da observação em campo etnográfico usando o meio eletrônico para
“seguir os atores” (BRAGA, 2001, p. 05)
A netnografia, também é conhecida como a etnografia digital. Dentro
de minha pesquisa ela foi fundamental, uma vez que ela me permitiu a submersão
neste universo dos fãs de Teixeirinha. Pois me proporcionou vivenciar o que, os
fãs relembram do ídolo, que tipo de memórias evocavam e quais os feitos
lendários ainda rememoram na atualidade. Embora o termo netnografia tenha sido
cunhado na década de 80, potencializa-se cada vez mais em nosso contexto
digital e globalizado. Cada vez mais as pessoas criam comunidades no
ciberespaço, onde podem interagir de maneira online, a partir de grupos de
interesse. O Ciberespaço, acordo com Lévy (2000, p.13) [...] é o terreno onde
está funcionando a humanidade hoje. É um novo espaço de interação humana que já
tem uma importância profunda principalmente no plano econômico e científico, e,
certamente, esta importância vai ampliar-se e estender-se a vários outros
campos.
E neste espaço virtual,
tanto os nativos digitais quanto os migrantes digitais, interagem e se
comunicam de maneira online através da rede mundial de computadores. (PRENSCKY,
2001). Compreendendo a cultura e a cibercultura, como um campo dinâmico de
construção e reconstrução de significados, a partir de seus atores sociais,
considero que dentro destas fan pages,
ocorram ritos de sociabilização e compartilhamento entre seus membros. Da Matta
(1977), considera que os rituais dizem tanto quanto as relações sociais, pois
apontam valores que são construídos e partilhados.
Percebi, através da
interação com as comunidades de Teixeirinha no Facebook, que estas também
possuem seus símbolos, valores e ritos, os quais são construídos e
compartilhados, dentro deste ciberespaço. Dentro deste ethos da comunidade online,
é perceptível, o quanto estes membros, estão engajados em divulgar e
compartilhar, fotos, vídeos, músicas e memes que auxiliam neste processo de
evocação da memória coletiva em torno da persona Teixeirinha. Percebo também,
que o campo de interatividade do Facebook,
é um território onde o poder e os embates de interesses atuam, constantemente.
Em algumas comunidades, os participantes só podem fazer postagens que sejam
autorizadas pelo dono na fan page.
Este status de aprovação legítima a
postagem do “verdadeiro fã”, em contraponto com aquele que viria fazer uma
crítica ou postar um conteúdo considerado não relevante. Os embates também
ocorrem em relação a outros fãs clubes que sobrepõe seu ídolo, a Teixeirinha,
ou o criticam de alguma forma.
No dia 27 de março de
2018, resolvi criar uma conta no Facebook,
para através dela ter contato com fãs de Teixeirinha e observar se existem as
chamadas Fan Pages dedicadas ao
artista. Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que existem dez páginas
dedicadas ao artista, onde são compartilhadas fotos, vídeos, música,
reportagens e tudo que se relaciona ao universo musical e fílmico.
As comunidades são as
seguintes, por ordem de popularidade: · Teixeirinha com 16.000 curtidas · Teixeirinha Cantor e compositor com 11.822 curtidas 55 · Teixeirinha Cantor e compositor com 8.200 curtidas · Fundação Teixeirinha com 7.300 curtidas · Eterno
Teixeirinha com 4.100 curtidas · Fãs de Teixeirinha com 2.100 curtidas · Teixeirinha
para sempre com 1.700 · Teixeirinha com 278 curtidas · Teixeirinha o gaúcho de Passo Fundo com 127
curtidas · Teixeirinha o Rei do Disco com 27 curtidas.
Pelo número de curtidas
das páginas percebemos que algumas foram recém-criadas e ainda estão à procura
de fãs para compartilharem conteúdos e exaltarem seu ídolo. Através de alguns
comentários postados nas páginas podemos observar como as pessoas ainda se
identificam e veneram o cantor. Um dos muitos pseudônimos pelos os quais o
artista era conhecido, era de Rei do Disco. Desta forma muitos fãs se referem a
ele como Rei. Em um dos comentários, vemos o fã proclamando o lugar de realeza
que o artista merece, em sua opinião, “nunca existirá outro para ocupar seu
trono de rei em nossa música popular brasileira”. Em outro comentário, um fã
põe em dúvida o título de Rei, que Roberto Carlos possui, “Pra mim o rei não
foi o Roberto Carlos, foi o Vitor Mateus Teixeira o verdadeiro rei da música
Brasileira, eterno em nossos corações, grande Teixeirinha”. Na disputa pelo
trono da música popular brasileira, quem é o verdadeiro monarca? Não tenho
dúvida, que quando se trata dos fãs de Teixeirinha, era seu ídolo que deveria
estar com status de majestade. Percebo também, através dos comentários, que
Teixeirinha não morreu! O artista é eterno na memória de quem recorda através
dos ritos de socialização na fan page.
Através do Facebook, entrei
em contato com algumas das comunidades para saber um pouco mais sobre quem as
administra e o que as motivou a criar a comunidade. A página com quem mais tive
contato e respondeu as mensagens que enviei foi Eterno Teixeirinha,
administrada por Paulo Moura. Quando iniciei a conversa com o Paulo, pensei que
se tratava se um senhor de idade, porém descobri que ele é um jovem de 22 anos.
Questionei como ele se tornou fã do Teixeirinha e ele me enviou alguns áudios
pelo Whatsapp, onde ele conta sua
história.
Paulo mora na cidade de
Rio Pardo-RS, onde Vitor Mateus, também fixou residência na época em que
trabalhava no DAER, como operador de máquina. Na época já fazia pequenas
apresentações na cidade e nas redondezas. A casa em que o artista morou, nesta
época, fica ao lado da residência do
Paulo, por isso ele cresceu ouvindo que aquele já tinha sido o bairro do
Teixeirinha. Posteriormente Vitor se mudou para Passo Fundo e após fazer
sucesso com a música Coração de Luto, comprou sua casa no bairro Glória em
Porto Alegre-RS, que para o Paulo, é a casa mais linda da cidade.
O administrador de Eterno
Teixeirinha, resolveu então pesquisar mais sobre seu vizinho celebridade, que
foi para Porto Alegre conhecer a Fundação Teixeirinha, conheceu uma das filhas
do cantor, passou em frente à casa no bairro Glória e diariamente pública na fan page, tributos ao artista. Sua
admiração por Teixeirinha se deu em função de: “ele nunca esqueceu suas raízes,
mesmo tendo muito dinheiro nunca perdeu a humildade”. Como Paulo demonstrou
grande receptividade pela minha pesquisa, pedi que ele colocasse um pedido em
sua página, para que os fãs de Teixeirinha me enviassem fotos de itens ou
relatassem memorias que ainda tem de seu astro. A primeira foto que recebi foi
de Leandro Machado e sua coleção de Lp’s do Teixerinha. Segundo ele, esta
coleção começou com seu avô, posteriormente foi passada para seu pai e hoje
pertence a ele.
Outro depoimento que
recebi, o qual me deixou bastante impressionada, em primeiro lugar, pela
memória relatada e como ela foi guardada com tanto carinho, e em segundo lugar,
pela disponibilidade do fã, de ter ido a um local realizar uma filmagem e
fotografias para me enviar, foi a de Raimundo Alberton, que me escreveu o
seguinte relato, seguido de um vídeo:
“Aqui um pouquinho da
história ocorrida em Grão Pará-SC. Neste Salão que hoje pertence a
Agro-Pecuária Nutri Meurer, lá pelos Anos de 1967 teve um Bailão em cima desse
escritório, hoje bastante modificado, onde foi improvisado um palco onde
Teixeirinha e Mari Terezinha, na época se apresentaram, e fizeram um Grande
show. Eu vim de bicicleta da Invernada só para ver de perto Teixeirinha e a
Mari e assistir o show. Sempre que passo na frente desse Salão Lembro do
Teixeirinha e de como me criei na roça. Hoje com a permissão de um dos
proprietários e do Gerente Valmir Meurer Orbem, resolvi registrar! Pra mim
ficou a Lembrança e a saudade”.
Além do vídeo, o senhor
Raimundo enviou uma fotografia de Teixeirinha e Mary Terezinha e o seguinte
relato:
“Essa foto foi tirada no
mesmo dia do show, comprei logo após o show de um fotografo daqui da cidade que
fez. Essa foto tenho ela guardada a sete chaves pois Teixeirinha marcou muito
minha vida desde de guri acho que lá pelos anos 60 as primeiras músicas acho
que foi briga no batizado. Aprendi muito com suas músicas com a história de sua
vida fui caminhoneiro por muitos anos Teixeirinha foi meu companheiro em muitas
noites de estradas me ajudava com suas músicas, pelo Rádio ou pelo toca fita, a
ficar acordado”.
A sociabilidade é uma
importante ferramenta da interação social, desde os primórdios da humanidade,
diferentes grupos convivem mutuamente, auxiliando-se ou disputando territórios.
Percebemos que algumas relações dentro das páginas do Facebook, transformam estas comunidades em comunidades afetivas.
Pois através da afetividade e memória compartilhada que possuem dos objetos de
seu ídolo, criaram uma mobilização em rede, para recuperar um bem, que ficará
com a família do artista.
Outra notícia que repercutiu
muito dentro das fan pages, foi o ocorrido no mês de fevereiro desde ano, onde
um ouvinte da Rádio CS/FM Canoas-RS, pede uma música de Teixerinha, e o diretor
do programa, responde, ao vivo, que não vai ressuscitar este tipo de música
porque se não cai a audiência, que este tipo de música só se escuta em Passo
Fundo. A repercussão, negativa, deste ocorrido foi tão grande, que mobilizou um
vereador de Passo Fundo-RS a enviar uma moção de repúdio à Assembleia
Legislativa do Estado, bem como ao Sindicato da Empresas de Rádio e Televisão
no Estado do Rio Grande do Sul.
Outra movimentação que
pude acompanhar pelas fan pages, foram relacionadas ao Dia de Finados (02/11),
onde vários grupos estavam se mobilizando para irem até o túmulo de Vitor
Mateus Teixeira, na cidade de Porto Alegre. Seria a morte o esquecimento para o
herói? Sem dúvida não! O último ato da biografia do herói é a morte ou partida.
Aqui é resumido todo o sentido da vida. Desnecessário dizer, “o herói não seria
herói se a morte lhe suscitasse algum terror; a primeira condição do heroísmo é
a reconciliação com o túmulo”. (CAMPBELL, 1949, p. 181) A morte da figura
lendária, não significa seu esquecimento, pelo contrário, é o desfecho de sua
jornada que continuará a ser rememorada através dos ritos de socialização de
morte.
Durante esta pesquisa,
descobri o local de sepultamento de Teixerinha, como sendo um local de
peregrinação, encontro e socialização entre os fãs, que vão anualmente prestar
suas homenagens. Para Campbell (1949, p. 180):
“As rememorações em torno
do herói falecido são fundamentais para a manutenção do mito: Estando além da
vida, esses heróis também se acham além do mito. Eles já não tratam do mito, da
mesma forma que o mito não pode tratar deles de modo adequado. Suas lendas são
reapresentadas, mas os piedosos sentimentos e lições das biografias são
necessariamente impróprios, pouco melhores que banalizações. Eles ultrapassaram
o reino das formas, no qual desce a encarnação e no qual permanece o
Bodisativa, o reino do perfil manifesto da Grande Face. Uma vez descoberto o
perfil oculto, o mito é a penúltima, e o silêncio a última, palavra. O momento
do espírito passa para o oculto e resta apenas o silêncio”.
Percebi, através das redes
sociais, que os fãs estavam se organizando para irem até o tumulo de
Vitor/Teixeirinha, no Dia de Finados (02/11) a fim de prestarem suas homenagens
e rememorando assim seus feitos lendários. Seguindo a movimentação proposta
pelo meu grupo pesquisado, sai do online
para o off-line, e me desloquei para
o túmulo, a fim de acompanhar os processos de socialização e reforço da memória
coletiva, que esta comunidade afetiva realiza.
Considerações Finais
A construção da narrativa
de Teixeirinha a partir da obra fílmica Coração de Luto, muito mais que evocar
discursos presentes no imaginário da população, rememorou os cenários
iconográficos tão presentes na coletividade de seus espectadores. Consideramos
que além do filme, conhecer a comunidade de fãs do atrista através do Facebook foi peça chave dentro da compreensão da
construção do personagem Teixeirinha, pois a partir dele conseguimos visualizar
e compreender a comunidade afetiva do artista. Que ainda hoje, reúne-se através
do ciberespaço online. Este trabalho
de coleta de acervo dentro das redes sociais. A partir deste contato,
percebemos que apesar da morte do artista, sua figura lendária continua sendo
evocada, constantemente, uma vez que ela se entrelaça as lembranças do passado
rural distante da sociedade gaúcha em direção ao processo de metropolização que
hoje existe, ou seja, de uma memória coletiva de sua comunidade de destino.
Referências biográficas
Ma.
Vitória Duarte Wingert. Mestra em Processos e Manifestações Culturais,
Historiadora e Doutoranda em Diversidade Cultural e Inclusão Social na
Universidade Feevale. Professora da Rede Municipal de Campo Bom. E-mail: vitoriawingert@hotmail.com
Me.
Jander Fernandes Martins. Mestre em Processos e Manifestações Culturais,
Pedagogo e Doutorando em Processos e Manifestações Culturais na Universidade
Feevale. Professor da Rede Municipal de Campo Bom. E-mail: martinsjander@yahoo.com.br
Referências bibliográficas
BRAGA, Adriana. Usos e
consumos de meios digitais entre participantes de weblogs: uma proposta
metodológica. In: Anais do XVI Encontro da Compós, na UTP, em Curitiba, PR,
2007.
CAMPBEL, Joseph. O herói
de mil faces. Tradução: Adail Ubirajara Sobral. 10 ed. São Paulo, Cultrix
Pensamento, 1997.
ELIADE, Mircea. O mito do
eterno retorno. Tradução José A. Ceschin. São Paulo: Mercuryo, 1992.
HALBWACHS, Maurice. A
memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.
LÉVY, Pierre. As
tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: 34, 1993.
PRENSCKY, Marc. Nativos
Digitais, Imigrantes Digitais. 2001. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/55575941/Nativos-Digitais-Imigrantes-Digitais-Prensky
. Acesso em 20 de julho de 2018.
Prezados autores,
ResponderExcluirComo articular a pesquisa de vocês com o ensino da história?
Bom dia José, tudo bem contigo?
ResponderExcluirNossa pesquisa vem mostrando como as fontes históricas podem e devem ir se ampliando. Atualmente vemos as redes sociais como potentes fontes a serem pesquisaras, analisadas e refletidas por nós historiadores.
Dentro de sala de aula, pensamos ser fundamental o professor historiador contextualizar para os alunos como a historiografia é escrita, e quais são as fontes de pesquisa que utilizamos no fazer historiográfico, sejam elas imagéticas, periódicos, documentação ou redes sociais.
Ademais, um exercício interessante de se faZer é solicitar que os próprios estudantes pesquisem determinadas temáticas e posicionamentos a partir do Facebook, Instagram, Twitter,etc mostrando como aquilo que consumimos em termos culturais nos modifica e nós molda enquanto sujeitos históricos,
Esperamos ter respondido tua dúvida!
Atenciosamente Vitória e Jander
Bom dia José, tudo bem contigo?
ResponderExcluirNossa pesquisa vem mostrando como as fontes históricas podem e devem ir se ampliando. Atualmente vemos as redes sociais como potentes fontes a serem pesquisaras, analisadas e refletidas por nós historiadores.
Dentro de sala de aula, pensamos ser fundamental o professor historiador contextualizar para os alunos como a historiografia é escrita, e quais são as fontes de pesquisa que utilizamos no fazer historiográfico, sejam elas imagéticas, periódicos, documentação ou redes sociais.
Ademais, um exercício interessante de se faZer é solicitar que os próprios estudantes pesquisem determinadas temáticas e posicionamentos a partir do Facebook, Instagram, Twitter,etc mostrando como aquilo que consumimos em termos culturais nos modifica e nós molda enquanto sujeitos históricos,
Esperamos ter respondido tua dúvida!
Atenciosamente Vitória e Jander
Bom dia José, tudo bem contigo?
ResponderExcluirNossa pesquisa vem mostrando como as fontes históricas podem e devem ir se ampliando. Atualmente vemos as redes sociais como potentes fontes a serem pesquisaras, analisadas e refletidas por nós historiadores.
Dentro de sala de aula, pensamos ser fundamental o professor historiador contextualizar para os alunos como a historiografia é escrita, e quais são as fontes de pesquisa que utilizamos no fazer historiográfico, sejam elas imagéticas, periódicos, documentação ou redes sociais.
Ademais, um exercício interessante de se faZer é solicitar que os próprios estudantes pesquisem determinadas temáticas e posicionamentos a partir do Facebook, Instagram, Twitter,etc mostrando como aquilo que consumimos em termos culturais nos modifica e nós molda enquanto sujeitos históricos,
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Atenciosamente Vitória e Jander
Bom dia José, tudo bem contigo?
ResponderExcluirNossa pesquisa vem mostrando como as fontes históricas podem e devem ir se ampliando. Atualmente vemos as redes sociais como potentes fontes a serem pesquisaras, analisadas e refletidas por nós historiadores.
Dentro de sala de aula, pensamos ser fundamental o professor historiador contextualizar para os alunos como a historiografia é escrita, e quais são as fontes de pesquisa que utilizamos no fazer historiográfico, sejam elas imagéticas, periódicos, documentação ou redes sociais.
Ademais, um exercício interessante de se faZer é solicitar que os próprios estudantes pesquisem determinadas temáticas e posicionamentos a partir do Facebook, Instagram, Twitter,etc mostrando como aquilo que consumimos em termos culturais nos modifica e nós molda enquanto sujeitos históricos,
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Atenciosamente Vitória e Jander
Parabéns! A proposta metodológica de uma etnografia digital é realmente instigante e oferece muitas possibilidades para a transformação de informações on line em fontes históricas. Obrigada pelo compartilhamento!
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